K A R I N
Eu posso vir milhões de vezes nessa casa que ainda sim a acho incrivelmente linda em todas elas. No inverno então quando a neve está ao chão o lugar vira algo realmente encantador sendo impossível não se impressionar com a beleza ao seu redor e os grandes vidros que as trazem para dentro.
Meu querido apartamento estava numa brisa geladinha nada confortável no momento em que cheguei e mesmo ficando fechado não adiantaria muita coisa por que penaria durante a noite com frio.
Estou agindo impulsivamente mas dando em conta de que literalmente passo a maior parte do meu tempo aqui e que será uma estadia de poucos dias usei a lógica para aceitar e assim não gastar uma fortuna em hospedagem de última hora podendo continuar com meus planos de fim de ano.
Em contrapartida estou com um gigante sorriso enquanto me acomodo no quarto mais do que aconchegante e apesar da grande janela de vidro moderna ele mantém como toda casa aquele mesmo ar que apesar do tempo que moro nesse país ainda não sei explicar, é uma coisa única que assim que entra parece que o ambiente te mostra que está em casa... simplesmente surreal.
Saio do banho quente limpando o vapor no espelho enquanto me seco e solto meus cabelos passando o óleo com fragrância de cereja no corpo. Sou completamente viciada nisso desde nova quando meu corpo começou a aparecer e com eles as estrias, não fizeram milagres mas hoje minha pele não é muito marcada e acho que meu tom de pele mais bronzeada natural ajuda também.
Entretanto não ligo de jogar minha bunda e estrias pra jogo quando estou na praia por exemplo, foi o tempo que importava tanto para opiniões alheias, hoje sei que sou gostosa e gorda, fim. Nada disso anula minha auto-estima e acho que minha atitude anula um pouco a cara das pessoas quando que tem fazer alguma brincadeira de mal gosto, principalmente trabalhando no mundo dos negócios, precisei aprender a me defender e sempre permanecer de cabeça erguida, sempre.
Mais tarde encontro Dominic sentado de frente para a mesa de jantar da cozinha onde sei que ele geralmente faz as refeições com o celular em mãos e uma taça de vinho na sua frente.
Até então nenhuma novidade pra mim.
Apesar de assumir que a calça jeans que quase nunca o vejo usar se ajustam muito bem as suas coxas e a blusa de frio no tom verde escuro combinou com ele. O conjunto da obra é uma tentação em forma de gente que eu por meses ignoro para mater minha sanidade e emprego.
Lembra que seu salário é maravilhoso Karin, maravilhoso!
- Boa noite. - Cumprimento com toda a educação que mamãe me deu para usar.
- Boa noite Karin. - Fala desviando a atenção do celular para me olhar dando um sorriso.
Para de sorrir homem, cazzo, para com isso!
- Senta menina. - Rosália chama minha atenção sorrindo. - Fiz aquele salmão que tanto gosta.
- Não precisava Rosália. - Aviso por que já ficarei na casa dele não preciso tomar o espaço também, se possível tentar nem ver diferenças aqui. - Deixa que eu te ajudo.
- Nem pensar. - Me encara daquele jeito mandona que sempre lembra minha mamma e ela sabe disso. - Senta logo menina.
Quase que a mulher me empurra para sentar e vou rindo achando graça da situação.
- Vinho? - Noto agora que tinha outra taça na mesa e agradeço o vendo me servir.
Isso é novidade porém degusto o líquido gostoso, sempre gostei de vinho por conta do meu pai e aprendi a beber com ele, mas Dominic e a mania da taça de todo dia me trouxe um pouco desse costume.
- Então, qual o problema do seu apartamento? - Questiona e noto que sua atenção está em mim agora.
- Ah, o aquecedor do prédio. - Faço uma leve careta inconsciente. - Em alguns dias deve estar resolvido.
- Em pleno início de inverno, que má sorte.
- Nem me fale.
Rosália deixa os dois pratos em nossa frente e logo se vai na direção de sua casa aqui na propriedade mesmo enquanto degusto de sua comida que como sempre está maravilhosa.
- Sério, aquele homem estava se fazendo de doido. - Ri ainda mais tampando a boca pela vontade de gargalhar.
Sinceramente não sei como ou quando mas a conversa simplesmente fluiu, pela primeira vez pareciamos duas pessoas normais numa conversa em que não estava implícito o teor de ser meu chefe, era como um simples amigo que me disponibilizava sua casa para moradia temporária.
Admito que neste momento isso está me assustando pra caramba por que não faço idéia de como tudo aconteceu.
- Não duvido. - Afirmo recolhendo meu prato e quando fazia o mesmo com dele o mesmo recusou.
- Você é minha visita hoje e ainda sou educado. - Reclamou retirando o objeto das minhas mãos junto ao dele os levando a pia.
A cena diante dos meus olhos é de se estranhar na certa, jamais imaginaria esse homem tendo um momento tão... normal. O ajudei com insistência a secar ao menos até por que eram apenas nossos pratos, talheres e taças.
- Fala o que tanto pensa Karin. - Pediu sorrindo de lado.
- É que nunca imaginei lhe ver numa situação como essa. - Sua sobrancelha alçou divertidamente.
- Sou um cara para se casar senhorita Fisher. - Neguei com a cabeça recostando o quadril sobre o extenso balcão da ilha o vendo me encarar atentamente me prendendo ali dando um passo na minha direção.
Que porra ele está fazendo se aproximando assim? Cazzo... não faz issso homem, é perigoso brincar com fogo.
- Dominic. - Acho que minha intenção de advertência soou mais como um ronronar.
Me recriminei ao ver seu sorriso se expandir o sentindo ficar perigosamente próximo podendo sentir o calor emanando automaticamente entre os corpos.
- Sim? - Rebateu num sussurro encarando meus lábios e inevitavelmente fiz o mesmo sabendo que evitei isso nos últimos meses e ainda sim três taças de vinho já me deram uma coragem a mais.
Num surto conjunto sua boca tomou a minha de modo esfomeado e estávamos nos atracando em sua cozinha. A pegada forte me envolvia, sua língua não acariciava a minha e sim duelava de modo selvagem... continuo... deixando-me presa na sua sedução e em suas mãos que antes estavam presas em minha cintura abaixou pelo quadril até uma delas agarrar minha bunda com força e me acordar do estupor.
Num ato descontrolado sinplesmente empurrei seu peito tomando distância e vendo sua expressão enuviada com os lábios abertos e inchados não duvidando de que eu estaria igual.
Inesperadamente pelo reflexo lhe dei um tapa no rosto em resposta aceitando até a mim mesma que fiquei chocada assim como ele mas fingi que não me afetou ao ver sua mão sobre o lado esquerdo da face apesar de saber que não foi tão forte assim.
- Nunca mais faça isso Dominic. - Esbravejo irritada e o seu sorriso gigantesco inesperado surge em seus lábios o vendo voltar a postura altiva e maliciosa.
Sem esperar sigo o caminho para fora da cozinha a passos pesados e irritados tentando não fazer o looping prosseguir na minha mente.
- Que beijo gostoso em Karin. - Grita me fazendo bufar.
- Dra åt helvet (Vá pro inferno). - Grito alto de volta podendo escutar sua risada.
- Só se você for comigo. - Rebate ao longe fazendo-me ficar mais brava ainda.
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Irresistível - Spin off de Destinada a ser minha
Любовные романы- Por Deus, chegará em um momento que não vou aguentar mais me segurar. Dominic Gagliardi é um homem conhecido dentro do mundo empresarial, herdeiro de múltiplos negócios da Suíça e o que quase ninguem sabe é que também herdou a parte ilegal envolve...