Flores Vermelhas

I - Bem-Vinda a Konoha

O despertador estava tocando estridente pelo meu quarto me fazendo acordar, infelizmente as férias acabaram, agora se inicia o segundo semestre de aulas na Academia Sobrenatural de Konoha, a única escola para seres sobrenaturais na Ásia, considerada uma das mais conceituadas do mundo das sombras.

Me levantei da cama me espreguiçando e em seguida fui para o banheiro tomar um belo banho antes do inferninho começar. Assim que termino, desligo o registro e me seco colocando as peças íntimas que eu havia deixado em cima da tampa do vaso, em seguida indo até a pia para escovar os dentes e saio do banheiro pegando meu uniforme que havia pendurado no dia anterior perto da porta, visto a saia preta plissada que ia até um pouco abaixo dos joelhos com duas listras verdes em sua barra, coloco a camisa branca social de botões e coloco meu colar de flor flamejante, o qual nunca tiro, por dentro da camisa ajeitando a gravata preta logo em seguida, vou até a penteadeira do meu quarto e pego a escova a passando pelos meus cabelos que vão até o meio das costas, depois de usar coloco dentro da mochila verificando se tudo estava lá.

ASK é uma escola de internato, então nos próximos cinco meses e meio vou morar em um dormitório com outras garotas. Pego duas malas e abro a porta posicionando a bagagem do lado de fora, por último calço as meias 3/4 e pego o blazer preto com detalhes em verde e o brasão da escola em dourado bordado no peito.

— Filha vamos, não podem se atrasar — meu pai grita do andar inferior, pego meus óculos posicionando-os no rosto.

— Papa, pode me ajudar com as malas?

— Deixa que eu ajudo maninha — meu irmão mais velho aparece na porta logo descendo com elas, eu o segui depois de jogar a mochila nas costas pegando meu celular e os fones em cima da cama, meu irmão é dois anos mais velho que eu, está no ultimo ano e ao final do semestre irá se formar, ele usava a calça preta do uniforme, a blusa social branca e o blazer estava amarrado na cintura, as mangas arregaçadas até os cotovelos e a gravata estava frouxa.

— Você vai assim?

— Sara... Maninha, você é muito certinha, deixa disso ou nunca vai arranjar um namorado.

— Ela só vai namorar depois que eu morrer, Daisuke — meu pai esperava na porta, com a cara de tédio de sempre, peguei meus sapatos na sapateira os colocando rapidamente assim como meu irmão.

— Poxa papa, você é outro... Só eu 'pra alegrar essa casa enorme, e com a gente longe, vê se sai um pouco, conhece alguém... — já estávamos do lado de fora da casa meu pai e meu irmão guardavam as malas dentro do carro e do outro lado da rua via meu vizinho fazer o mesmo.

— Não e por favor não fale mais nisso, você sabe que a sua okaa-san é, e sempre será, única 'pra mim — falou ríspido fechando o porta malas.

Minha okaa-san, a princesa das fadas, tinha o poder mais forte entre as fadas do tipo cura, meu irmão mais velho tinha herdado esse poder assim como o título de príncipe e os lindos olhos verdes amorosos dela.

— Papa, isso já foi a mais de oito anos devia tentar-.

— Vamos logo, que hoje eu ainda tenho uma audiência no conselho da magia na Cidade de Cristal — cortou meu irmão, entrando no carro.

Antes de entrar no carro pude ver os vizinhos entrando no carro, mas antes um certo loiro sorriu para mim apontando para o celular. Logo em seguida entrei no carro, com os dois homens em silêncio nos bancos da frente.

Era sempre assim, meu irmão queria com todas as forças que meu pai saísse daquela tristeza e arranjasse uma namorada, já meu pai se mantinha esperançoso e cegamente apaixonado pela mulher que desaparecera a oito anos atrás. Ainda lembro dela cuidando dos meus ferimentos, me ensinando magia e falhando miseravelmente já que a magia de tipo cura das fadas não se manifestou em mim, mas ela nunca ficou triste com isso, sempre com um sorriso doce e gentil em sua face, transbordando bondade. Lembrei do meu celular o pegando rapidamente, uma mensagem dele brilhava nas notificações, como ele havia apontado.