Os olhos se abrem e uma cena um tanto quanto peculiar. Dois rapazes abraçados cochilando próximos a sua cama, uma cama branca e uma dor na fronte; uma perversa confusão. Emma não lembrava do que havia acontecido, nem um misero detalhe; apenas que ela devia a vida aqueles rapazes estranhos; parecia com os jovens que tinha visto na casa de ração; mas eles não sabiam onde ela vivia, então de certo não eram. Sentiu uma pontada aguda, como se houvesse um ser vivo dentro das têmporas e precisava de uma faca para tirar aquilo. "A faca". Ela estava se lembrando de algumas coisas e um "meu Deus" veio em seguida. Ela realmente devia algo àqueles jovens.
- Vejo que a senhorita acordou, como que você está? – uma enfermeira gentilmente se aproximou.
- Estou um pouco tonta, mas estou bem. – falou com um tom de voz mais baixo do que esperava. – Quem são esses dois? – perguntou apontando para a dupla que estava cochilando.
- Eles te salvaram. – olhou para a dupla que estava se mexendo caconicamente.
- Que dupla engraçada.
- Pensei o mesmo, eles chegaram com você no colo, gritando que precisavam de ajuda. Andavam de um lado para outro, eles realmente foram ágeis no socorro.
- Eles realmente parecem ser esse tipo de pessoa. Quando eles acordarem vou agradecer.
- Mas antes de mais nada a senhorita precisa descansar, o jovem de verde disse que a senhorita precisava ser cuidada como uma princesa, se não agíssemos assim ele iria nos amaldiçoar.
- Devem ser fãs de quadrinhos.
- Sim, eles devem ser.
Pouco tempo depois; os rapazes acordaram olhando para a sala branca e para Emma deitada olhando para o teto.
- Será que ela esta bem? Eu disse que se eles não cuidassem bem dela, eu os rogaria uma praga.
- Você é o bichão mesmo hein, Erick!
- Não sou o bichão, mas sou amigo dele.
- Nessa você me venceu. – os sussurros dos garotos foram o suficiente para mover o rosto de Emma para o encontro deles.
- Obrigado, meninos. – Ela os olhou com um sorriso breve e os olhos molhados.
- Fique tranquila que iremos cuidar de você!
- Eu e o Matt somos muito bons em cuidar das pessoas. – eles se entre olharam com um sorriso de alivio ao ver que a jovem estava bem.
- Fomos até sua casa lhe entregar os seus remédios que caíram na loja.
- Vocês me salvaram, o que posso fazer por vocês?
- Viva, é mais bonita de olhos abertos. – foi nesse exato momento que Matt deu um tapa com a parte externa da mão sobre as costas de Erick e disse próximo ao seu ouvido.
- Pare de falar bobagens, onde alguém diz uma coisa dessas?
- Tudo bem, tudo bem. É o que farei, vocês são uma dupla e tanto.
- Somos um trio na verdade, nosso outro amigo está... onde Levi está? – Matt se atreveu a buscar em sua mente algo e finalizou o pensamento com a ideia "não é tão importante assim".
E no outro lado do bairro, lá estava Levi e Phillipe que ainda conversavam, obviamente que um estava mais empolgado que o outro.
- Você consegue fazer mais mágicas do que eu imaginava, Levi Jones. Por que seu irmão não é tão legal?
- Eis uma pergunta que me faço todos os dias.
- Olhe a hora! Já está na hora de eu fechar a loja, que sorte que hoje não entrou quase ninguém. – Olhou para a foto da mãe embaixo do computador e refez a afirmação. – Que pena que não entrou ninguém aqui.
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The Groots
ParanormalErick Jones decidiu tomar uma decisão que irá mudar a sua vida para sempre, com o sonho de montar a maior banda de rock de todos os tempos ele entrega seus serviços para Leviatã, afinal, nenhum dos dois achava a sua alma lá grande coisa. E assim so...