- Por Deus, chegará em um momento que não vou aguentar mais me segurar.
Dominic Gagliardi é um homem conhecido dentro do mundo empresarial, herdeiro de múltiplos negócios da Suíça e o que quase ninguem sabe é que também herdou a parte ilegal envolve...
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K A R I N
- Achei que ia desmaiar hoje. - Comento quando estamos para chegar em casa.
- Você esquece que ta grávida, eu já avisei que vou colocar despertador pra você sempre lembrar de comer alguma coisa. - Dominic fala exasperado e reviro os olhos.
Isso tudo por que durante o primeiro trimestre eu cheguei a desmaiar três vezes e se não comer fico fraca rápido. Sem contar que se eu não descobrisse da gravidez nem uma semana depois eu iria descobrir pois começou os vômitos e por isso agora fico praticamente mais na sala do Dominic do que com a Miranda, lá eu posso passar mal e ninguém precisa ficar olhando.
As cólicas do início segundo meu médico eram normais, precisava me preocupar apenas se piorasse o que não ocorreu e passei duas semanas tomando um medicamento que ajudou também.
- Você pode comer besteira hoje? - Questiona por que como eu dou a louca de comer besteira do nada, eu tento seguir uma alimentação mais tranquila durante os outros dias.
- Na verdade eu estou a algumas horas pensando em tomar coca-cola... com muito limão. - Comento por que agora tenho certeza que é um desejo.
- Por que não me disse antes.
- Disse agora. - Dou de ombros o vendo revirar os olhos.
- Vem cá que eu já vou providenciar pra você. - Me chama já em nosso quarto e como sempre me deito esperando ele vir acariciar minha barriga e conversar um pouquinho, coisa que ele faz sempre que chegamos em casa.
×××
- Me ajuda, preciso ir no banheiro. - Dominic quase que me levanta acompanhando-me ao banheiro.
- Que cheirosa süsse. - Comenta dando um cheiro no meu pescoço me fazendo rir.
Tem alguns dias que ele está trabalhando totalmente de casa enquanto eu estou sem ir a empresa a mais de um mês, o final da gestação pegou e os quilos que eu não engordei super durante os outros meses vieram agora no oitavo e nonô mês, o que significa que está tudo mais difícil.
Inclusive o sexo, que na altura do início das 39 semanas está sendo quase inexistente por que rola apenas em uma posição e eu me canso muito rápido.
- Que cheiro gostoso. - Anuncio minha chegada na cozinha.
- O menino Dominic pediu pra fazer Ravióli de gorgonzola e aquela berinjela no forno, receita da sua mãe. - Rosália anuncia e já me delicio.
Meus pais já vieram algumas vezes a Suíça durante os últimos anos e Dominic como belo puxa saco que é decorou um quarto de hóspede praticamente apenas pra eles, tem até a roupa de cama que mama gosta e casacos de frio pra quando eles vem no pico do inverno.
- Sua consulta é hoje?
- Amanhã, vamos ver se a data continua a mesma.
- Vai dar tudo certo, tenho certeza.
×××
- Ele pediu pra deitar de lado por trinta minutos, contar o tempo e mandar pra ele ver se são constrações mesmo. - Dominic avisa me ajudando a deitar e fica sentado ali contando e anotando enquanto as dores vem.
Por enquanto elas não estão fortes, parecem cólicas, mas como meu tampão saiu ontem é melhor ficarmos de olhos.
- Ok, mandou irmos que ele vai nos encontrar. - Eu pensnado que ele estaria super calmo o homem da a doida e levanta pegando tudo que tínhamos separado pelo caminho e eu fico jogada na cama perdida esperando a boa vontade.
- Lembrou de mim. - Gracejo o vendo me ajudar a levantar. - Pega um dos vestidos que eu tenho usado.
Tenho uma parte separada apenas de roupas usadas durante a gravidez e ele já sabe quais que eu gosto.
×××
A idéia de parto normal foi por água a baixo por que se passaram dezenove horas, já tomei injeção para aliviar as dores e ainda não passei de cinco centímetros.
- A bolsa já estourou e sua dilatação não está progredindo. Eu aconselho irmos para a cesária.
- Tudo bem, o melhor pra elas. - Dominic decide por que nosso combinado era tentar o normal mas qualquer circunstância a mais não teria problema em ir para a cirurgia.
Apesar do medo, da angústia, da ansiedade, meus sentimentos estão conflituosos com a mistura boa e elétrica dentro de mim com a vontade louca de já ter minha filha nos braços.
- Ela ta chegando. - Dominic fala nervoso enquanto os médicos realizam a cirurgia e ele se mantém ao meu lado.
No momento que Anne Liv veio pra nossos braços não consegui controlar o choro, chegava a tremer emocionada tentando entender tudo que vivemos para chegar até ali.
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D O M I N I C
Abro o carrinho encaixando o bebê conforto no mesmo, devagar para não acordar Anne Liv que está dormindo.
- Vem, com cuidado. - Ajudo Karin a sair do carro e vamos caminhando a passos curtos tendo minha mãe vindo empurrando o carrinho e sei que Elias irá descarregar as malas do carro antes de ir buscar meus sogros em Zurique.
Eles tiveram que adiantar a passagem em alguns dias já que nossa Liv veio antes da data prevista, mas minha mãe tem nos ajudado e ficou conosco no hospital, como Karin precisou fazer a cirurgia precisava de mãos a mais e experientes para nos auxiliar.
Meus pais - principalmente minha mãe - se tornou nuito mais presente nos últimos anos, de pouco a pouco, e com a gravidez então minha mãe sempre dava uma desculpa de passar na empresa ou aqui em casa para ver como Karin estava o que tornou a relação delas muito melhor e minha mãe muito mais aberta também.
A surpresa foi meu pai vir em um desses dias com pelo menos dez animais de pelúcia personalizados especialmente para Anne Liv depois que decidimos o tema do quarto dela.
- Ah, vocês chegaram. - Rosália vem toda empolgada nos ajudar e Benny nem se fala, o cachorro está pulando em nossas pernas sem entender o que está acontecendo.
Não tarda ao chorinho ser escutado e essa é a parte difícil pelo que eu vi desse início, Liv mama o tempo todo o que deixa Karin esgotada.
Ajeito minhas meninas na sala de tv no térreo que arrumamos com tudo que elas podem precisar durante o dia, na verdade Karin coordenou tudo e eu apenas mandei colocarem.
- Aqui. - Estendo a garrafa de água para Karin me ajeitando do lado delas enquanto Rosália faz o almoço e minha mãe subiu para preparar o banho da nossa menina. - Precisa de alguma coisa.
- Apenas de vocês. - Ela está emotiva e acho que nossa ficha ainda não caiu que Anne finalmente está conosco.
