Velho demais para o Rock, novo demais para a morte

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White man came across the sea
He brought us pain and misery
He killed our tribes, he killed our creed
He took our game for his own need

We fought him hard, we fought him well
Out on the plains, we gave him hell
But many came, too much for Cree
Oh, will we ever be set free?

Run to The Hills – Iron Maiden

E ao som empolgado de Fuja para as colinas, Iron Maiden, o carro atravessava a pista, correndo para conhecer quem poderia ser o mais novo integrante. Algo dentro de Erick Jones dizia que eles encontrariam uma peça muito importante nessa jornada, passaram-se alguns minutos e depois horas e as músicas foram mudando, a playlist variava entre as colinas e o abismo. O caos das bateras lembrava a nosso jovem a empolgação que poderia sentir dentro de um show, ser famoso a ponto de escolher quais shows, a mente de Erick começou a passear fazendo o pobre perder a noção de tempo e espaço e quase atropelar uma das senhoras que atravessava a pista. DISPLICENTEMENTE!

- Macacos me mordam, quase matei uma velha! – Olhou para trás com um certo temor em reclamar da atitude da senhora que atravessou sem olhar para os dois lado. – a via não é de mão única não, minha senhora. – disse quase que por um sussurro.

- Eu acredito que ela não ouviu. – olhou para trás seguindo os olhares que anteciparam a sua ação. – Realmente ela não te escutou.

- E lá vamos nós, aperte o cinto que estou pronto para essa aventura.

- Mas já passamos uns 20 quilômetros. Não entendi a sua empolgação só agora, Erick.

- Quase matamos uma velhinha, somos muito rock.

- Mas você não a matou.

- Digamos que hoje não era o dia dela, velha demais para o rock, nova demais para morrer.

E o caminho foi regado à boa música, dos anos 70, 80 e 90. O amor de Levi pelas décadas dessas músicas era escrito em sua testa, isso se ele poderia amar algo, "o amor é para os brancos de aréola" dizia, digamos que tenha bastante apreço pelo conteúdo que estava disponível. Humanos não prestavam, mas de vez em quando surgia algo de peculiar e o fazia criar a suas "exceções".

Quando estavam próximo ao local, puderam perceber que o local era calmo demais, e que a grande quantidade de idosos na ruas denunciava que ali estava um lugar pacato, sem a agitação que esperavam, era o lugar onde vivia o baterista maldito, ele deveria ser muito "doido", porém não era o que eles puderam ver.

- Que lugar mais sem graça, ele cheira a incenso e a mofo. – Jones teve que concordar com a colocação de seu novo parceiro, e completo com um "me sinto em um asilo a céu aberto".

Os olhos estavam atentos ao GPS, que no começo não havia caído muito nas graças do demônio; relutou, mas confessou que não era muito com tecnologia.

- Achei, deve ser aquela casa verde! – disse Jones. Empolgado, esperava um quadro ambulante e com um "arsenal" de piercings.

Mas o que o esperava atrás daquela porta era bem incerto; ambos se dirigiram até a porta e tocaram a campainha.

- tururururu! – era um toque bem doce e agudo, muito alto, de maneira que ambos compensaram pelo susto com uma careta. As coisas já não estavam agindo como o planejado; Levi olhava ao redor e via que os vizinhos o observavam dos pés à cabeça, o que era ao mesmo que intimidador, um motivo de orgulho de Erick Jones e seu emblema de ser notado; bem ou mal, seja o foco das pessoas.

- Será que não tem ninguém em casa? – questionou despontado, olhando para o demônio que o acompanhou. – Talvez ele esteja ensaiando, talvez esteja firmando contrato com alguém ou até mesmo algo insano.

The GrootsOnde histórias criam vida. Descubra agora