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"A vida é um calvário. Sobe-se ao amor pela dor, à redenção pelo sofrimento."

Assim que o sino tocou, todas as crianças saíram do refeitório e foram brincar no orfanato. Mas Mary, Ethan e Emilly ainda não tinham comido.

Na hora do almoço, eles também não comeram da comida da senhorita Dantas, parecia que quanto menos feliz ela ficava, pior era a comida.

- Então MJ... O que a gente vai comer agora? - Emilly perguntou, brava.

- Vamos comer, comida de verdade! Dentro da cozinha, tem alguns potes de biscoitos, doces e frango assado. Vamos dar um jeito de tirar a senhorita Dantas da cozinha e pegar para a gente. - Mary respondeu para Emilly.

- Como vamos tirar ela da cozinha? - Ethan perguntou para Mary Jane.

- Simples... Vamos dar um grande susto nela! - Mary falou sorrindo.

Quarta-feira, 13 de Outubro de 1993:

A senhorita Alcina Dantas estava na cozinha descansando em sua cadeira de balanço. A cadeira era feita de madeira de acácia, pintada com carmesim e haviam duas bolas prateadas nas pontas superiores da cadeira.

Mary Jane, Emilly e Ethan estavam com os seus brinquedos de pelúcia nas mãos. Ethan foi engatinhando até a porta da cozinha e observou que a senhorita Dantas estava dormindo na cadeira de balanço.

Ethan colocou o bonequinho de raposa que Emilly tinha, na frente da porta, tirou uma bola de papel do bolso e arremessou na cabeça da senhorita Dantas.

Ele se escondeu o mais rápido que pode e ela acordou.

- O que está acontecendo aí? O que este boneco ridículo está fazendo aqui na cozinha? - Ela perguntava com raiva.

- Eu sou o fantasma da raposa de pelúcia. - Ethan falava, escondido atrás da parede, imitando a voz do urso de pelúcia.

- O que? Um fantasma? - Alcina falou assustada, pegando um frasco com água benta e jogando no boneco de pelúcia.

Ethan estava do lado de fora e não conseguia ver o que estava acontecendo do lado de dentro da cozinha. Mas ouviu um grunhido grave e em seguida a senhorita Dantas gritou.

Imediatamente ele correu até a porta e viu que a senhorita Dantas havia desmaiado em sua cadeira. O boneco de pelúcia de Emilly estava parado e um pouco molhado.

Ethan saiu da cozinha e fez um sinal para que as meninas fossem até ele. Quando elas chegaram e viram a senhorita Dantas roncando e o boneco molhado, se assustaram.

- O que aconteceu? - Mary Jane perguntou sem entender nada.

- Por que a minha boneca tá molhada Ethan? - Emilly perguntou brava.

- Eu cheguei aqui, fiz uma voz de fantasma, ela jogou água benta no boneco e desmaiou. - Ethan falou, explicando toda a situação.

Na verdade nem ele tinha entendido o que aconteceu com a senhora Dantas. Talvez ela tivesse muito medo de fantasmas ou tivesse achado que estava sonhando e voltou a dormir.

- Isso não importa, vamos pegar a comida, antes que ela acorde. - Ethan falou.

Então eles pegaram o pote de biscoitos, 3 pedaços do frango e um saco de doces. Sairam correndo da cozinha e foram para o quarto.

Chegando lá, Comeram todas as guloseimas que haviam pegado na cozinha e colocaram os pacotes escondidos em baixo das camas.

Às 22:00 da noite, o sino tocou no orfanato, Mary sabia que isso era o sinal de Magna. Todas as noites, o sino era tocado para que as crianças dormissem cedo.

Mas quando Magna não estava, Maggie deixava eles dormirem mais tarde para que eles pudessem se divertir e brincar bastante.

As crianças esconderam os pacotes e potes de comida, deitaram-se e fecharam os olhos.

Após as batidas do sino, a senhora Magna sempre fazia uma verificação em todos os quartos, para ver se as crianças realmente estavam dormindo ou se estavam fora de suas camas.

Mary Jane novamente colocou o coelhinho de pelúcia sobre a mesa ao lado de sua cama, antes de dormir.

Mas a menina acordou novamente, no meio da madrugada e o boneco de coelho que antes estava sobre a mesa, já não estava mais lá.

Dessa vez, ela se certificou de que não estava dormindo e decidiu que iria procurar o seu boneco de pelúcia. Ela decidiu que não deveria acordar seus amigos.

Ao olhar para a porta do quarto, ela viu que a porta estava um pouco aberta. Talvez Magna tivesse verificado o quarto e se esquecido de fechar a porta.

Mas Mary Jane sabia que quando Magna fazia a verificação dos quartos, a mulher era extremamente cautelosa e nunca deixava que nenhum detalhe passar despercebido.

A menina caminhou pelo quarto em direção a porta e abriu ela com cautela para que não fizesse barulho. Ao puxar a porta lentamente, ouviu um rangido fraco e um estalo de madeira alto.

Olhou assustada para trás, para ver se alguém tinha acordado com o barulho horrível da porta. Mas todos continuavam dormindo tranquilamente.

A menina finalmente saiu do quarto e foi caminhando pelo corredor escuro, até que encontrou uma porta meio aberta, não era uma porta qualquer, era a porta de um quarto de criança.

Mary Jane tocou na maçaneta que fez um estalo, empurrou a porta com força e lentamente e entrou no quarto.

A menina se viu em um quarto escuro com um imenso vazio e alguns brinquedos jogados no chão.

- Olá... Tem alguém aí? Eu vi a porta aberta, então vim ver se estava tudo bem por aqui... Mas eu já estou de saída... - Mary falava com medo e gaguejando por alguns momentos.

O quarto tinha uma pequena vela em cima de uma mesa, perto da porta. A vela iluminava apenas a entrada do quarto. Mary olhou para o chão e viu uma bola de borracha rolando em direção aos seus pés.

A bola finalmente parou quando tocou os pés da menina. O toque da bola era gelado e ela parecia bem suja.

Mesmo com pouca iluminação no ambiente, Mary pode observar que as cores vermelho, amarelo, azul e verde estavam presentes na pequena bola de borracha.

O piso do quarto era totalmente de madeira e as paredes eram de um tom azul, pouco visível pela falta iluminação do ambiente.

Mary Jane sempre foi uma menina muito observadora, então ao observar as poucas partes iluminadas do quarto, pode concluir uma coisa...

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Five Nights at Freddy's: Beyond the DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora