Penúltimo cap

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— Fiquem a vontade! Não é luxo, mas dá para passar a noite tranquilos, amanhã estarei de volta para resolvermos passaporte e novas identidades.
— Tá... Obrigada Reddington!
Gabriel entrou na casa, se despedindo do amigo, sentou-se no sofá pequeno, ao lado de Marinette que estava encolhida novamente.
— Acho que precisamos conversar...
— O que vai dizer? Que meu avô? – se levantou indo até o Adrien — Eu quero deitar vem comigo!
— Claro! – o loiro olhou para o pai ainda decepcionado e subiu com a parceira para um dos quartos
— Acho que ele não vai me perdoar por isso! – olhou para Nathalie
— Calma, eles estão abalados tentando digerir tudo, se está complicado pra nós que sabemos imagina pra eles que confiaram em nós. – a mulher se sentou ao lado dele — Estamos em terreno minado, e eles estão fragilizados!
— Eu percebi! Mas e você? Como está, como se sente?
— Confusa! Z-hão está morto!
— E isso não é bom?
— Por um lado sim! Por outro não...
— Não entendo!
— Com Z-hão morto, quem assume tudo é a esposa legal ou herdeiros, se esses não querem se inicia-se uma disputa pela chefia da marfia, mas para tornar o cargo oficial os herdeiros por direito devem estar mortos.
— A sua e a cabeça da Marinette são troféus para ele!
— Não só isso, a bomba no carro era para o Adrien... eles acham que o Adrien também é herdeiro.
— Nathalie meu filho não...
— Me desculpe, eu acabei trazendo isso para vocês! – suspirou
— Não é sua culpa! – beijou as mãos dela — Você é vítima de tudo também.
Nathalie respirou fundo enquanto sentia o abraço dele, acolhedor e companheiro, porém Nathalie sabia o que tinha que fazer agora.
— Mudando de assunto, onde conheceu o cara mais perigoso do mundo, segundo o FBI?
—Bom, digamos que a Gabriel‘s não foi algo criado com 100% na honestidade. Eu não nasci num berço de ouro, mas sempre fui apaixonado por moda, mas nunca tive oportunidade como estilista. E um dia encontrei o Reddington, viramos amigos e fizemos uma troca de favores, eu teria um ateliê, que secretamente tivesse um esconderijo para ele. – ele passou o braço pelos ombros da Sancoeur — Eu aceitei, fiquei famosinho nas redondezas pelas roupas e tudo, e um dia trabalhando me aparece Audrey que me tornou o que sou hoje, porém com uma empresa, em que tivesse algumas salas secretas para ele. Porém, mau nos víamos!
— Quem diria hein...
...
Logo a noite após o jantar, os garotos se recolheram calados, em silêncio não falaram nada. Nathalie se sentia desconfortável e querendo ou não, tinha que conversar com ela pela última vez.
— Adrien... – entrou no quarto, após duas batidas na porta
— O que faz aqui? – perguntou o garoto lhe olhando ao lado de sua parceira
— Meu amor, quero conversar com a Mari a sós, por favor! – Marinette a olhou de lado — É urgente!
— Mari...? – o loiro olhou para a azulada
— Tudo bem gatinho!
Adrien andou até a porta, olhando as duas, estarei na sala!.
— Oi meu amor... – tentou se aproximar, porém a garota se esquivou — Olha, eu não queria terminar assim com você, eu te amo muito, desde esse dia aqui... – entregou a ela a única foto que tinha do nascimento da filha, com ela no colo — Sabe, a maior dor que eu senti em todos os anos da minha vida, foi a de ter que entregar a uma outra pessoa. A única coisa que me confortava era saber que você estava bem, estava viva e sem correr risco algum. Até hoje, você é o único motivo que me fez permanecer viva, te proteger virou a razão da minha vida. – chora — Mas até nisso eu falhei, eu te queria tanto comigo que eu quis te ter perto de mim, e acabou nisso que estamos vivendo agora. Tudo que eu não queria pra você. Me perdoa, por favor! Eu te prometo que amanhã tudo volta a normal e você vai voltar a ser uma garota normal, vai volta para sua família, a Sabine o Tom. Eu não vou mais te atrapalhar... Prometo. – Marinette a olhou nos olhos chorando também, e lhe abraçou
— Não vai embora de novo, por favor! Eu quero você comigo também! Por favor...
