XVII

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"Toda a conquista começa com a decisão de tentar".

Karl estava sentado em uma cadeira de madeira, na sala de Magna. A terrível mulher havia deixado ele preso como forma de punição. Seus braços estavam amarrados para trás e suas pernas presas nos pés da cadeira, com uma fita adesiva poderosa.

O garoto sabia que a mulher faria algum mal para as outras crianças quando encontrasse elas. Só havia uma maneira de impedir isso, atrasando a mulher, antes que ela chegasse até as outras crianças.

O garoto se balançou para frente e para trás, fazendo a cadeira cair e quebrar, permitindo a fuga dele. As fitas que prendiam as pernas, imediatamente rasgaram e o menino foi correndo até um machado antigo que estava preso na parede do escritório e começou a esfregar a corda que prendia os seus braços, até finalmente se libertar.

Agora ele teria que saber os próximos passos de  Magna Dimineutron, sendo mais rápido e esperto do que ela jamais foi em sua vida. Ao observar a mesa do escritório, ele viu alguns monitores de câmeras e decidiu olhar.

Em um dos monitores o menino viu as crianças andando pelos corredores, em outro ele viu seus amigos na porta do porão, em outro ele viu Magna andando pelo orfanato e no último ele viu uma criatura coelho saindo de um buraco no chão.

Era exatamente a mesma criatura coelho que atacou eles no porão. Então o menino teve a idéia de ir até o porão para alertar os seus amigos sobre o terrível perigo.

Haviam alguns botões na mesa de Magna, cada um tinha a sua função. Karl apertou o botão vermelho e fez com que um alarme muito alto fosse ativado, por todo o orfanato.

Magna Dimineutron estava andando com o seu chicote e acabou se assustando com o alarme. Ela imaginou que alguém tivesse entrado no escritório e apertado o botão vermelho.

– ESSAS CRIANÇAS! – A mulher falou, com uma expressão de ódio em sua face, dando meia volta e correndo para o seu escritório.

Karl ficou apavorado e começou a apertar todos os botões do escritório, realizando diversas funções ao mesmo tempo. Enquanto Magna corria, o sistema de incêndio foi ativado e alguns cabos que estavam no teto, liberaram um forte jato de água em sua face.

O terceiro botão que Karl apertou, fez um dos canos liberarem espuma em cima de Magna, fazendo a mulher cair com a cara no chão e deslizar.

Quando Magna tentou se levantar, o menino apertou o botão que abria a porta do sótão do orfanato, atingindo a cabeça da mulher. O garoto repetiu esse procedimento várias vezes até ela cair no chão.

Agora ele finalmente teria algum tempo para chegar até os amigos, antes que ela acordasse e lembra-se do que aconteceu no corredor. Na parte de cima do escritório, havia um duto de ventilação trancado com uma porta de grades. Karl percebeu um fedor estranho vindo do duto.

– Isso tem o cheiro do Bruce! – O garoto pensou, enquanto desviava o seu olhar para os monitores de câmeras.

Enquanto ele estava distraindo a sua mente, procurando pelo Homem Coelho nas câmeras, a porta do duto foi arrancada bruscamente e lançada na cabeça de Karl, fazendo o menino cair no chão.

Um longo braço metálico, enferrujado e carbonizado saiu do duto. O garoto foi pego pelo pescoço e puxado para dentro da ventilação, pela criatura distorcida.

O golpe na cabeça foi tão forte que deixou o garoto desorientado em com um pouco de falta de ar. O fato dele ser arrastado pelo pescoço em um pequeno duto, também contribuía para isso, já que ele sofria de claustrofobia extrema.

A criatura não era visível para os olhos do garoto, já que se movimentava de maneira muito rápida e difícil de acompanhar. A falta de iluminação no duto, também deixava as coisas muito mais difíceis.

Quanto mais o garoto era arrastado, mais escuro ficava. Até que ele começou a dar socos na criatura, tentando se libertar do abraço mortal.

Mas não era uma criatura comum, era um ser repleto de pernas, braços, duas cabeças e dentes muito afiados. Quando a criatura olhou para trás, Karl pode observar a luz vermelha em um de seus olhos, já que o outro tinha sido arrancado.

– Aí meu Deus... Só pode ser a morte que veio me buscar... – O garoto sussurrou, olhando para o olho vermelho da criatura.

Quando o duto finalmente chegou ao seu ponto final, a criatura lançou o garoto para fora, fazendo ele cair em uma pilha de brinquedos velhos.

Karl olhou ao redor e percebeu que estava na sala, onde os brinquedos eram destruídos, triturados e queimados.

A criatura saiu do duto de ventilação e caiu de pé, na frente do menino que ficou assustado ao ver do que se tratava.

Era uma criatura muito parecida com a boneca de raposinha que Emilly tinha ganhado do estabelecimento que fez as doações de caridade para o orfanato.

Todos os bonecos de pelúcia tinham uma pequena estrutura dentro do corpo que servia de esqueleto para que eles não ficassem moles de mais. A criatura parecia ter sido triturada, queimada e o seu esqueleto estava exposto para fora.

Havia uma cabeça de raposa, uma metade de esqueleto de borracha e um dos seus olhos estava faltando. O corpo era um monte de fios, linhas e pedaços de metal e borracha. A expressão na face do monstro, não parecia ser nem um pouco amigável.

– É A IMAGEM DO CÃO! – Karl falou, chorando e em seguida desmaiando.

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Five Nights at Freddy's: Beyond the DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora