Empatia Pt.2

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Eu vi o robô descer do teto de uma maneira aterrorizante, oque fez-me levantar da maca e dar alguns passos para trás enquanto Henry também ousava se afastar lentamente, adentrando as caixas ao lado dos monitores.

Afton... Quanto TEMPO! - falava o robô, rindo de prazer.

Você fez isso? - falo com raiva nos olhos.

Você... Se importando? - Quando terminou a frase, ele ousou apontar seu dedo indicador para mim, a ponta era um objeto cortante comparado à uma faca de dois gumes, e era minúscula, o robô foi se aproximando aos poucos, cambaleando como um zumbi.

Eu imadiatamente corri ao redor do quarto numa tentativa de sobrevivência com um olhar de medo, e tropeçando em algumas caixas perto dos monitores.

Q-que? - falou Henry com os olhos arregalados, olhando fixamente para mim. Sua voz era quase como um sussurro, porém eu não pude responder-lo pois estava mais concentrado aonde o robô ia me atacar com aquela ponta afiada em seu dedo.

Então corri para fora da sala, passei pelo corredor batendo nas paredes e me escondi nos fundos do subsolo, acho que era em uma parte que falava "Part's and Services". Depois de longos minutos para tentar me acalmar me dirigi ao interruptor e liguei a luz. Neste momento várias coisas me atraíram a atenção, desde as manchas de sangue nas paredes, bonecos de pelúcia dos animatronicos descosturados, até alguns papéis rasgados cujos eu comecei a vasculhar imediatamente, em alguns deles estava escritos: "it's me", "behind you" ou até mesmo "I found you".

De repente a porta corta-fogo do Part's and Services abriu, revelando a figura de um ser humanóide de alta estatura com uma pele roxa e sangue escorrendo pelas sua barriga enfaixada, ele parou para me olhar um pouco e ficava me olhando dos pés a cabeça com seus olhos brancos e robóticos. Um pensamento veio a minha mente... Seria Michael? Até que o ser cambaleou até desmaiar na minha frente e ficou ali mesmo no chão enquanto eu esboçava uma cara de desespero.

Mudança de narrador - Michael
Quando finalmente pude retomar minha consciência eu agora me via sentado numa cadeira, amarrado por cordas de aço nos braços e pernas. Tive raiva disso, pois, nunca havia me visto nesta situação, me sentindo encurralado desse jeito, tenho certeza que isso foi obra do robô.

Logo quando eu estava começando a confiar nele - falava sussurrando e fazendo um esforço para me soltar.

Você é ainda mais bonito quando está com raiva, sabia? - falou Ennard entrando na sala e me olhando de forma intensa, direcionando alguns dos seus tentáculos robóticos para enrolar meu corpo ainda mais. Isso me fez ficar com um pouco de dificuldade para respirar...

Talvez eu poderia me divertir um pouco com você, oque acha?

Imediatamente juntei as sobrancelhas, indicando estar com raiva da pergunta, mas logo desmanchei minha expressão quando Ennard direcionou dois de seus tentáculos na minha boca, cujo não haviam fios soltos, forçando minha língua a girar entre eles. Isso realmente abaixou minha guarda, por mais que meu tentasse pedir para parar entre gemidos, meu corpo estava reagindo de outra forma para aquele ato, o que dava mais coragem para Ennard continuar fazendo-o. Eu me rendi totalmente para aquela ação, fazendo meu corpo ficar um pouco fraco até que Ennard envolveu mais ainda seus tentáculos pelo meu corpo, foi passando eles pelo meu rosto, e foi me acariciando até a altura do abdômen, depois disso retirou-os para emitir uma risada. Ele estava rindo do seu ato sujo, um ato que acabou deixando meu corpo excitado, quente, e com um rosto corado e erótico. Depois de alguns minutos eu consegui me recompor para então demonstrar outro olhar de raiva para o robô.

Isso foi divertido... - falou Ennard olhando para os tentáculos que havia colocado na minha boca outrora.

Agora, que tal irmos para outro tipo de diversão? - falou Ennard saindo da sala.

Agora que eu estava conseguindo raciocinar direito, pude ver uma grande garra de escavação na minha frente e um painel de controle bem atrás dela protegida pelo vidro que se estendia ao longo da parede da sala metálica, e logo Ennard apareceu no vidro com uma das mãos em cima de uma alavanca vermelha do painel.

Não se preocupe, isso não vai demorar mais do que um segundo. É bem rápido, pois não é minha intenção faze-lo sofrer, na verdade é muito menos minha intenção mata-lo, então, talvez... Nós nos encontraremos em outro tempo. - Sua voz agora era doce e reconfortante, quase como um abraço, e sem hesitar ele puxou a alavanca, dando liderança à grande garra cuja puxou minha carne para fora num milésimo de segundo, eu mal pude reagir quando aquela coisa me atingiu de vez e puxou violentamente minha carne, retirando tudo que era vital para fora. Depois logo abaixei a cabeça, sem vida.

Ennard saiu da sala de vidro vindo na minha direção e começou a me desamarrar delicadamente, me tratando com cuidado como se fosse um bebê. E por fim, olhou profundamente nos meus olhos antes de impulsionar a seringa da sua mão e injetar um líquido amarelado, um líquido desconhecido no meu braço e logo depois pôde se acomodar dentro do meu corpo, fazendo-o rir e olhar para os meus braços.

Seguiu em direção para fora da sala metálica, andando para além das outras salas e corredores, até chegar a uma sala cuja luz estava acesa, ousou abrir a porta de corta-fogo cuja revelou um homem velho e magro, era Dave, o robô agora estava sorrindo, mas logo foi surpreso por seu corpo robótico decidir dar alguns choques em si mesmo e voltou a perder a força e controle do corpo até finalmente cair no chão. Ele novamente se questionou o por que teve de ser tão rápido em me matar e nem sequer ter deixado eu concerta-lo da forma adequada.

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Olá leitores :)

Oque acharam do cap?

Eu finalmente voltei depois de um recesso de 13 dias, sentiram saudades? 💞 💞💞

Willry - Reconstruíndo nossas memóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora