O Pacto de Erick Jones

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- Você deveria me agradecer por te aturar, ninguém sai com você Erick, uma pessoa sem graça e estranha não atrai amigos, pelo menos, não os que prestam.

- Mas em nenhum momento me lembro de ter pedido sua opinião!

- Você está tão distante do mundo real que alguém precisa te dar um toque, mas meu medo é te dar um toque e você cair de cima desse precipício.

- E olha! Estou na ponta dos meus dedos olhando para o precipício, e advinha? estou rindo disso.

- Você é louco Erick, não aguento mais! Ou você muda ou simplesmente terminamos.

- Não entendo o porquê de tanto drama; eu só roubei duas blusas, ninguém viu.

- Esse roubo nada mais é do que a influência dos seus "pseudo amigos".

- Você realmente tem a mania de transferir a culpa para todas as pessoas, mas já parou para pensar, nem que fosse por um milésimo de segundo que você é um pé no saco, Anna? E que ao me questionar você só me irrita?

- Não nasci para te agradar, senhor sabichão.

- Obrigado pelo elogio.

- Eu realmente não te aguento, desisto!

- Terminamos então?

- Sim. – E então a bela Anna, que tinha seus 1,60 de pura compreensão, desistiu, do nada pomposo e compreensivo, Erick Jones. Um garoto que se importava mais com seu gato Edgar do que com as pessoas que o cercava.

- Nem gostava tanto de você assim, Anna. Vou comprar as rações especiais para O Ed. – Falou murmurando e olhando para a garota que estava se distanciando dele, aos poucos a imagem da garota se tornava menor e menor, até que desaparecesse da esquina da sua casa.

Ele olha para o céu meio descontente com o resultado de seu pequeno furto, segundo pensamento de Erick, eram apenas duas blusas, nada que fosse falir uma loja, mas era assim mesmo, Anna era boa demais para Erick e ele sabia disso, o conflito interno de nosso jovem estava muito associado ao tempo que ela perdeu com ele do que de fato o término.

- Não faço ideia de como ela me aguentou, deve ser uma santa. – Falava isso subindo as escadas para seu apartamento, o elevador quebrou mais uma vez, era decorrente o elevador quebrar, mas ninguém se zangava com seu Zezé, o proprietário dos apartamentos, ele era um homem humilde e que passava por uma fase complicada, seus filhos diziam que ele não era apto e que sua razão tinha dado adeus ao pobre homem, que em suas condições atuais, gritava aos cantos e nos meios também: "filhos ordinários, vou deixar meus bens para os meus cachorros".

Erick gostava de Zezé, era um avô que ele nunca teve a oportunidade de conhecer.

Ao chegar no apartamento todo bagunçado, ele olha o relógio e vê que a hora se vai, porém lembra do motivo de ter subido quando olha para Edgar miando embaixo da mesa da cozinha, e que mesa bagunçada, hein senhor Jones. O rapaz tomava água e deixava o copo em qualquer lugar, era o estereótipo gritante de jovem moderno com preguiça de guardar as meias.

Pegou seu gato preto no colo, fez um carinho e suspirou aliviado. Olha para o relógio novamente, pega o dinheiro e coloca no bolso. Procura pelas chaves, meus vagalumes do apocalipse, onde forma parar essas chaves? Se lembra que deixou na jaqueta de couro com a estampa de dragão que ele usou para o show da "Choque do Capeta". Era um nome ridículo e ele ria ao dizer que pagou 20 reais para ouvir o choque do capeta.

E assim o jovem que não era o favorito de ninguém foi a loja de raçoes especiais para pets. Guardou a sua minivan na frente da loja e entrou:

- Fala, caixa da água, o que quer hoje? – O jovem Phillipe lhe dá a boa tarde habitual.

The GrootsOnde histórias criam vida. Descubra agora