CAPÍTULO 15:

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- o que eu faço? - murmúrei. - estão chegando perto demais...

- você tem duas opções: assusta-los mais um pouco ou se revelar! - disse Iseul.

Iseul era irmão gêmeo de Hansol e um dos meus melhores amigos.

- não posso simplesmente me revelar, não ainda...- suspirei, cansado. - se assusta-los, você quer dizer matar alguém, então está fora de cogitação!

- então continue a brincar de detetives com eles! - ironizou.

Pensei um pouco no que fazer, ninguém poderia saber que fui eu que havia matado e roubado meus pais, não ainda...

- acho que está na hora de você entrar em cena... - falei.

Eu e Iseul estavamos no meu apartamento, ninguém sabia da existência deste, além dele.

- o que pretende?

- encobrir meus rastros, culpando outra pessoa... - ele ficou surpreso, mas não falou nada. - você vai saber na hora certa, pense nisso como um jogo de cartas, você será meu coringa no meio do jogo!

- quem exatamente você tem em mente? - questionou, curioso.

- você vai saber em breve, não se preocupe! - respondi.

Levado sofá e fui até a enorme janela, que proporcionava uma linda visão de Seul.

- logo vou ter que voltar a ser o sonso e pano de chão deles... - falei, tristonho.

- por que você se submete á isso?

- porque eu amo minha família, eu os amo muito...

- não parece que é recíproco...

- não importa, isso não muda o que eu sinto!

- se você quer continuar sendo o saco de pancadas deles, tudo bem...

- o que disse? - me aproximei vagarosamente dele, enquanto o mesmo ficou inexpressivo e estático, como se estivesse congelado. - repete o que acabou de falar!

- desculpe... - disse ele...

Suspirei.

- tudo bem...vamos, me dê uma carona até em casa!

- está bem!

Iseul me levou até perto de casa para que ninguém o visse. Passei pelo portão e então adentrei a residência. Como quase sempre, toda a família estava reunida na sala. Minjoon e Duri pareciam irritados com a minha chegada.

- onde estava? - indagou Minjoon. - devia estar descansando!

- sério?! Acontece que você não manda em mim e eu descanso se for do neu desejo descansar! - retruquei.

- repete, eu acho que não escutei! - disse, tentando conter a raiva.

- é isso mesmo, você não manda em mim e ponto. Eu faço o que eu quiser da minha vida. Você é meu irmão e não me dono, até por quê eu não sou um cachorro! - falei.

- enquanto você morar debaixo do meu teto, você deve satisfações a mim! - ditou, irritado.

- então eu vou embora, assim não vou precisar dever nada a você!

- a porta da rua é serventia da casa!

- querido - Ara o repreendeu. -, não fale isso, o Hyeon é seu irmão mais novo e é seu dever cuidar dele!

- ele nunca cuidou de mim, Ara...nunca se importou, nenhum de vocês, na verdade. Eu cansei dessa família, estou farto...

Em meio as palavras, lágrimas formaram-se nos meus olhos. Não era fingimento, a dir ficava cada vez mais insuportável. Não dava pra aguentar mais...

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