I wanna sing our song.

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O céu estava um tanto caótico fora daquela janela, Loki olhava para fora da mesma, a iminente devastação estava a caminho, aquela lua se chocaria contra o planeta em poucas horas. Absorto em seus pensamentos, voltou a realidade quando Sylvie o chamou.
- como ela é? - o perguntou.
- perdão? - Loki questionou voltando sua atenção para a mulher a sua frente.
- ela, você falou da sua mãe, da sua infância, seu irmão, mas em todas suas histórias, há uma constante. Como ela é? - Sylvie era perspicaz, o que não era surpresa para o homem, sendo ela uma versão dele, um reflexo dele. Mas aquele assunto ainda doía.
- Bem, ela é humana, bom, era. Era confiante, brava como um leão. Tinha um grande sorriso, muita fé na humanidade, e um péssimo gosto para homens - o homem levou a taca se champanhe aos lábios e Sylvie sorriu.
- nisso eu concordo.
- na TVA, vi meu futuro, não vi ela em si, mas... Sinto que ela estava lá, em algum lugar - era fácil ouvir a esperança na voz de loki. - mas não tenho como dizer se ela está viva, em qual tempo, em qual linha do tempo, e se há uma variante minha com ela? - o homem olhava sua taça já vazia na mesa. O clima era de perda, como das muitas que os dois haviam sofrido.
- o amor é uma adaga.... Agora eu entendo - a loira disse sorrindo amigavelmente ao maior, que apenas sorriu leve.
- ela adorava um truque que minha mãe me ensinou quando eu era menor, quer ver? - Sylvie acenou que sim.
E derrepente fogos de artifício saiam da mão de loki, estourando de forma singela.
- ela amava fogos, ela tinha um fascínio por datas comemorativas dos humanos, ela tinha tanto espírito. - ele fechou a mão, e os fogos sumiram.
- assim que você conseguir fugir do seus amigos, tente ir até ela - Loki olhou a mulher no fundo dos olhos, ele sentiu que ali havia esperança também, ninguém mal é totalmente mal.
- estamos no multiverso agora - o sorriso que Loki reconhecia em si surgiu no rosto da menor.



Santa Monica, CA.

