somehow, I want more.

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James Buchanan Barnes havia finalmente atingido seu estado de paz, o passado não o atormentava como antes, ele conseguia dormir. Ele tinha um lar ao lado de Sam e sua família, ele tinha amigos, ele tinha tudo, mesmo após perder tudo.
Todos os dias, bucky fazia questão de ir andar pelo pier, mesmo sem Sam, quando não estava em missão. De vez em quando ao parque, onde via as pessoas correndo, cachorros e crianças. Tudo era tão sereno, tão leve, tão... normal.
Aquilo era bom, era estranho, de fato, para aquele homem estar ali, sem ter alguém atrás dele, ter que estar fugindo o tempo todo, mas de certa forma, aquilo o deixava feliz, poder ficar exatamente onde está. Ele olhou em volta, e as pessoas continuavam suas vidas, menos uma mulher, que apontava uma câmera para ele, droga!
Bucky se levantou rapidamente, indo até a mulher e seu cachorro, com certa rigidez.
- o que acha que está fazendo? - ele perguntou tirando a câmera da mão da mulher - pra quem você trabalha? - ele disse segurando o pulso da mulher.
- ei me solta - a menor disse puxando o mesmo com força absurda para alguém de sua altura, o que bucky estranhou. - não trabalho com ninguém, estás fotos são para arquivo pessoal, seu grosso! - disse pegando a câmera da mão do homem e verificando se havia quebrado algo - você é famoso? - ela disse o analisando.
- você não sabe quem eu sou? - bucky sentiu certa soberba em sua pergunta, assim como a mulher a sua frente, que segurava seu cachorro tentando o fazer parar de latir.
- eu deveria? - ela disse o olhando.
- então por que das fotos? - ele perguntou colocando as mãos nos bolsos.
- seu braço, achei ele muito maneiro - ela disse apontando, e bucky sorriu ameno - onde conseguiu? - a mulher pergunta e bucky sorriu.
- num país muito distante, é feito de um metal muito raro - ele diz enquanto a mulher se aproxima colocando a câmera pendurada no pescoço, e começa a passar os dedos no braço de metal do homem que se sente desconfortável.
- vibranium, você o conseguiu em wakanda, certo? - ela diz e bucky acena que sim.
- tem certeza que não trabalha para alguém? - bucky diz intrigado.
- trabalhava nas indústrias Stark, conheço de super heróis - ela diz se afastando, notando o olhar desconfortável de bucky. - me chamo Roslyn, pode me chamar de Rose. - ela estendeu a mão ao maior.
- bucky - apertou a mão da mulher.
- bem, acho que vou indo, nos vemos por aí - ela diz se afastando aos poucos e acenando.
Bucky ficou ali parado vendo a moça se afastar com seu grande cachorro, alguns metros a frente, ela parava e tirava fotos, de pessoas, árvores, paisagens, até que desapareceu.
Aquilo foi algo inédito para o ex soldado, ele sentiu algo que não sentia a muito tempo, uma certa alegria, em estar ali, naquele momento, mesmo que estranho, ele se sentiu bem.

Alguns dias se passaram, e rose continuou seus passeios pela cidade, ela estava de férias, após a demissão por parte de Pepper potts, a mulher reservou um tempo pra si. Ela visita cada dia um lugar diferente da cidade, seja um museu, um bar, ou algum lugar que á indicam. Rose sempre fora comunicativa, o que foi ótimo para sua permanência em lugares, ela fazia amigos e amigos, ganhava a confiança das pessoas facilmente. Ela tinha um passado, mas preferia o esquecer, e seguir em frente, ela era uma nova pessoa.
A jovem resolveu dar um passeio pelo pier da cidade, iria haver uma comemoração lá, sua amiga Sarah a convidou. Ela se arrumou com um vestido leve, tênis confortáveis, era uma tarde de muito calor. Pegou suas chaves, bolsa e câmera e foi. O trânsito foi livre, e assim que estacionou pode ver muitas pessoas no local, música alta e muita comida. Ela estava andando em direção ao local, quando Sarah veio em sua direção.
- rose, que ótimo que veio! - a mulher a abraçou forte - é tão bom te ver!
- estava com saudades, amiga, que bom que estamos nos vendo novamente - Sarah e rose eram amigas de faculdade, inseparáveis até a morte dos pais de Sarah, e ela ter de largar os estudos para cuidar das coisas de família.
- não ia deixar minha companheira de bebida passar pela cidade, sem me acompanhar em algumas rodadas - as duas riram - fique a vontade, Jajá eu volto, irei comprar algumas coisas e já volto, Sam está perto do barco - Sarah disse se afastando com seus filhos no encalço.
