XI

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"⁠Se as pessoas levassem os sinais de perigo a sério, ainda estariam vivas até hoje."

Ao chegarem no porão, Elizabeth pegou uma palmatória de metal, repleta de espinhos, para bater nas crianças. A pegou uma chave e colocou na fechadura.

A mulher girava a chave dourada, lentamente, fechando as travas da grande porta de metal.

– É hora de vocês crianças mal criadas, aprenderem o que é bom para a tosse! – A mulher faloy com um sorriso cruel e muito malvado.

– Senhora Elizabeth... Por favor... Não nos machuque. – Mary Jane falou, implorando e caindo de joelhos.

– Senhora... Levantamos das nossas camas por um motivo. Deixe a gente se explicar. – Ethan falou, tentando amenizar a situação.

– SILÊNCIO! Eu não tolero falta de respeito... Hoje vocês irão aprender o que realmente é bom para a tosse! Esse é o fim de vocês! – A mulher falou, com um sorriso cruel e dando uma gargalhada maligna.

Quando ela levantou a palmatória, uma pequena bola colorida, foi expulsa de um dos sacos de farinha que estava encostado na parede, atrás do moedor de grãos.

A pequena bola colorida rolou até chegar nos pés de Elizabeth. A mulher abaixou a cabeça e observou a pequena bola parada em sua frente.

– Mas... O que é isso? Que brincadeira é essa? – A mulher falou, olhando para a bola colorida e observando o saco de farinha.

– Não é uma brincadeira Senhora Elizabeth. Achamos que tem alguma coisa errada com a piscina de bolinhas. Agora as bolinhas coloridas estão por toda a parte. – Lilian começou a falar, mas logo foi interrompida por Elizabeth.

– Silêncio! Criança tola. Eu sou a autoridade aqui, sou o braço direito de Magna e também sou poderosa nesse orfanato. – A mulher falou com ódio e muito rancor.

Elizabeth finalmente levantou a sua palmatória e sentiu uma coisa melada cair em sua cabeça. A mulher levou a mão para cima da cabeça e quando olhou as mãos, viu que era uma gosma roxa, grossa e gosmenta.

Quando a mulher olhou para cima, viu um enorme Coelho de cor amarelada bem mais alto que ela. O coelho estava com a sua enorme boca aberta e parecia estar com fome.

– O que!? – Elizabeth falou, sem entender o que estava acontecendo.

O grande Homem Coelho abocanhou a cabeça de Elizabeth com uma única mordida e as crianças saíram correndo até a porta de metal.

– Cadê a chave? – Ethan perguntou, dando de cara com a porta fechada.

– Estava com... – Emilly começou a falar, mas foi interrompida.

– A SENHORA ELIZABETH! – Todas as crianças responderam, simultaneamente.

– Sentiram saudades crianças? Porque eu senti de vocês! – O Homem Coelho falou, dando um enorme sorriso para as crianças.

Todos ficaram em pânico e totalmente paralisados com a cena terrível. O Homem Coelho usava uma cartola roxa em sua cabeça, ele fez uma dança triunfal e por fim tirou a cartola da cabeça, colocando o chapéu na cabeça de Mary Jane.

A menina se encolheu e se coração acelerou, o ambiente foi preenchido pelo silêncio das crianças indefesas e frágeis.

– Ninguém quer brincar com o Senhor Coelho... Me deixaram apodrecendo nesse porão, sujo de cera e cupins. Mas agora que estão todos aqui... Podemos brincar! – A criatura falou, olhando para as crianças com um sorriso enorme.

– O que você quer? – Karl perguntou, tentando esconder o medo.

– Vamos brincar de esconder a alma! Cada um, tem 30 segundos para se esconder e quem for encontrado vai ser devorado! – O Homem Coelho falou, dando um sorriso alegre.

A criatura correu para trás de uma coluna de madeira e começou a contar lentamente.

– 30...29...28... – A criatura amarelada contava com os olhos fechados.

– Temos que dar um jeito de fugir daqui! – Ethan falou, tremendo.

– Só temos uma saída... Precisamos do Bruce! Ele é o único que tem o conhecimento de monstros. – Mary Jane falou, sussurrando.

– Mary Jane, sua cabeçuda... Como vamos sair daqui se a porta está fechada. E o SEU "boneco de pelúcia" acabou de comer a única pessoa que tinha a chave. – Emilly reclamou, brava e aumentando o tom de voz.

– Vamos para o duto de ventilação! – Karl respondeu de imediato, apontando para um duto velho na parede.

– Ninguém sabe onde esse duro leva... E se não tiver saída? Ou se tiver um grande ventilador no final? – Emilly reclamou.

– É a nossa única saída, já que o coelho da MJ engoliu a Elizabeth e a chave... – Karl respondeu, triste.

– 10...9...8 – O Homem Coelho falou, em um tom musical.

Rapidamente as crianças entraram no duto de ventilação, Karl ficou em último por conta de sua perna machucada. O duto era escuro e completamente vazio, um lugar cheio de poeira e sujeira.

Depois de alguns minutos as crianças finalmente saíram do grande duto de ventilação e chegaram até uma sala enorme.

– Pessoal, que lugar é esse? – Emilly perguntou, desconfiada.

Mary Jane observou a sala e viu que era um pequeno quarto de faxineiras, cheio de objetos de limpeza e vassouras.

– Estamos no quarto das faxineiras, já está amanhecendo. Temos que correr para os nossos quartos antes que a Magna pegue a gente. – Mary Jane falou, abrindo a porta do quarto.

– Mas e a Lilian? A gente precisa procurar por ela. – Karl falou, triste.

– Primeiro vamos nos esconder. – Ethan falou, colocando a mão no ombro de Karl.

– VERMES MISERÁVEIS! – Uma voz gritou, vinda de trás da porta que ficava no final do corredor.

– Meu Deus! Só pode ser a Magna... Temos que nos esconder... – Mary Jane falou, assustada.

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Five Nights at Freddy's: Beyond the DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora