A Esposa Selvagem - Klayley

Capítulo 32

Klaus surpreendeu-se ao ver a esposa colocar um copo diante dele.Nos últimos dias,vinham tendo paz.E por que não?À noite,na cama,ela mais que compensa a negligência.Sentindo a pontada do desejo,Klaus concentrou a atenção no copo.

- O que é isso?

- Algo para seu estômago - Murmurou Hayley e,antes que ele reagisse,acariciou-o no ombro.

A onda de raiva passou tão logo ela sentou-se ao seu lado.Já não se sentia ameaçado com o fato de a mulher saber de seu sofrimento.

Curioso como a situação tinha mudado sutilmente.Klaus também não se preocupava mais com o perigo de Hayley o escravizar com o corpo.Na verdade,ambos tinham se escravizado mutuamente,pois ela se mostrava tão carente e ansiosa quanto ele.E assim,a parceria florescia.

- Tem certeza de que não se trata de um tônico? - Ele brincou.Hayley sorriu.

- Você não precisa de um.Se sua vitalidade aumentar,eu me verei incapacitada de andar.

A resposta o excitou.Fitando-a,tomou o copo e bebeu tudo.

- Quero me recolher mais cedo hoje,lobinha. - Disse ele ao levantar-se.

Hayley concordou com um gesto de cabeça e o acompanhou.Quando chegaram ao quarto,entretanto,Klaus estranhou ao ver a banheira com água fumegante.

- Um banho agora?O que você tem em mente? - Perguntou ele.

Já tinha tomado um antes e não desejava nada além do que ir para a cama com a mulher o mais depressa possível.Talvez nem a despisse.Poderia tomá-la nos braços e possuí-la de encontro à parede.

- Estou sangrando.Se você quer se satisfazer à vontade,é melhor na banheira do que na cama.Lá,os lençóis ficaram manchados. - Explicou Hayley.

Klaus levou uns instantes para entendê-la.Naturalmente,estava familiarizado com a menstruação feminina,mas era a primeira vez que uma mulher se oferecia a ele nesse estado.

- Então,como é? - Perguntou ela com um brilho desafiador nos olhos castanhos. - Está com medo de ver sangue,guerreiro?

Klaus riu da provocação.

- Quem?Eu?Já vi mais sangue do que você verá a vida inteira.Ele não me perturba. - Garantiu ao despir-se impacientemente.

Hayley fez o mesmo e,logo,os dois entraram na água.

O banho sempre tinha sido muito pessoal e privativo para Klaus.Agora,ele descobria tratar-se de algo erótico e diferente.

Puxou a mulher para o colo,apreciando a textura de sua pele molhada.Sentados face a face,uniram-se e o menor movimento provocava um prazer intenso nele.Num ritmo mais vagaroso do que o frenético e habitual,a paixão foi se avolumando.E quando Klaus viu Hayley baixar as pálpebras sobre os olhos sonhadores,sentiu algo surgir no peito.Era como se o coração,ausente por tanto tempo,recomeçasse a bater.

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Deitada numa cama imensa,aconchegada por cobertores macios e travesseiros altos,Hayley sentia-se desconsolada,apesar do conforto tudo.Isso às vezes lhe dava a sensação de culpa,pois já havia ouvido falar de várias pessoas que passavam por necessidades na vida.