Rose seguiu seu caminho, ate o barco, dizendo oi para alguns conhecidos, até achar Sam.
- rose? - o homem disse sorrindo - não brinca, garota olha você! - ele abraçou a mesma a girando no ar - como está? - ele perguntou depois de um abraço forte.
- estou bem, muito bem, como vai, cuidando dos negócios dos seus pais ainda? - ela perguntou e Sam riu.
- podemos dizer que sim. - os dois sorriam.
- vamos lá pro meio do pessoal, as pessoas vão começar a comer e dançar, você não quer perder isso. Rose sorriu e seguiu Sam que agora tinha Sarah gritando com ele, o que era normal, Sam apenas abraçou a mesma e saiu correndo. Ela sorriu, e se reencostou em uma das mesas sacando sua câmera, e começou com os clicks.
Após muitos clicks e alguns pedidos de fotos, ela começou a andar pelo pier tirando fotos, quando viu um rosto familiar, pendurando duas crianças em seu braço de ferro, aquilo fez ela sorrir. Pelo olho da lente, ela viu ele sorrir, calmo, aquilo fez ela sorrir mais. E um clique, ele se virou.
Rose acenou, bucky veio até seu encontro, correndo arrumando os cabelos negros que saíram apenas um pouco do lugar.
- olha só, você com essa câmera de novo - ele disse e ela balançou a mesma divertida - ainda acho que trabalha pra alguém.
- ola para você também bucky - rose disse guardando a câmera. - você conhece alguém daqui? - a mesma perguntou.
- sim, Sam e eu somos parceiros.- bucky disse e rose sorriu.
- ah que lindo, felicidades! - rose disse e bucky riu.
- não desse jeito, parceiros de negócios - ele riu e rose ficou corada.
- ah, entendi, bem, a festa está legal, mas terei de ir agora - rose disse e bucky segurou a mão da mesma.
- posso te convidar para uma bebida...- ele a soltou devagar - ou café... Caso não beba...- disse por fim, colocando as mãos nos bolsos.
- eu adoraria - ela disse corada e bucky apenas sorriu ladino.
Os dois rumaram para fora do pier quando Sam parou na frente dos dois.
- onde vão? - ele disse parado com as mãos na cintura.
- vamos tomar alguma coisa - rose disse, e Sam sorriu.
- James, vamos conversar - ele puxou o homem de lado por alguns segundos. - se você magoar rose, ou brincar com ela, eu acabo com você, entendeu? - bucky riu-se enquanto deu dois tapinhas no ombro do mesmo e se afastou retomando o caminho com a moça.
- o que foi aquilo? - a jovem pergunta.
- nada demais, vamos, conheço um lugar legal. - bucky diz e os dois seguem.
Chegando no lugar, os dois se sentam numa mesinha fora do restaurante, onde dava para ver o mar, ventava um pouco, mas estava tão quente, que era um alívio. Haviam luzinhas espalhadas pelo deck, os dois pediram seus drinks, e se põem a bebericar os mesmos.
- mas e ai, o que você faz - rose quebrou o gelo, colocando seu drink na mesa e o olhando.
- era um assassino controlando por um grupo nazista, daí consegui me livrar disso, agora tenho uns 120 anos, e perdi a maioria das pessoas que conheço. - bucky disse dando um gole em seu drink e respirando fundo.
Rose tentou disfarçar seu choque bebericando um pouco de sua bebida.
- muita coisa né - ela disse nervosa - mas vamos falar de coisa boa.
- tem alguma? - bucky pergunta.
- não..- a jovem responde e os dois riem.
- tudo bem, me conte sobre você. - bucky termina seu drink em um gole, e a garota faz o mesmo.
- bem, tenho 25 anos, formada pelo MIT, trabalhava nas indústrias Stark, sou latina.... - rose contou quase que toda sua vida para bucky, que em troca, contou tudo pra ela também, as guerras, Steve, tudo. Ela se chocou e não escondeu isso, quando descobriu que ele era o soldado invernal, e bucky se sentiu de certa forma confortável em contar isso á ela, e a forma que ela não o julgou, o fez sentir algo que não sentia á anos, borboletas, mas elas estavam lentas, e faziam cócegas. Após algumas horas, eles riam de algumas histórias, e piadas e ela havia tirado algumas fotos deles, dele e ele dela, ensinar a um homem de 120 anos a mexer em uma câmera havia sido o ponto alto de sua vida.
Os dois pagaram a conta, e foram para casa, andando junto.  Os dois conversavam, aleatória e continuamente, sem perder pro silêncio, aquilo era extremamente confortável para os dois.
