- Por Deus, chegará em um momento que não vou aguentar mais me segurar.
Dominic Gagliardi é um homem conhecido dentro do mundo empresarial, herdeiro de múltiplos negócios da Suíça e o que quase ninguem sabe é que também herdou a parte ilegal envolve...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
K A R I N
- Como sempre nunca faz o que eu peço. - Reclamo rabunjenta.
- Nunca Karin? - Exclama exasperado. - Eu pedi apenas um minuto que já iria fazer.
- Conheço seu um minuto, tempo suficiente pra eu fazer dez coisas. - Reviro os olhos o ignorando.
- Foda-se. - Resmunga baixo mas ainda consigo ouvir e o vejo olhando as horas pelo relógio en seu pulso. - Tenho uma videoconferência em alguns minutos.
- Miranda te auxilia. - Aviso já saindo de sua sala numa pilha de nervos.
Vou ao banheiro me sentindo tremer toda e respiro fundo molhando os pulsos não demorando dois minutos para me recriminar e repassar toda a conversa agitada na mente, droga, zero necessidade.
Mas o que custava parar um minutinho para fazer o que eu pedi.
O resto da minha manhã passa despercebido e pela tarde começo a sentir uma cólica chata pra caramba só pra ajudar já que Dominic precisou ir as pressas para Zurique resolver algo e nem ao menos nos vimos já que por birra sai para almoçar sem ele mandando ajeitar seu almoço em sua fala deixando claro que queria ficar só.
- Cólica? - Miranda questiona ao me ver com a mão sobre a barriga.
Miranda continua a ser secretária de Dominic, nos últimos anos se especializou em alguns cursos extras o que nos ajuda muito quando Dominic viaja já que quase sempre estou do seu lado e pra vida pessoal dela isso também é ótimo.
O namoro com o Erik que ainda trabalha aqui na empresa deu super certo e a alguns meses se casaram depois de estarem a quase dois anos morando sobre o mesmo teto.
- Estranho, geralmente quando está assim eu também estou e ainda faltam duas semanas. - Comenta com o cenho franzido conferindo o calendário.
Nesse momento meu corpo gela e o que eu estava segurando sai sem ao menos esperar, o choro vem solto que chego a soluçar.
A duas semanas atrás tivemos uma conversa defitiva sofre ter filhos e a intenção era marcar consulta com meu médico na mesma semana, porém sempre que retonarmos das pequenas férias que tiramos em nosso aniversário de casamento tudo fica muito corrido e não tive tempo.
Poucas semanas antes disso nós tivemos un deslize com o remédio e por via das dúvidas fiz um teste dando o resultado negativo.
Entretanto a alguns dias venho sentindo uma cólica leve algumas vezes ao dia, sendo que não deveria estar acontecendo o que me deixou preocupada e venho tomando coragem para fazer outro teste sendo que o medo está sendo maior.
- Meu Deus, está tudo bem. - Miranda me acolhe assustada por nunca ter me visto assim. - Aconteceu alguma coisa? Você está com muita dor assim?
- E-eu... - Gaguejo e respiro fundo ainda chorosa, coisa realmente estranha numa pessoa como eu. - Eu acho que estou perdendo meu bebê.
- Bebê? Você está grávida? - Grita e dou graças pelo andar se tornar quase vazio quando o chefe não está.
- Eu não sei. - Sai como uma lamúria e retorno a chorar.
Demora alguns bons minutos para que eu consiga explicar o que está acontecendo, tomar uma água e uma Miranda mais que apressada sair em disparado pelas portas do elevador voltando com uma sacola de papel em mãos com o que imagino que sejam testes de grávidez já que a mesma mandou eu ficar sentada que iria conseguir isso.
- No caminho consegui marcar uma consulta com seu médico, por ser em sigilo e falar seu sobrenome amanhã das 7 as 9 o consultório estará fechado pra vocês.
- Mas eu ainda nem sei se estou mesmo grávida. - A vejo dar de ombros.
- Se não tiver faça exames e veja se está tudo certo pra ter, simples assim.
×××
Confesso que eu sempre imaginei fazer algo surpreendente quando esse momento chegasse, porém o nervosismo está falando mais alto.
A única coisa que eu consegui depois de chegar em casa foi tomar um banho pra colocar a cabeça no lugar e colocar o teste numa calxinha de alguma coisa que eu comprei e por um acaso estava aqui.
- Menina, aconteceu alguma coisa? - Rosália questiona intrigada ao me ver. - Você não para quieta.
- Aconteceu, aconteceu, mas não posso contar ainda.
- Mas você está bem?
- Sim, sim... eu acho. - Completo baixinho apenas pra mim.
Continuo perambulando pela sala e devo ter passado o olho em cada detalhe daqui enquanto me checava cada vez que via o espelho para conferir se estava tudo certo.
Quando escuto o barulho do carro já começo a ficar ainda mais nervosa vendo Benny levantar as orelhas mas continuar na preguiça sabendo que logo receberá carinho. Quando o vejo então nem se fala, parece que meu corpo todo gela da cabeça aos pés.
- Ei süsse. - Cumprimenta chegando mais perto e me abraçando. - Me desculpa por mais cedo, odeio discutir com você.
Lhe aperto forte recebendo seu carinho e tentando me acalmar, na altura do campeonato nem ao menos consigo me lembrar do por que discutimos.
- Tudo bem. - Me distancio lhe dando um selinho. - Tenho uma coisa pra você.
- Vai me dar um presente depois de uma briga? - Questiona confuso mas vejo um sorrisinho de quem já tem a piada pronta.
- Só abre. - Aviso antes de qualquer coisa o vendo abrir a caixinha e logo olhar pra mim com um sorriso largo e olhos arregalados.
- Sério? - Sua pergunta nem ao menso fez sentido pois a fez já me abraçando apertado e me derramei em lágrimas novamente.
Não sei se ficarei chorona durante a gestação, mas no momento todo o choque e medo tem me feito chorar muito.
- Mas você fez aquele teste. - Relembra depois que já estamos sentados no sofá entrelaçados e Benny está nos seus pés depois de exigir carinho na barriga.
- Provavelmente foi um falso negativo. - Pontuo minha desconfiança.
- Como foi que descobriu? - A partir do momento que detalho meus receios e tudo que ocorreu nas últimas horas ele já se preocupa. - Mas você continua com cólica? E agora? O que a gente faz? Podemos ir ao médico agora mesmo.
- Calma Dominic, não estou sentindo nada, preciso apenas me manter o mais tranquila possível e amanhã de manhã temos consulta.
- Calma Karin? - Questiona exasperado e me da até vontade de rir. - Calma é a única coisa que eu não terei nos próximos anos.