"O medo dá asas aos pés".
Karl abriu os olhos se recuperando do susto e observou que a boneca de pelúcia, com aparência de raposa, estava totalmente deformada e despedaçada.
Seu corpo estava misturado com diversos fios, engrenagens e peças de metal afiado. O garoto pareceu se assustar novamente com a criatura, mas ao olhar para ela, percebeu que era uma criatura pacífica.
Se o terrível monstro distorcido quisesse fazer algum mal para o garoto, já teria feito isso, enquanto ele estava desmaiado. Era como se a criatura quisesse avisar ele de alguma coisa, levando o garoto para aquele lugar.
- Oi... Você fala? - Karl perguntou, sendo meio tímido ao falar com a criatura distorcida.
A criatura olhou para o menino sem dizer nenhuma palavra, afinal ela era uma raposa. O menino se sentiu um bobo perguntando esse tipo de coisa, mas logo percebeu que o Homem Coelho também era um animal e conseguia falar.
A criatura distorcida olhou para o garoto e com um dos seus quatro braços, apontou para a escuridão no final da sala, que possuia uma pequena lâmpada no teto que iluminava apenas Karl e a criatura.
Do meio das trevas, surgiu um pequeno garoto, com um aparelho detector de calor em suas mãos. Ao observar bem, Karl percebeu que se tratava de Bruce William. O jovem menino que andava pelo orfanato a noite, caçando as criaturas da escuridão.
- Olá Karl! - Bruce falou, dando um sorriso para o menino.
- Bruce!? O que você tá fazendo aqui? Você conhece esse criatura? - Karl perguntou, sentindo-se assustado com a situação.
- Bem... Essa é uma das pelúcias que vieram do tal estabelecimento, aquele que veio até o orfanato no dia das crianças! Por ter sido torturada por uma das servas de Magna, essa criatura se tornou inofensiva e despedaçada. - Bruce falou, olhando para a criatura com pena.
- Então... Vocês são tipo amigos? - Karl perguntou, sentindo-se confuso.
- Somos parceiros de trabalho! Acredito que com o meu intelecto avançado e com a força dessa criatura, podemos destruir a criatura coelho. Mas vou precisar da ajuda de todos os seus amigos! - Bruce falou, cruzando os braços.
- A última vez que eu vi eles... Foi através de uma das câmeras do escritório da Magna. Eles estavam na porta do porão! A essa altura eles já devem estar dentro do porão! - Karl falou, abaixando a cabeça.
- Exatamente! Existe uma outra criatura muito mais forte no porão! Acredito que eles já tenham cuidado dele, pois eu e a raposa não temos condições de enfrentar uma coisa daquelas! - Bruce falou, coçando a cabeça.
- Se nem essa raposa pode destruir esse outro bicho que você mesmo acabou de mencionar, como crianças vão acabar com ele? - Karl perguntou, com uma expressão de dúvida.
- Eles são muito mais fortes do que você imagina! Com certeza já devem ter dado um fim naquela coisa. - Bruce falou, passando confiança para Karl.
A criatura distorcida pegou um pedaço de papel, com um de seus braços e entregou para Bruce que ficou feliz com o gesto de bondade dela.
O menino abriu o papel e mostrou para Karl todo o seu plano. A folha estava repleta de rabiscos e desenhos infantis de Bruce, também haviam algumas coisas escritas em balões de fala.
- Primeiro, vamos encontrar os seus amigos, salvar eles... Atrair o Homem Coelho para a armadilha, a raposa usa o mata leão nele... Depois jogamos esse coelho em um caldeirão de ácido! - Bruce explicou, apontando para as escrituras na folha.
- Como vamos conseguir um caldeirão de ácido? - Karl perguntou.
- Bem... Eu já cuidei disso! - Bruce respondeu, fazendo Karl perceber que ele já tinha todos os matériais para que o seu plano funcionasse bem.
- Então... Agora só precisamos chegar até os nossos amigos! - Karl falou.
- Vamos pelos dutos! A raposa conhece vários caminhos e atalhos diferentes! Esse lugar é repleto de dutos escuros que parecem labirintos... Mas ela consegue se movimentar muito bem por eles! - Bruce explicou e em seguida entrou dentro de um enorme duto de ventilação, ficando entalado na porta entrada.
- Bruce você tá bem? Precisa de ajuda? - Karl perguntou, percebendo a dificuldade do amigo.
- Eu estou bem! - Bruce falou, conseguindo entrar no duto de ventilação.
- Eu só acho que a raposa deveria ter entrado na frente... Já que é ela que vai mostrar o caminho! - Karl comentou, olhando para a criatura.
- Tem razão! Mas agora já é tarde de mais... - Bruce falou, movimentando-se rapidamente dentro do duto.
A criatura distorcida deu um tapa na própria testa e balançou a cabeça negativamente em um gesto de reprovação.
- Essa raposa parece ser muito mais inteligente do que parece! - Karl pensou, enquanto observava a criatura entrando no duto, logo atrás de Bruce.
Ao entrarem no duto, eles caminharam até o meio da ventilação, onde haviam três caminhos diferentes. Por um dos caminhos, eles começaram a ouvir batidas e gemidos de sofrimento.
- Bruce... Eu acho que tem mais alguém dentro desses dutos de ventilação! Eu não quero dar de cara com nenhuma criatura sinistra por aqui... - Karl falou, sentindo-se apavorado.
- Raposa! Mostre o caminho para a gente! - Bruce falou, dando uma ordem.
A criatura apontou para a direita, com um de seus braços despedaçados. O menino pode observar que havia uma forte luz no fim do duto, na direção mostrada pela raposa cor de rosa.
Então os três seguiram caminho para o final do duto de ventilação, enquanto as batidas se tornavam mais fortes e os gemidos de sofrimento, se tornaram barulhos fantasmagóricos.
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Five Nights at Freddy's: Beyond the Darkness
TerrorAnos atrás, várias crianças desapareceram na Pizzaria Freddy Fazbear's. Há uma antiga lenda de que os mascotes da pizzaria são na verdade amaldiçoados por espíritos das crianças que foram mortas por um serial killer totalmente desconhecido. Com o fr...