Empatia

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Mudança de narrador - Dave

Estava silêncioso no escritório de Henry, muito silêncioso... Me encontro ao lado da cadeira de Henry e agora estava com tédio, de fora da janela podia-se ver os passarinhos rodando e piando. Neste meio tempo eu apenas tinha minha cabeça apoiada na mesa da cadeira com os olhos fechados, apenas curtindo o barulho do folhear de páginas dos documentos, cujo Henry lia ao meu lado. Estava tão chato que comecei a contar oque ele fazia a cada segundo, percebi que a cada 10 linhas que ele lia, levantava o óculos de leitura, coçava os olhos e dava um suspiro de leve. Ele parecia agoniado, a maioria dos documentos em cima da mesa eram processos dados pelas famílias das vítimas, era muito mais do que ele podia aguentar como ser humano, já que não era culpa sua. Suas mãos tremiam, eu ousei segura-las por um momento tentando conforta-lo, até que o ruivo olhou para mim, esboçando um sorriso de canto do rosto, e tinha os olhos úmidos quando retribuiu o aperto de mão.

Esses devem ser os documentos dos processos, não é? - falo com curiosidade.

É sim, é um droga. Espero que o responsável por isso apareça logo - fala Henry com raiva no tom de voz, oque me fez ter alguns calafrios na espinha.

Hmmm, entendo - respondo Henry amargamente e me levanto em direção a janela, colocando as mãos nos bolsos da calça. Essa atitude faz Henry ficar um pouco confuso e ir em direção à mim.

Oque houve? - pergunta ele colocando uma das suas mãos em meu ombro me fazendo ter pequenos flashbacks da época em que eu não era procurado pelas autoridades. Henry colocava sua mão em meu ombro, me parabenizando pelo trabalho e em seguida sempre realizavamos uma semana de ressaca.

Ah, Henry... Você é uma pessoa tão amável, quem teria a coragem de fazer tal coisa com a sua vida? Eu sinto tanto... - Falo, olhando para baixo e esboçando um sorriso de lado.

Deixe-me lhe conduzir, esqueça o que lhe incomoda por alguns minutos - falo, pegando suas mãos, entrelaçando-as e colocando-as contra a parede. Comecei a lhe direcionar alguns selinhos, primeiro na testa, depois perto do nariz, bochechas, mandíbula, boca e pescoço... Tudo isso entrando em sincronia com os gemidos do ruivo.

Ele parecia estar gostando bastante, já que eu estava acariciando-o por todo o corpo, seus gemidos eram irresistíveis e tão agradáveis... Bem, logo nosso momento foi acabado devido a um barulho que vinha do lado de fora do escritório, uma batida feita por algo de aço. Eu e Henry arregalamos os olhos para a porta do escritório e eu sugeri para abri-la.

Quando eu a abri percebi que estava tudo escuro, as luzes haviam se desligado automaticamente e eu puxei a mão de Henry para vasculharmos a Freddy's. Apenas podia-se ver as luzes de emergência ligadas, ou seja, as vermelhas cujas estavam pregadas ao teto.

Droga! Eu acabei de me lembrar... Elizabeth e Evan ainda estão por aí - falava Henry esboçando uma cara de preocupação.

Calma, vamos acha-los... - Falo, também preocupado e com um mau pressentimento.

Adentramos no servidor e cada vez formos mais fundo e mais fundo... Até que a única coisa que podia ser vista era a luz do elevador do subsolo. Ele estava de portas abertas nos convidando para entrar, portanto, não o recusamos e formos direto para o subsolo.

Há alguma coisa aqui... Um braço? - perguntou Henry, tocando no membro metálico que se encontrava ao chão do elevador, era o braço de Golden Freddy.

Que? Oque isso está fazendo aqui? Este robô está me causando bastante dor de cabeça esses dias... Suas partes vivem caindo constantemente - Falou Henry, largando o braço de volta ao chão. Neste momento, os arrepios subiam agora na minha espinha como se varios olhares estivessem me observando ao mesmo tempo. Até mesmo as paredes pareciam sussurrar para mim, era certo que agora eu podia ouvir vozes, se não, estava começando a ficar louco!

A porta do elevador se abriu, peguei novamente a mão de Henry e andamos pelos corredores do subsolo. O ar começou a ficar denso a medida que formos avançando para além dos corredores, até que avistamos uma porta...

Era uma porta entreaberta, decidimos nos aproximar dela, o cheiro de sangue ficava mais evidente ao nos aproximarmos, até que a abrimos.

EVAN! - gritou Henry correndo em direção ao menor que agora estava inconsciente. E eu o segui, olhando para o menino. Não pude acreditar, meu corpo estava em choque. Pude agora sentir o significado de empatia, mas, como alguém pôde? Esta criança era tão pequena mas tão cheia de vida, devido ao instinto eu apenas pude agarrar seu pequeno rosto e observa-lo bem de perto. Observava sua face gentil, ele possuía um rosto um tanto infantil, e após olha-lo por muito tempo comecei a chorar ao lado da maca onde o pequeno se encontrava, com Henry ao meu lado observando toda a situação.

Que surpresa! - falou uma voz de um robô, rindo, e me olhando fixamente. O robô que agora estava grudado no teto estava sendo um tanto intrometido, mas, ele simplesmente riu desta situação e em seguida exibiu um grande sorriso em seu rosto...

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Caro leitor...

Feliz ano novo! ❤️‍🩹🥂

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Foto de ótima qualidade que eu tirei com a minha bomba

Passando aqui para avisar que devido às viagens de início de ano essa e as demais histórias que eu estou a desenvolver vão entrar em hiatus, previsto para acabar a partir do dia 15 de janeiro ;)

Willry - Reconstruíndo nossas memóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora