Grip... Oops!

81 11 2
                                    

A noite de terça-feira, oito dias após a virada do ano, chegou junto com espirros, irritação nos olhos e no nariz. Regina estava em casa, deitada no sofá, destacando o milésimo lenço de papel, para que pudesse limpar a coriza que não parava de sair de suas narinas.

Uma mão segurava o celular na altura do ouvido, enquanto a cabeça balançava de um lado para o outro.

— Não precisa, amor. É sério! — disse a morena, suspirando. — Eu estou bem, já disse.

— Com essa voz? Não dá para acreditar... — disse Emma, do outro lado da linha, fazendo Mills rir. — Tome mais cuidado da próxima vez, Srta. Mills.

— Está me chamando a atenção? — a morena questionou.

— Sim, eu estou! — exclamou Swan. — Eu pedi tanto para sair daquela chuva... Estávamos com o corpo quente da cama e, mesmo assim, você ficou pulando feito uma cabrita.

— Como é, Emma? — Regina se endireitou no sofá, ficando sentada, com as costas no encosto. — Será que você poderia repetir o que disse? Porque eu não consigo acreditar que estou sendo julgada dessa maneira.

— Cupcake, isso não é julgamento. É preocupação! — explica-se, rindo. — Mas, enfim... Chego em 5 minutos.

— Amor, voc...

— Já estou descendo! Beijo! — disse Emma, antes de desligar.

— Ela é louca, Lenny... Completamente, louca. — a morena pega o bichano nos braços e coloca sua cabecinha em seu ombro. Ao sentir o cheiro do animal, Regina começa a espirrar, sendo obrigada a deixá-lo no chão, como antes estava. — Desculpa, meu amorzinho. — lamenta, fazendo carinho, com os pés, na barriga do gatinho.

Após alguns minutos, a campainha toca. Regina se levanta, sorridente, e vai abrir a porta para sua namorada.

— Oi... — diz Emma, antes de analisar Mills dos pés a cabeça. — Você está péssima! — exclama, fazendo a morena revirar os olhos, enquanto dava passagem para que a mais nova pudesse adentrar. — Eu trouxe uns chás, e mamãe mandou uns biscoitinhos de nata.

— Hum... Jura? — questiona Regina, trancando a porta. A morena logo vai para a cozinha atrás de Swan. — Não precisava sair de casa tão tarde, meu bem.

— Jamais te deixaria sozinha assim, doentinha... — disse Emma, olhando-a por cima dos ombros, ao passo que colocava certa quantidade de água para ferver. — Você tomou algum remédio?

— Só o da alergia... — Regina se senta à mesa e fica observando sua namorada, tão atenciosa e preocupada. — Faça um pouco mais de chá, aí você toma comigo.

— Eu bebo um pouco do seu... — a loira pisca um dos olhos, enquanto abre a embalagem de chás e retirava um, colocando-o dentro de uma caneca. — Você dormiu bem, de ontem para hoje?

— Sim... Fui dormir bem, mas acordei assim e fiquei o dia todo espirrando. — diz Mills, dando de ombros. — Preciso ir ao alergista.

— Amor, isso não é só alergia. Você está gripando, por conta da chuva que tomou domingo. — a mais nova diz, e Regina acaba concordando. — Eu amei te ver tão livre, leve e solta, literalmente, mas é perigoso tomar chuva quando se está com o corpo quente.

— Vai me deixar de castigo?

— Para de debochar! Eu estou falando sério... — Swan vai até a professora e se senta em seu colo, de lado, antes de depositar um beijo em sua testa. — Mamãe queria que eu trouxesse uma mistura de água com alho, com não sei o quê. Mas, eu sei o quanto aquilo é ruim e quis te poupar.

Pintando o AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora