O seu canto

Cap. 13

Quando Alec finalmente chegou no salão de baile e as portas foram abertas para ele, ele poderia jurar que estava em algum tipo de livro de romance histórico.
Em Volterra também tinha bailes, mas nada comparado aquilo.
Uma parede inteira era de vidro, podendo ver o mar do outro lado, e la, sereias dançavam, de costas para essa parede, havia três tronos, dois deles sendo ocupado pela a rainha e o rei.
Ao lado, uma sereia cantava uma música suave, enquanto alguns tritões tocavam algum instrumento que Alec nunca tinha visto.
Os amigos de Dylan ja estavam la, dançando de um lado para o outro, inclusive Seth que dançava com uma sereia e Leah com um tritão.
Alec estava ainda ocupado olhando a decoração quando notou alguém chegando ao seu lado, e todo o seu ser tremeu quando finalmente o olhou.
Dylan sempre usava cores claras, mas naquele momento, usava cores fortes, tirando pela camisa branca. A calca num tom marrom avermelhado e um colete no mesmo tom, combinava com  algo que parecia uma capa, que era só um pouco mais claro, usava uma bota num tom escuro também, que combinava com a calça.
Os botões da camisa não estava todas abotoadas, mostrando um pouco do peitoral de Dylan, deixando Alec meio incomodado com o fato que outros poderiam ver.

- Eu estava lhe esperando Doce. - Dylan diz, fazendo uma leve reverência e estende uma mão para Alec, que o pega.

Dylan levou Alec para o meio do salão, onde todos estavam, e rodou com ele, sentindo a música.

- Você está incrível amor. - Dylan diz num sorriso.

Alec quase riu, não era possível que Dylan falasse aquilo, ja que Dylan era o que realmente estava incrível ali.
A música parou um instante, e a sereia que cantava chamou a atenção de todos.
Quando todos olharam, a rainha se levantou, o rei seguindo seus passos.

- Obrigada pelo trabalho de todos, - Marine diz sorrindo. - Aproveitem tudo, o baile é para todos.

Logan pega na mão de Marine, a levando para dançar também, e a sereia volta a cantar.

- Tenho algo para você. - Dylan diz para Alec.

Alec olha confuso para Dylan, e Dylan o guia para fora do meio do salão, onde todos dançavam, e de dentro do seu bolso, tirou uma caixa de veludo e o abriu, revelando uma pulseira, toda em prata, com uns pingentes simbolizando o mar, como uma concha e tartaruga, e um pequeno lobo também, todos com detalhes parecendo diamantes.
Dylan pegou a pulseira com cuidado e colocou no pulso de Alec, que estava maravilhado.

- Isso é.. - Alec começa a dizer. - Perfeito. - Alec olha os detalhes e depois olha para Dylan. - Parece que custou um pouco mais do que deveria.

- Eu sou o príncipe, - Dylan diz sorrindo. - Se você quiser o mundo, eu comprarei.

Alec estava maravilhado demais com a pulseira, pois ela lembrava Dylan em todos os aspectos, e Alec so conseguiu sorrir.

- Obrigado. - Alec diz.

- Lhe darei mais coisas, - Dylan diz sorrindo. - Vou lhe encher de presentes.

- Dylan, não precisa, - Alec diz o olhando. - Essa história de me cortejar, você me corteja desde o momento em que me viu.

Dylan olha confuso para Alec, e Alec continuava sorrindo.

- Você pensou em cada detalhe nessa pulseira.. - Alec começa.

- Eu o fiz na verdade, - Dylan diz, pela primeira vez, ficando meio vermelho, coçando a nuca. - Eu queria que você tivesse algo feito por mim.

Alec não aguentou mais aquilo, Dylan fez algo para ele, e nada no mundo, poderia ter sido um presente melhor, e a maneira como Dylan ficou com Alec, so o fez querer mais Dylan.

- Eu te amo. - Alec diz, tão involuntário que parecia natural falar aquilo para Dylan.

Dylan parou e olhou Alec, seu coração dispara e ele sente como se recebesse mil choques pelo corpo.
Dylan ergue Alec, o abraçando forte e roda com ele nos braços, depois o coloca com cuidado no chão e o beija, carinhosamente, parando o beijo com vários selinhos.

- Essa noite, era para mim lhe encher de presentes Doce, - Dylan diz sorrindo, feliz demais. - Mas você me deu o melhor presente no mundo. - Dylan diz e dá mais um selinho em Alec, que sorria. - Eu te amo desde o momento que o vi Alec.

Tudo ao redor dos dois estava tão lindo, que foi um grande susto quando Jasper foi ao chão, amparando Alice, que parecia estar sufocada.
Dylan correu em sua velocidade até os amigos, percebendo que Alice tinha o olhar longe.

- Aro tomou uma decisão, - Alice diz sem entender. - Ele ta indo ver alguém, mas não consigo ver quem.

Dylan olhou para os pais, ele sabia, os reis também.

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Alice previu certo, naquele momento, Aro entrou em uma caverna, e andou até encontrar uma rocha enorme e pesada, e usando sua força, moveu a pedra para o lado e andou para mais fundo da caverna, conforme andava, ele sabia que estava sendo observado, que qualquer passo em falso, ele seria morto na mesma hora.

Então, parou diante daquele dois seres que o olharam sorrindo, como se ele fosse um pedaço de comida.

- Vim ver a rainha Valquiria. - Aro diz calmo, não querendo irrita-las.

Uma dela o olhou, ela ja tinha o visto ali, e apontou para dentro.

- Me siga. - Ela diz num tom mortal, que poderia ter feito Aro tremer, se fosse um humano.

Ela o levou para mais fundo e parou em frente uma porta de madeira, quando abriu, Aro sentiu como se tivesse perdido toda a força das pernas naquele momento.

A mulher era bela, muito bela, tão linda que poderiam fazer uma escultura e glorifica-la, os olhos amarelos, lindos, os cabelos loiros e longos. A cintura, a humanidade nela ia até ali um pouco mais para baixo, o restante do seu corpo, para Aro, era algo grotesco e nojento.
Mas não foi isso que o fez perder as forças quando viu la dentro, foi o fato que ela estava enrolada no que era para ter sido um homem, mas agora, o corpo dele estava escurecendo, como se toda sua vitalidade estivesse sendo tirada dele.

Quando a mulher terminou, o homem em que ela estava agarrada, virou cinzas e ela finalmente olhou para Aro.

- O que devo a honra de sua visita ? - Ela perguntou, sua voz fez Aro fitar o chão, dando medo de encara-la.

- Senhora, eu preciso de um grande favor. - Aro diz, ainda sem encarar.

- E por que eu o ajudaria ? - Ela pergunta.

- Um tal Dylan, está envolvido.

Aro não precisou dizer mais nada, um silêncio se seguiu e quando ele finalmente olhou para ela de volta, ela sorria maliciosamente.

- Ora, me conte tudo. - Ela diz num tom assustador.