- não fique magoado...você sabe que depois de tudo que você já me disse, isso não é praticamente nada. Nas não é como se você quisesse ser meu melhor amigo, não é? Afinal, você sempre me odiou e o fato de eu estar aqui, comprova tudo. Eu te perdoo, mas nunca vou esquecer tudo. - falou mais uma vez. - você com certeza teria me matado enforcado naquela hora...você deveria procurar ajuda psiquiátrica ou se internar em um hospício logo!
- fale isso mais uma vez e eu mesmo enforco você! - falou meu pai, irritado.
- eu não tenho culpa se seu filho é transtornado!
Em vez de ficar ali escutando aquelas duras palavras, eu preferi sair da sala. Eu sei que merecia, porém, eu não aguentava ouvir de Hyeon tudo aquilo. Não importa o quanto ele me perdoasse, ele jamais esqueceria as dores que lhe causei.
Reconhecer os próprios erros realmente não é fácil. Olhar pro "eu" do passado é mais doloroso ainda, por mais que no presente eu não tenha mudado, no passado, eu era ainda pior com ele.
No meio da dor e confusão, uma pergunta rodeava minha mente: por que quando estávamos sozinhos ele disse uma coisa e quando os outros chegaram ele disse outra?
Um mês depois...
Hyeon estava melhor, ele havia recebido alta a três semanas atrás. Meu pai já tinha um novo suspeito, o irmão mais velho do pai de Hansol e Iseul. Ele desconfiava do homem pós o mesmo odiava abertamente os meus avós.
Neste momento, todos estavam discutindo na sala, até mesmo Hansol e seu irmão gêmeo estavam no meio. Youngnam estava estranho e Hyeon estava com um sorriso cínico no rosto olhando a discussão.
- não é melhor pararmos com isso? - Haneul sussurrou para Hyeon.
- não, deixa eles, agora que tá ficando interessante! - disse ele, um tanto alto.
Irritado, meu pai pegou Hyeon pela gola da camisa, com raiva pelo comentário sarcástico.
- calma, vocês que estão discutindo por merda e você se irrita só comigo? Que injustiça com a minha pessoa!
- você voltou do hospital a pouco tempo e já está querendo voltar, não é?!
- calma, Minjoon. Vamos fazer assim, deixa eu investigar isso pra você e eu prometo que você não vai mais ter dor de cabeça com isso, tá bom?! - Hyeon ofereceu-se.
- você?! Logo você?
- pai, eu ajudo ele! - falei.
- façam o que quiserem! - disse por fim, e então, saiu junto da minha madrasta.
Por breves instantes, todos ficaram calados, até Iseul perguntar algo a Hyeon:
- precisa da minha ajuda?
- sempre, porém...vai ser do meu jeito, entendeu, Duri?
- sim... - assenti.
- eu também te ajudo! - disse Jaein.
Eu não estava nem um pouco a fim de conversar, então, sai de casa, peguei minha moto e fui percorrer a cidade. As palavras de um mês atrás ainda dominavam minha cabeça e tudo que eu queria era voltar no tempo e fazer tudo diferente.
Quando percebi, uma moto estava me seguindo. Não dava para reconhecer a pessoa, pós o mesmo estava dr capacete e estava em alto velocidade assim como eu.
A ponte yanghwa - onde eu estava - não estara movimentada, então parei a moto do lado direito da ponte. O homem também parou a alguns sentimentros de mim.
- quem é você? - questionei.
- não se preocupe, sou eu! - era Hyeon.
- o que faz aqui? Por que me seguiu?
- eu não te segui,estúpido. O mundo não gira em torno de você! - ele desceu da moto e se encostou no parapeito da ponte.
Eu fiz o mesmo, me encostei perto dele e passei a observar a paisagem iluminada da cidade.
Olhei para Hyeon, triste por ser tratado assim por ele. Hyeon também me olhou, diferente de mim, ele me olhou com indiferença.
- você me perdoou, mas nunca vamos voltar a ser melhores amigos, não é?
- exatamente...Quando éramos crianças, eu odiava todos os filhos do Minjoon, meno você. Vocêera meu porto seguro, naquela época, você gostava de mim...Depois que adotaram o Haneul, você...- eu o interrompi.
- adotado? O Haneul? Como assim?
- ihhh, você não sabia, não é?
Quando minha madrasta, Ara, estava grávida de seu último filho, eu e Youngnam estavamos nos Estados Unidos com nossa mãe. Eu não estava entendendo nada.
- Eu te conto se você prometer que não vai contar isso pra ninguém, promete?
- prometo!
- enquanto você e Youngnam estavam nos Estados Unidos, a Ara foi pro hospital ter o bebê, porém, o bebê nasceu morto, na mesma época, um dos meus irmãos norreu junto da esposa e o filho deles tinha duas semanas de nascido. Ninguém, além dos meus país e meus irmãos conheciam os dois, então o Minjoon e a Ara adotaram o Haneul e não comentaram sobre isso desde então! - contou.
- eu não acredito nisso...meu Deus...
- não chore bem fique triste ou com raiva do Minjoon. Eles perderam um filho e o Haneul perdeu is pais...
- eles não tinham o direito de esconder isso de nós, principalmente do Haneul! - protestou.
- vamos voltar. Escuta, se contar isso pra alguém, eu não voi arcar com as consequências sozinho, entendeu?!
- está bem...mas quanto ao sonho do Haneul, ele me disse que o menino no sonho já sabia andar e tinha no mínimo 5 anos!
- o menino no sonho era parecido com o Haneul, mas não era o Haneul...a minha teoria é que ele viu uma foto dos pais dele comigo e sonhou com a gente e acha que era ele...
- faz sentido...
- olha...
Hyeon pegou seu celular e me mostrou uma foto de um homem e uma mulher com ele nos braços, sorrindo.
- essa foto tá em um dos porta retratos lá em casa...quer saber, é melhor esquecer essa história e irmos para casa!
E assim, voltamos para casa.
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CHECKMATE || LIVRO 1
AçãoIm Haneul é o décimo filho de um dos maiores mafiosos da Coreia. Sua vida está longe de ser normal para um adolescente de dezoito anos. Haneul vive em meio a vários conflitos familiares e tudo piora depois do assassinato de seus avós paternos. Tudo...