- sabe, eu gosto da noite - bucky diz olhando o céu.
- eu também, eu me sinto mais confortável nela, de dia as coisas são muito caóticas - rose disse e fez o mesmo rir.
- você ainda não me contou, quais os seus poderes? - bucky perguntou a olhando.
- é algo que ainda não sei lidar, então não sei te responder essa pergunta, e não são poderes, são habilidades. - a mulher diz e bucky analisa a mesma. - o que foi? - pergunta.
- nada, você só é divertida, gosto de você.
- isso foi uma cantada, soldado? - rose diz provocando o mesmo, cutucando-o  com o cotovelo.
- talvez, rose, talvez. - o mesmo responde, a deixando sem graça.
Os dois chegaram na porta da casa onde rose estava ficando, por alguns instantes se olharam esperando que alguém dissesse algo.
- bem - disseram juntos - então - novamente .
- ok, então, quer um café? - rose perguntou colocando a franja atrás da orelha.
- eu aceito - bucky riu, e a mulher abriu a porta deixando o mesmo entrar e entrou em seguida.
Rose começou a andar para a cozinha enquanto o homem tirava o casaco colocando-o no cabideiro atrás da porta, ele olhou ao redor, a casa tinha cara de rose. A paleta de cores, o aroma frutal, com baunilha e um fundo de couro. Ele olhou para a mesma, e por um segundo não acreditou no que estava vendo, as coisas iam sozinhas de um lado para o outro, a água fervia sem ao menos estar no fogo, o café se colocava no filtro sozinho enquanto rose apenas movia as mãos e olhava dentro da geladeira.
- acho que tenho alguns muffins aqui, você gosta? - a mulher perguntou se virando para o mesmo que a olhava abismado. - o que foi?.
- então essa é sua "habilidade"? - o homem pergunta apontando para as coisas que voavam pela cozinha sozinhas.
- perdão, é inconsciente - ela diz fazendo as coisas baixarem e irem para seus lugares.
- não, eu gostei achei incrível - ele disse sorrindo, fazendo a jovem sorrir vermelha.
- ok, café pronto, vamos para sala. - ela disse sendo seguida por duas xícaras, com colheres que se mexiam dentro das mesmas. Bucky apenas as seguiu, e se sentou no sofá com rose.
- mas então, você pretende ficar aqui muito tempo? - rose pergunta. E bucky a analisa de cima abaixo .
- rose você não me convidou para tomar café, nós dois sabemos - o homem diz e a garota quase se engasga com o café.
- perdão - ela diz limpando o café dos cantos da boca - como?
- sinto o cheiro de uma espiã de longe - bucky diz olhando no fundo dos olhos marrons da garota de cabelos coloridos, falando bem baixo.
- espiã? - rose ficou confusa, ela sabia do passado de bucky, mas sua desconfiança estava passando dos limites.
- apenas sentados aqui, já consegui localizar 8 escutas na sua casa, apenas na sala e cozinha - ele diz se aproximando da garota ficando perto do ouvido da mesma - eu vou te dar mais uma chance, pra quem você trabalha, e pra que me trouxe aqui? - a voz do bucky reverberou nos ouvidos da mulher como uma melodia gostosa, mas dentro das circunstâncias, aquilo não era palpável. Ela apenas colocou sua boca perto do ouvido de bucky e respondeu.
- eu juro, pela minha vida, que eu não faço ideia do que você está falando. E se tem escutas na minha casa, eles estão nos ouvindo agora? - a garota pergunta e bucky fecha o rosto ficando cara a cara com a jovem que tinha desespero no olhar.
- merda, você não tem ideia do que tá acontecendo aqui, não é?  - bucky diz olhando dos olhos pra boca da mulher que retribui o olhar.
- eu sei o tanto que você sabe - ela diz quase num sussurro.
- então vamos seguir o plano deles. - bucky diz tomando a mulher em um beijo nervoso, os lábios dela eram tão macios, bucky sentia tanta falta disso. A forma que as mãos frágeis dela foram direto para a nuca dele, e ela subiu no colo dele foram quase que instantâneas. Tudo estava muito quente, uma bolha de luxúria e desejo se formou em volta dos dois, onde não existia tempo, apenas os dois.
Um estrondo na porta aconteceu, fazendo a mesma cair, os dois pararam o beijo de imediato.
- ah meu deus, Barnes, eu falei pra você não mexer com ela - era Sam Wilson. - eu coloquei escutas em todos os lugares, que nojo, vocês!
- SAM! - os dois gritaram para o homem que segurava um escudo e vestia a roupa do Falcão.

One shots marvelWhere stories live. Discover now