- Por Deus, chegará em um momento que não vou aguentar mais me segurar.
Dominic Gagliardi é um homem conhecido dentro do mundo empresarial, herdeiro de múltiplos negócios da Suíça e o que quase ninguem sabe é que também herdou a parte ilegal envolve...
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D O M I N I C
- Mocinha, mocinha, você é muito pra frente. - Finjo brigar a vendo soltar um sorrisinho, rindo da minha cara desde nova.
Quero nem imaginar ma adolescência.
- Não pode subir, é perigoso... é, papai te ajuda. - A ajudo se apoiar na estante e ficar de pé sem conseguir sair do lugar.
- Avisa o papai que você se apoia em todos os lugares agora pra ficar de pé filha. - Karin graceja e começa a falar manhosa pra Liv que só sabe rir e soltar uns gritinhos.
Olhando assim nem parece que chora.
Anne Liv resolveu ser pra frente e quando ia completar oito meses começou a engatinhar, na semana seguinte quis ficar de pé se levantando na beirada do sofá para pegar impulso.
O que significa que no último mês ela não pode ficar um minuto sem alguém olhando por que já está mais firme mas as vezes cambaleia.
Eu passo mais o fim de tarde com ela mas mantenho contato o dia todo para saber como estão as coisas e acompanhar cada etapa de seu crescimento.
- Laura disse mais cedo que acha que ela logo dará um passinho, então vamos ficar de olho. - Avisa enquanto estamos sentados no tapete a estimulando a andar.
Assim que Anne fez dois meses conversei com Karin pois não poderia ficar mais tanto tempo afastado da empresa e voltaria a uma rotina mais corrida, não queria que ela se sobrecarregasse.
Foram algumas conversas até estabelecermos que contratariamos alguém para ajudar apenas no período da manhã até o horário pós almoço dando a Karin um tempo pra ela mesma. Nos dois primeiros meses ela chegou a chorar se sentindo perdida, e eu entendi que não quer dizer que ela não ame nossa filha, apenas que tudo mudou, é uma nova vida e tudo será diferente pra sempre, principalmente para ela.
Daí que Laura chegou em nossas vidas, ela é esposa de um dos meus seguranças e amiga de Rosália, sendo a mesma que a indicou para a vaga.
Ela trabalhou como enfermeira durante anos, porém teve um acidente de trabalho que deixou sequelhas onde uma de suas mãos não é tão precisa mais, isso foi outro ponto ótimo pois certos cuidados nós procurávamos na internet para ter certeza de como fazer ou perguntavamos as nossas mães, tendo uma enfermeira com mais de quinze anos na área é uma bela ajuda.
A algumas semanas Karin passou a ficar duas horas trabalhando a distância pois não queria ficar totalmente de fora o que é ótimo pois ela sabe fazer milagres com meus compromissos, ninguém melhor que minha esposa para deixar tempo suficiente pra mim em casa, para estar o máximo presente.
- Confere a fralda. - Pede depois que o choro que não é choro começa duas vezes mesmo com a chupeta.
- Carregada. - Faço careta pois afinal é cocô, não teria cheiro de rosas.
- Vamos trocar gatinha, antes que reclame mais. - Karin se levanta a pegando indo em direção ao trocador.
A nossa antiga sala de tv agora é uma sala de bebê e tem tudo que precisa ser usado durante o dia, até por que não faz sentido ficar subindo e descendo escadas nessa casa enorme o dia todo.
Nossos últimos meses foram uma loucura e parece que sempre que eu pisco ela já completou outro mês de vida. Nós tentamos fazer nosso melhor e nem imagino como será quando eu precisar viajar e ela já tiver indo a escola sem poder faltar.
Por enquanto estamos tranquilos e até mesmo viajamos com ela durante minha viagens a trabalho mais longas duas vezes, tendo apenas nove meses Anne Liv já conhece algumas cidades da Suíça sem contar Itália e Alemanha, temos uma bebê viajada.
×××
- Dormiu, vamos jantar? - Anuncia chegando com o tablet em mãos que carrega pra todo canto onde temos acesso a câmera do quarto de Liv e do berço também.
- Já servi pra gente. - Aviso pegando um suco para a mesma.
Desde o início Karin estudou sobre a importância da rotina e sempre acaba falando comigo, então desde sempre temos uma rotina da noite onde eu dou o banho enquanto Karin prepara as coisas para a troca aparecendo sempre na porta do banheiro enquanto conversamos com Liv, depois eu troco e ela amamenta já no escurinho do quarto da nossa pequena e assim ela dorme, de noite é sempre no peito, e mesmo agora que ela janta, ainda sim dorme mamando, somente depois, perto das oito que vamos jantar e ter um tempinho juntos.
- Você está tonta? - Pergunto com receio a vendo se segurar na cadeira com força antes de sentar e fechar os olhos, da última vez...
- A última vez que isso aconteceu... - Fala de olhos arregalados.
- Tem outro bebê aqui? - Pergunto sorrindo mas por dentro não passa é nada.
Não que outro bebê não será bem vindo, mas da primeira vez foi meio planejado, já estávamos falando sobre o assunto e nossa neném tem apenas nove meses, se ela estiver grávida teremos dois bebês em casa quando nascer.
Puta merda, como será ter dois bebês em casa?
Nossa filha nem dorme a noite toda ainda, ela acorda duas vezes todas as noites sempre perto do mesmo horário, geralmente eu acordo no primeiro horário e Karin no segundo, isso nas noites comuns.
Nós dormimos a noite toda apenas uma vez na semana que Laura dorme aqui e dá o leite que Karin tira na mamadeira.
- Meu útero nem deve ter voltado ao normal ainda e já tem outro bebê? - Rio de nervoso e ela me repreende. - Dominic!
- O que foi? - Pergunto sem brincar pra não atiçar a fera no momento errado. - Você está tomando remédio.
- Ele pode muito bem ter falhado, vai saber.
- Vou pedir pra Elias providenciar alguns testes. - Aviso pegando meu celular e pedindo logo quatro por que sabemos por experiência própria que um sempre pode te enganar.
- Espero que seja um menino, pelo menos já temos um nome escolhido, por que decidir nomes com você é uma luta. - Comenta bem-humorada mas vejo em seus olhos o medo e devo estar bem parecido com ela.
- Vai dar tudo certo süsse, talvez seja paranóia nossa. - Lhe abraço puxando-a para meu colo e ficamos entre murmúrios sobre nos amarmos e que está tudo certo independente do futuro.
O que eu não sabia era que nos próximos meses descobririamos ter um menino o que nos deixou imensamente feliz e o medo de antes nem existia mais.