— Meu amor, sempre que precisar eu estarei com você, Eu te amo! E terei que ir, pra você ficar bem! – beijou a testa dela — Sabe, uma mãe é capaz de tudo para ver seu filho bem, nem que pra isso ela dê a própria vida.
...
Adrien estava deitado no chão da sal olhando para o teto, Simplesmente olhando o nada, queria compreender o que era aquilo tudo que acontecia no momento.
— Está de mal comigo? – Nathalie apareceu no seu campo de visão
— Eu não consigo! – olhou ela se deitar ao seu lado na mesma posição que ele estava — Estou triste! Nunca desconfiaria de você ou do papai..
— Quebrei sua confiança... desculpa! Você e seu pai estavam muito tristes por causa da Emílie, por isso ajudei sei pai. Queria que ele volta-se a ser a mesma pessoas que me ajudou a superar meus problemas, e era sua mãe a alegria da casa.
— Sim ela era! Mas você também é! Eu fiquei triste com a morte dela, mas eu tenho você, eu tenho o papai, vocês me fazem feliz e me ajudavam a superar tudo.
— Bom, me desculpe! – Abraçou ele — Eu te amo! Nunca duvide disso está bem? – beija a testa dele
— Sabe, eu vi no armário da cozinha chocolate! – olhou travesso para ela que já havia entendido o sinal
— Então vamos?
Eles se levantaram do chão e correram para cozinha, Nathalie pegava os ingredientes e Adrien os materiais, e os dois fizeram a maior bagunça na cozinha. E no final Nathalie tirou do forno um maravilhoso suflê de chocolate que só o cheiro dava água na boca.
— Cheirinho bom... – Adrien já ia cortar um pedaço quando recebeu um tapa na mão — Aai...
— Primeiro tomar banho depois come!
— Ah não, mas...
— Anda... – apontou para o banheiro, e mesmo contra vontade ele foi
Aproveitou também para tomar o seu banho, e se preparar para a conversa com Gabriel, quando voltou viu Adrien na cozinha a sua espera.
— Apressado! Toma aqui o seu e o da Marinette! – entrega duas fatias nas mãos deles — E vão dormir em...
— Sim senhora! – ele deu-lhe um beijo na bochecha — E subiu!
...
Gabriel lia o seu jornal em silêncio no quarto, usava apenas uma bermuda cinza para dormi. Não havia percebido a presença de mais alguém ali, essa que se aproximou que de surpresa e tomou seu jornal, antes dele falar qualquer o beijou
Mesmo confuso Gabriel retribuiu o beijo que foi esquentando cada vez mais. Já fazia tanto tempo que ambo não sentia aquelas sensações de prazer em seus corpos, que não demorou para se entregarem nos braços desse amor aprisionado.
Os rosados seguiam na direção do pescoço masculino marcando e deixando marcas, as mãos dele adentrava por entre os fios de cabelos os soltando do típico coque que usava.
Olha-la de cabelos soltos lembrava do passado, o bar onde a conheceu, gravida, tinha o costume de usa-los soltos, e foi assim que se apaixonou, por mais que tenha negado isso por anos.
Levemente puxou sua cabeça para fazer olha-lo e beija-lo novamente, lhe deitou na cama ficando por cima...
— Minha Nathalie, não sabes como de desejo desde muito tempo... - beijou-a
— Gabe, eu te amo e vou te amar para sempre! Não esquece tá!
— Nunca!
Nathalie fez de tudo para que aquela noite ficasse para sempre na memória, tanto pra ela como para Gabriel.
...
O relógio marcava 3:00 da manhã, Nathalie saiu dos braços de Gabriel que dormia exausto do dia e do prazer que tiveram, horas antes.
Se vestiu novamente e deixou um bilhete para todos, fechou a porta e entrou no carro que lh aguardava lá fora.
— Vai mesmo fazer isso? – falou o homem de chapéu preto
 — Eu prometi a minha filha que nunca mais ela iria se preocupar com essa máfia, e que a vida dela seguiria como a de uma pessoa normal. Sem precisar se esconder ou ter fingir alguém que não é. E isso só será possível se eu assumir tudo e é isso que eu vou fazer.

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