É uma das manhãs mais calmas na vila em que moro, pois, devido ao excesso de tempo, sempre fico na varanda tomando uma xícara de café, e tendo um bom livro em mãos, ou as vezes, simplesmente largo tudo e pego o computador, passando horas ali. Mas hoje, minha mente teve o azar de lembrar-me:
Droga! Estou ficando sem meus remédios - falava ele mirando a caixa em suas mãos, num instinto de sobrevivência.
Mas, porque a caixa parece vazia agora? Quantos deles eu já tomei hoje? Eu não posso estar tão velho assim a ponto de estar com amnésia! - pensava ele preocupado, e se dirigiu ao carro num piscar de olhos como se sua vida dependesse disso.
Depois que minha filha morreu, Charlie Emily, a vida acabou ficando cada vez mais sem cor, a casa acabou ficando menos barulhenta (sem citar à chegada dos aftons) entende? Eu penso nela como meu ''raio de sol'', meu amor à minha filha é tanto que até nos dias atuais procuro pelo seu assassino, as vezes realmente me cobro muito e fico até tarde pensando nisso, por isso, fui num Médico e ele me deu uma receita e desde então esses remédios são a única coisa que me restaram para tentar lidar com essa tristeza profunda. Não posso deixar de mencionar que também fui largado às pressas pelo meu antigo sócio, oque também virou um alvo de suspeitas, mas como nunca mais ninguém ouvisse sequer falar dele, deixei esse assunto para lá.
EI! EI! - grita alguém no meio da pista, mas eu estava ocupado demais com meus pensamentos para prestar atenção nisso. quando o vi, levei um susto e pisei com tudo no pedal de freio.
QUEM É VOCÊ? - Grito eu abrindo a janela do carro me fazendo pensar oque levaria o sujeito a ficar em tal situação.
ME DEIXE ENTRAR, PORFAVOR! - fala o homem batendo no vidro do carro.
ESPERA! Eu mal sei quem você é! - olhei para o rosto do homem que agora chorava de desespero oque fez com que sentisse pena e abrisse a porta do carro.
Você está muito ferido, precisamos ir ao hospital, oque aconteceu? - falei com receio, vendo o homem se espremer junto a porta do carro.
EU NÃO POSSO IR AO HOSPITAL! - gritava o homem enquanto tossia sangue
Tá bom então, você pode estar ainda com trauma doque passou e não estar raciocinando direito, como não é grave eu posso te deixar em casa alguns dias, ok? Eu vou passar na farmácia e comprar alguns gases e antissépticos - falei acelerando o carro.
Após isso, não houve nenhuma palavra sequer vinda de nenhum de nós, oque podia-se ouvir eram suas profundas respirações de dor e desespero...
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Willry - Reconstruíndo nossas memórias
FanfictionApós perder seus 2 filhos no assassinato que ocorreu na Pizzaria Freddy Fazbear, o gerente Henry Emily leva um vida problemática à procura de um propósito, tendo que se contentar com remédios. Até que encontra um homem machucado com um passado um ta...