- ok, mas filha cuida dos seus irmãos, eles são cabeça de vento quando chega o halloween - a mulher dizia para a garota a sua frente enquanto arrumava a fantasia da mesma.
- eu sou a filha do meio, eu não deveria me preocupar com eles, deveria estar me divertindo - a garota disse bufando e a mãe riu - ter juízo dentro dessa casa é a pior coisa que eu podia ter herdado de você! - a garota bufou quando finalmente a mãe terminou de arrumar os cabelos negros da mesma.
- tudo bem, agora leve seus irmãos para dar uma volta, e por favor, fique longe de encrenca! - a mulher juntou as mãos na frente do corpo como um pedido - se alguém se meter com seus irmãos, tente ficar numa boa, nada de facas! - a garota revirou o olho - FENRIR, VALI! VENHAM AQUI - a mulher gritou e os dois garotos desceram as escadas correndo, quando a mulher se virou para dar o sermão em ambos os dois, ela parou. os dois estavam em fantasias de Thor e Loki, vali era o mais doce dos irmãos, cabelos cor de mel, iguais os da mãe, logo decidiu que seria o mais cabível a fantasia de Thor, deus nórdico do trovão. Já Fenrir, que tinha os cabelos negros, olhos tão azuis quanto o mar e o céu da noite, estava com vestes verdes, e um cetro em mãos, com elmos enormes. Os dois sorriam, e o coração da mulher por um milésimo de segundo se partiu e se reconstruiu novamente, ela não era louca... Era?
- entao, mãe? Estamos bonitos? - perguntou vali levantando seu martelo, o adolescente era bonito e um tanto animado pra tudo, Hela riu no fundo da sala.
- vamos vocês dois, não tenho tempo, tenho uma festa pra ir - ela disse saindo porta a fora - até mais mama - a garota disse, seguida pelos irmãos que se despediram da mãe com um beijo no rosto.
A mesma foi para a varanda, e viu todas aquelas crianças, pessoas andando entre as abóboras, luzes, jardins decorados e músicas. Ela se sentia bem nessa época do ano, o frio era mais quente que gélido, as pessoas na rua á faziam se sentir menos sozinha. Havia algo na vida de Hope que ela nunca havia se quer entendido, algo que faltava dentro dela. Ela sabia quem era, mãe de três filhos, solteira, trabalha como revisora de textos numa editora em santa mônica, mas algo nisso tudo, não se encaixava, era como se, numa perca de consciência recente, alguns dados haviam se dispersado no ar, e foi nessa neura que Hope, havia achado que enlouqueceu.
A mulher balançou a cabeça saindo de seus pensamentos e entrou em casa.
As horas se passaram muito rápido, entre revisões de textos literários, xícaras de café e louças lavadas, já eram duas e cinco da manhã. E finalmente as crianças estavam em casa.
- boa noite, mae - exclamaram juntos.
- ola, como foi a noite? - a mulher se virou no sofá vendo hella entrar porta a dentro tirando a capa da fantasia.
- foi legal, conhecemos um homem muito legal no caminho pra casa, nós ofereceu carona. - os sentidos maternos de Hope se ligaram automaticamente e Hela entendeu. - mãe tá tudo bem, ele é legal, não é vali? - a menina perguntou e mais três pessoas adentraram a casa.
- sim, mae, esse cara sabe fazer truques muito legais! - o rapaz falava animado, mas Hope não queria um estranho em sua casa, ela queria aquele homem fora dali o mais rápido possível!
- com licença - a voz do mesmo disse, era grossa, e com um sotaque carregado.
- prazer, me chamo hope, sou a mãe destes três ingênuos, e você quem é? - disse Hope de prontidão colocando os três adolescentes para trás de si. Fenrir estava calado, mais do que o habitual, sempre muito articulado, Hope notou o olhar sugestivo do filho á ela.
- sou Arthur, prazer - o homem então pegou a mao de Hope e apertou gentilmente, balançando para cima e baixo.
- você me parece familiar - Hela disse, quebrando o silêncio.
- muitos me dizem isso. - o homem riu singelo, ele parecia nervoso.
- SIM, AQUELE ATOR - o garoto mais novo disse animado. - da Marvel, que faz o deus da fantasia do Fenrir, mãe, qual o nome? - Hope olhou para o rosto do homem que ainda segurava sua mão. Os dois soltaram de forma rápida e se afastaram.
- Loki - hope disse e o homem deu um pequeno sorriso. De repente, algo no fundo da mulher se conectou, ela entrou num tipo de transe, algo tentava entrar na mente dela, mas não havia acesso. Ela o conhecia, ela sabia que sim, mas de onde? Quando? Eram tantas perguntas.
- crianças, está tarde, vão pra cama, amanhã conversamos - a mulher disse e dando boa noite para cada um dos três adolescentes que subiram as escadas, e assim que ouviu o trinco da porta deles fazer o som, finalmente ela soltou a respiração. O homem então tomou sua forma real, no lugar dos cabelos cortados, havia os cabelos na altura dos ombros, pretos, uma blusa social branca, calças bege e um sorriso estranho.
- eu sei quem é você, mas por que? - Hope disse se afastando do homem indo em direção ao sofá.
- não sei ao certo como te explicar isso, e levaria dias a fio, mas somos estranhos agora, e com memórias, ou pior, filhos - ele disse e Hope apenas o olhou incrédula.
- o que meus filhos tem a ver com isso? - a mulher virou-se totalmente para o homem.
- você os fez sozinha? - o homem a perguntou sarcástico .
- obviamente que não, mas o pai dos três foi embora, ele não era um bom pai, eu o mandei embora, eu sei quem fez meus filhos - a mulher dizia enfurecida.
- então por que nenhum deles se parece com ele - o homem apontou a foto que continha o tal homem, pai das crianças - a mulher pegou o porta retratos o encarando por vários segundos.
- quem é você?.

One shots marvelWhere stories live. Discover now