CAPÍTULO 14:

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Capítulo 14:

TO START THE PARTY

♟Im Hyeon♟

Logo meu irmão estaria de volta e isso era o motivo das minhas lágrimas. Não sei ao certo se eram de felicidade ou medo. As coisas estão ficando fora de controle e eu não gostaria de ter que machuca-lo, assim como Hwan.

Após a minha volta, tudo estava de acordo com o meu plano, não que agora eu não tenha controle da situação, mas aonmesmo tempo, tudo está fora de controle. Tudo por causa dos meus sobrinhos e meu irmão. Era para ser totalmente diferente, porém, é como diz o ditado: uma hora a máscara cai.

Pena que esse ditado não se aplica a mim...

O jantar havia acabado e eu estava levando Haneul até a minha antiga casa. Ele queria saber quem é Lia e eu não iria esconder isso dele.

"Afinal, era tão errado mentir, não é mesmo?" Pensei.

Cínico.

- Hyeon, tem certeza que o pai não vai brigar com a gente?

- ele não precisa saber, Haneul!

- mais...

- você sabe como ele é, o Minjoon vai querer bater em mim se descobrir que eu te levei lá...

Não que eu estivesse o manipulando, minhas palavras eram mais que verdadeiras, Minjoon já havia batido em mim duas vezes e quem bate duas vezes pode muito bem bater três.

Ninguém sabia disso, nem mesmo meus pais. Eu não o culpava por isso, eu havia merecido. Eu já tinha apanhado do meu pai algumas vezes e até mesmo tinha levado um soco de Duri e  um empurrão na infância.

Era como Iseul dizia, eu sempre fui o pano de chão e saco de pancadas de todo mundo. Porém, vingança não era o meu objetivo e nunca seria.

Eu acho.

Chegamos até a mansão e adentramos a mesma. Por algum motivo, estava cheio de seguranças lá fora. Vai saber o que se passa na cabeça do meu irmão...

Levei Haneul até a porta (que ficava no primeiro andar mesmo) atrás de uma pequena estante, com alguns objetos da minha mãe. Afastei ela sem muita dificuldade e a abri com a chave encontrada em uma das gavetas da pequena estante.

Estava escuro, por mais que a antiga, a sala tinha interruptor e uma lâmpada no centro do telhado.

Começamos a mexer em alguns coisas até acharmos uma caixa cheia de fotos antigas, nela também continha fotos de Lia e de seu marido, Jaemin.

Fomos embora após pegarmos a caixa. Depois de alguns minutos chegamos em casa e encontramos Minjoon de braços cruzados, claramente irritado. E os outros também estavam no recinto, com expressões indecifráveis.

- posso saber o porquê de você levar o meu filho para aquela casa? - rosnou ele, enfurecido.

Suspirei.

- aquela casa também é minha, eu tenho todo o direito de ir lá quando eu quiser! - falei, convicto.

- você não se pergunta o porquê de ter seguranças lá?

- até a casa tem seguranças, mas quem realmente precisa não tem, né?

Minjoon começou a andar até mim, pronto para me bater (eu acho) porém, Ara o impediu. Os outros continuaram parados, com expressões indecifráveis em seus rostos.

O clima ficou mais tenso ainda, o nervosismo tomou meu corpo por completo e quando percebi, eu caí no chão. Minha visão ficou turva, eu fiquei tonto e as lágrimas logo começaram a rolar dos meus olhos. O suor escorreu pela minha testa, logo veio a falta de ar que não me permitia respirar.

Todos correram até mim, preocupados. Minjoon continuou parado, sem saber o que fazer. Minha pele sempre fora pálida, mas agora meu corpo estava branco com papel ofício. Minhas mãos tremiam e meu coração batia mais que o normal e então, eu desmaiei.

[•••]

Acordei em uma sala de hospital, desorientado e com dor de cabeça. Olhei em volta mas não havera ninguém na sala. Tentei mover meu braço esquerdo, porém, havia uma agulha nas minhas veias, o que indicava que eu estava tomando soro.

Uma enfermeira apareceu acompanhada de - literalmente - todos os meus sobrinhos e Ara.

Eu não sabia que podia entrar tanta gente...

- você se sente melhor? Eu vou tirar o soro, está bem?! - a mulher se aproximou.

- eu tive um ataque de pânico, né...?

- foi...- confirmou Youngnam.

- você está liberado, pode ir pra casa! - informou a moça, quando terminou de tirar aquilo di meu braço.

Sai do hospital calado, sem trocar uma única palavra com ninguém. Meus sobrinhos tentaram falar comigo, mas eu ignorava eles totalmente.

Isso não estava nos meus planos, eu nem imaginava que teria um ataque de pânico naquela hora, depois de tantos anos.

Fazia tempo que eu não sabia qual a sensação de ter um ataque de pânico.

A primeira vez que eu tive um ataque de pânico foi na escola, aos dezoito anos. Eu acordava assustado, tremendo e com falta de ar durante a noite.

Na escola, eu estava triste e angustiado, um professor passava pelo corredor e vendo a palidez anormal no meu rosto, ele perguntou se eu estava bem e então, começou. O professor me levou a enfermaria e depois de atendido, a médica concluiu que eu estava com ansiedade e isso causava os ataques de pânico.

Praticamente implorei para o professor não contar a ninguém, principalmente para a minha família. Depois de muita insistência, ele aceitou guarda esse segredo.

Até os vinte anos, eu vivi com esse problema mental, sem deixar que ninguém (jamais) soubesse. Em todos os momentos, eu fingia estar totalmente bem. Atualmente, eu estou bem ou mais ou menos.

Hello galerinha, a história está quase chegando as 200 visualizações e eu estou muito feliz, obrigada por lerem até agora!!!


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