Swimming in Devil's hand.

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Haviam sido meses difíceis em Hell's kitchen, nada parecia normal, não dizendo que antes fosse, mas com o aumento da criminalidade, as drogas em alta, violência, tudo estava um caos. Claro que não posso reclamar de dentro do meu apartamento afastado do centro da cidade, mas eu vivo nessa cidade, sei o que esta acontecendo na nova York em que vivo, e ele também... mas será que ainda se importa?

Tudo o que sei sobre Matt até agora, foi que um prédio caiu em cima dele, no caso, do demolidor. Há longos meses eu vivo com a incerteza de que ele voltaria ou não, mas infelizmente mantenho em minha cabeça que sim, que ele está vivo e só está cansado demais para continuar.

Durante o caminho do trabalho para casa, tudo foi silencioso, o que era horrível, sinto falta das piadas de Foggy, da risada de Matt até mesmo da voz de Marcy chamando o Foggy de "ursinho", fazendo eu e Matthew rirmos ainda mais. Entrei no elevador e apertei o número 13, chegando no andar, andei até minha porta, 417 feito de madeira, abri a mesma deixando minhas angústias do lado de fora daquele espaço. Sai tirando meus saltos e jogando para tudo quanto é lado, assim como minhas roupas ficando apenas de lingerie, um banho seria tudo de bom agora.

Coloquei meu bule no fogo, o tempo do banho seria o tempo da água esquentar para um café. Liguei o fogo no baixo, e fui para o banheiro, me livrando do resto das roupas. Eu estava tão exausta, tudo parecia tão pesado o tempo todo, gostaria de poder desligar tudo. Fecho meus olhos e deixo a água quente cair sobre meu corpo, me lavo, e quando termino fico apenas ali parada olhando para o nada, até um zumbido me tirar de concentração. O bule.

Desligo o chuveiro, e coloco meu roupão saio do box com pressa, mas assim que o faço, o barulho para e meu coração gela, quem desligou o fogo? respiro fundo e os pensamentos de ansiedade entram em conflito a mil por hora na minha cabeça. Com cuidado pego o ferro que pendura as toalhas, tentando ao mínimo fazer barulho, seco meus pés para não escorregar e mantenho os joelhos flexionados. Abro a porta do banheiro devagar, e ando pelo corredor, eu conseguia sentir meu coração bater contra meu peito, minha respiração falhava devido ao frio. chegando à quina da parede para a sala respiro fundo, para dar o bote, seja quem fosse, sabe o que eu sei, e sei por que está aqui, sem piedade. Tomo impulso, mas quando olho para minha sala, há alguém no meu sofá, ele.

- Mas que merda! - exclamo soltando a barra de ferro no chão.

- Oi - Matthew diz segurando um ferimento em sua costela.

Segurei imensamente minha vontade de pular em seus braços e dizer o quanto senti sua falta, mas eu sei que ele já sabe disso, mas espero que ele saiba o quanto eu o odeio por ter feito tudo isso com a gente.

- O que aconteceu? - pergunto indo em direção ao interruptor.

- Não ligue a luz - ele diz me fazendo recuar e ir para perto dele, ficando a sua frente o encarando com certo ódio. - Eles estão atras de mim, preciso de ajuda - ri sem humor.

- Vou buscar o kit primeiros socorros - falei sem dar importância a ele.

- é mais complicado dessa vez, preciso que tire uma bala de mim - Matt diz num grunhido me mostrando a ferida aberta com sangue escorrendo. me aterrorizo e corro até o banheiro, esterilizo uma pinça, coloco as luvas e pego o kit.

- Preciso que me diga o que fazer, eu só sei suturar e limpar - falei apressada limpando ao redor da ferida, fazendo Matt morder o lábio com força e apetar o sofá - desculpa, vai doer.

- Tudo bem - ele disse com voz fraca - preciso que enfie essa pinça até sentir o metal e então, você segura ao redor e puxa pra fora, estanca e sutura, se eu desmaiar melhor ainda -ele diz rápido como se buscasse folego.

One shots marvelWhere stories live. Discover now