XVII - Se Você Ainda Respira, Você É Sortudo

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Notas Iniciais: Oi povo, eu sumi. Foi mal. A faculdade sugou minha alma, escrevi o capitulo todinho no feriado de pascoa, e se eu tiver inspirada e com tempo no próximo feriado eu tento portar mais um.

Me sentia totalmente impotente naquela situação, ver um de meus amigos mais antigos chorar daquele jeito partiu meu coração. Eu também, não conseguia parar de chorar, Boruto me abraçava e puxava meu rosto contra seu peito para não ver o corpo de Sumire estirado no chão, ele tentava a minutos me acalmar, mas sinto no momento que tudo o que preciso é apenas chorar.

Senti uma respiração forte contra as minhas costas, e um vento leve soprou minhas roupas e meu cabelo, me afastei levemente de Boruto e olhei a grande figura de Nue atrás de mim, acariciei seu pelo e podia sentir como a fera estava triste pela morte de sua dona, seus olhos grandes estavam fechados apenas aceitando aquele carinho, então ele abriu as pálpebras e desta vez me encarava de modo diferente, ele bufou forte no meu rosto, olhou para sua dona e caminhou até ela olhando para trás e parando, entendi que devia segui-lo e assim o fiz. Kawaki segurava a namorada com apreço nos braços, seus soluços eram cada vez mais dolorosos, Nue ficou olhando para mim, e de alguma maneira eu sabia o que fazer.

— Kawaki... Nue precisa fazer alguma coisa, se afaste do corpo dela — toquei o ombro dele com delicadeza, ele estava tenso e chegava a tremer, nada disse, apenas deixou o corpo dela com delicadeza no espelho d'água e se levantou, imediatamente sendo abraçado pela irmã mais nova, que tinha uma expressão de tristeza no rosto.

Olhei para o animal esperando que ele fizesse algo, ele dobrou uma das patas e se curvou perante a garota, suspirando em cima dela, senti algo estranho no meu corpo, um impulso ou seja lá o que fosse me mandava também me aproximar. Fiquei ao lado do corpo e me ajoelhei, não sabia exatamente o que estava fazendo... Mas tudo em nossa volta começou a tremer e podia escutar pedras caindo e barulho de vidro quebrando, porém não me importei com nada disso. Ergui meus braços e com os dedos médios toquei o centro de minha testa de algum modo removendo o cristal dela, afastei minhas mãos que tremiam ao carregar tamanho poder, e esse poder se fragmentou transformando-se em energia densa. Com meus dedos agitava delicadamente essa energia a mantendo presa em minhas mãos, Nue olhou para mim e nesse momento meu corpo voltou a se mexer de forma inconsciente fazendo força para separar a energia em duas partes, segurando em cada uma das mãos, o animal se deitou tocando sua cabeça na lateral da de Sumire e então senti como se a energia relutasse e não quisesse obedecer meus comandos. Um vulto se aproximou de mim e proferindo uma magia com apenas uma das mãos Boruto impediu que um pedaço do "céu" caísse em mim, aquele lugar estava se autodestruindo e o que parecia o paraíso agora era apenas uma caverna escura desmoronando e esmagando as flores vermelhas ao nosso redor. Voltei a me concentrar e num ato um pouco abrupto inseri a energia contra o peito de Sumire e na cabeça de Nue ao mesmo tempo, nesse momento perdi minhas forças e todo o vigor que tinha ganhado por conta da joia se esvaiu, meu corpo foi amparado pelo loiro que se abaixou e segurou minhas costas.

— Você está bem? — ele sussurrou contra a minha orelha me fazendo arrepiar, apenas sorri e assenti.

— O que você fez? — o Uzumaki moreno perguntou em um murmúrio, sua irmã o ajudou a se abaixar novamente, ele parecia desestabilizado, meio perdido eu diria.

Aos poucos o animal deu um último suspiro forte e então fechou os olhos, em seguida como se o ar tivesse voltado imediatamente a seus pulmões o ofego forte de Sumire surgiu quando seus olhos ametista voltaram a brilhar de forma mágica e seu cabelo voltou a ter uma cor anormal, sua respiração era ofegante, mas assim que isso aconteceu, outra pedra enorme caiu esmagando a árvore nos assustando.

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