VIII - Corte Rubi

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Estávamos em uma sala enorme, as paredes eram de pedra polida com vários estandartes e tapeçarias antigas adornando o local, um grande tapete vermelho ia de uma porta imensa até um trono dourado coberto por flores prateadas, onde estava sentada uma majestosa mulher de aparentemente trinta anos que usava um vestido elegante e ao mesmo tempo sensual. O corset era roxo com um decote cavado até o umbigo, folhas prateadas contornavam sua cintura e logo abaixo uma longa saia cinza coberta por um tule roxo fosco com brilhos, que saiam da barra em degradê, esse mesmo tule cobria os braços da mulher que usava um coque alto trançado e em seus cabelos loiros uma linda tiara dourada com adornos que se misturavam ao penteado.

Vários guardas apontaram lanças incandescentes para nós ao mesmo tempo, assim que pisamos no local, nos vendo como algum tipo de ameaça.

— Abaixem as armas, soldados — ela ergueu a mão em um gesto qualquer, saindo de seu trono pomposamente e vindo em nossa direção, os guardas fizeram o que foi mandado obedientemente. A loira nos observou, fitou a nora, o genro e a mim — Sigam me — fez um sinal com a mão e as portas foram abertas, saindo em direção a algum lugar pelos imensos corredores do que penso ser um castelo, tudo era lindo, com detalhes em dourado e várias plantas que davam um charme mágico ao local, várias janelas mostravam a imensa e densa floresta que havia do lado de fora — O que aconteceu? — a voz da mulher era firme e ao mesmo tempo suave, já tinha a ouvido antes.

— Daisuke foi atacado, Yuki é a marcada dele, Boruto acabou de receber a marca e desde que foi aparente enfeitiçada Sarada não tem controle sobre os olhos, por isso estão sangrando — a ruiva falou calmamente, toda a preocupação de antes havia sumido, os marcados estavam todos desmaiados.

— Não conseguiu curá-los?

— Você sabe que eu não nasci fada. Minha magia é fraca e a testa gigante do garoto sugou toda a minha magia, a testa de marquise dele é igual a da Sakura — ela sussurrou a última parte soltando um risinho abafado.

Continuamos caminhando até entrarmos em uma ala médica com quatro macas, uma mesa de madeira, vários livros e medicamentos. Basicamente uma enfermaria.

— Deitem eles nas macas, criança Uchiha deite-se também — ela caminhou mais a frente e esperou os outros dois adultos se afastarem dos corpos — Figura Mutatio — falou fazendo um gesto com as mãos, cruzando e descruzando os braços em frente ao corpo. A roupa dela mudou, agora estava com um pijama cirúrgico e um jaleco médico, em sua cabeça não havia mais uma coroa, e seus cabelos estavam presos em maria-chiquinhas baixas.

— Karin querida, avise sua cunhada sobre o estado de seu sobrinho, fale com meu filho também sobre a Yuki, e Sasuke, saia daqui está atrapalhando — disse desdenhando do meu pai que saiu do local com a cabeça baixa seguido pela tia Karin que piscou para mim sorrindo tentando me confortar - estou nervosa e nem ao menos sei o por quê — Invocatio — ela mordeu seu dedo afim de sair sangue e passou na palma da mão onde se formou um pentagrama e uma lesma surgiu em seguida - grande e nojenta, parecia pasta de dente — Katsuyu, estabilize minha neta e termine de curar o menino Uzumaki — a mulher começou a tratar do meu irmão, uma aura verde se formou em suas mãos e a lesma se dividiu em duas subindo uma em cima de Yuki e outra em cima de Bolt.

— Onde estamos? — perguntei com a voz baixa olhando através da janela e vendo apenas árvores enormes com cabanas em seus topos, onde seres com asas brilhantes voavam.

— Está na Corte Rubi, ou melhor, humanamente falando estamos na Irlanda, pequena Uchiha — disse com rispidez na voz, parecia irritada com algo — Sou a rainha das fadas: Tsunade.

— Vovó Tsunade? — soltei em espanto arregalando os olhos, e por um curto momento ela me olhou tornando ao meu irmão novamente, ela parecia muito brava, e comigo... Seu olhar claramente demonstrava isso — D-desculpe, é que... O Dai te chama assim.

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