Finalmente, estávamos nos portões do palácio, os guardas pareciam confusos em ver eu e meu irmão voltando, provavelmente, porque não tinham percebido nossa saída.
O guarda que fez nossa escolta explicou aos outros sobre o prisioneiro, e os soldados rapidamente tiraram o caçador de recompensas do cavalo, prenderam suas mãos e pés com algemas e levaram para uma das celas no subsolo do castelo.
Um empregado foi enviado para avisar meu pai sobre o acontecimento. Enquanto isso, Will e eu entramos no palácio e seguimos para nossos quartos. Ao entrar encontrei Julie, uma das criadas que havia preparado uma banheira quente para mim. Após um banho, me encontro com meu pai na mesma sala de reuniões onde foi proposto o acordo de casamento, e conto a ele toda a história. Por sorte ele ficou tão preocupado com a sentença que daria ao criminoso que mal se importou com o fato de Will e eu termos fugido.
- Acredito que uma sentença de morte seja plausível nesse caso, mas deveríamos interrogá-lo primeiro. Se estão atrás da princesa é porque deve haver uma recompensa, apenas um tolo atacaria um membro da família real por nada - afirmou meu pai, que parecia estar falando mais ele mesmo do que comigo, então apenas concordei com a cabeça.
Enquanto saía da sala, me lembrei do livro misterioso, que encontrei na biblioteca e quase consegui ler. Decidi voltar à biblioteca que mais uma vez está vazia, subi as escadas correndo e cheguei à estante de livros proibidos, onde fiquei parada tentando me lembrar do nome do livro, já que nem tinha prestado muita atenção na capa.
Após alguns torturantes minutos procurando no fundo da memória, o nome me veio à mente, era Os Guardiões das Estações, com isso percorro a estante lendo título por título até que encontrei ele.
Quase coloquei a mão no livro, mas subitamente me lembrei do que aconteceu da última vez que o toquei, então, puxei uma parte do meu vestido para pegá-lo e saí da biblioteca. Durante todo o caminho para meu quarto, a mesma voz feminina me chamava, dizendo “Abra o livro, Hillary”, talvez fosse algo da minha cabeça, um delírio ou talvez o livro realmente fosse mágico.
Ao chegar no quarto, fecho a porta e jogo o livro em cima da cama, próximo a cabeceira, e me sento no lado oposto encarando-o por um tempo enquanto dezenas de perguntas surgiam em minha cabeça. Se a voz não fosse um delírio e sim magia, então como saberia meu nome? Como me pediria para abrí-lo? Porque havia brilhado quando o toquei na primeira vez? O que era aquela onda de magia que senti?
Após um suspiro, decido pegar o livro, mais uma vez suas letras brilham em um azul, mas não sinto a mágica percorrendo meu corpo. Olho mais atentamente para sua capa, era vermelha e possuía um sistema de fechadura, não era necessário uma chave, e sim apenas virar uma pequena peça. Foi quando percebi que o livro se parecia mais com um diário do que com um livro.
Minha ideia se confirmou quando abri o livro e algumas folhas que estavam soltas caíram na cama, sendo mais específica, eram cartas, todas com um selo decorado vermelho. E quando li a primeira delas, fiquei curiosa para saber quem a escreveu.
Fiquei parada segurando a carta por um tempo, tentando decifrar o que significava. Uma pessoa, com sonhos místicos que provavelmente significava sua morte, ligada com a magia. Porque algo assim estaria nesse livro?
Então com uma batida na porta, Julie entra, vestindo o típico vestido preto com um avental branco, e me avisa sobre o almoço, que começará em alguns minutos.
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🌺 ☀️ 🍁 ❄Oieee
Desculpa pela demora desse capítulo, ele ficou curtinho, para compensar teremos 2 capítulos essa semana!
Espero que gostem!
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A coroa perdida de Brayland
FantastikBrayland, uma antiga terra dividida em quatro reinos, cada representa uma estação do ano. Hillary, a princesa da primavera, se vê presa em um casamento arranjado com um rapaz da realeza do inverno, por conta de uma aliança para uma guerra. Antes de...