Sexta-feira- Eu acredito que tenha sido pelo fato do atraso... - Will diz, e Emma o olha, sorri e nega com a cabeça.
- Claro que não. O Advogado da oposição pediu "Juiz Prazo", porque o nosso cliente incluiu uma degravação ao Processo. - Emma explica, enquanto andam pelos corredores da Faculdade. - Essa Audiência foi para o ano que vem, em Fevereiro.
- Iiiih, isso vai render... - diz Will, coçando a nuca. - Enfim, teremos nosso devido descanso. - o rapaz levanta as mãos para cima, como se estivesse agradecendo.
- Enfim? Em casa o meu estudo é dobrado, amigo. - a loira dá um soco no ombro do rapaz. - Porém, confesso que sairia para uma balada, hoje. Preciso beijar na boca...
- Vamos, ué!
- O que tem de bom na cidade? - os dois param perto da moto da loira. - Ultimamente, não tem tido nada de interessante.
- Ah, claro que tem. Todo fim de semana sem, loirão! Hoje vou com Bex a The K. Aquela boate que tem luz negra, neon e tudo mais... - diz Will. - Vamos com um casal de amigos, mas sempre surge mais alguém. Se quiser nos acompanhar...
- The K? É aquela perto da saída do metrô?
- Isso! Aquela boate é incrível... E é LGBT ... - ele tomba a cabeça e faz um gesto com as mãos. - Bex está vindo. Me mande uma mensagem ou apareça por lá, por volta de 09:00pm, Swan. Hoje é sexta-feira!
- Aff, ridículo! - a loira revira os olhos e prepara-se para subir na moto. Cumprimenta Bex com um movimento de cabeça e sobe. Ajeita os cabelos para trás e coloca o capacete.
Pelas ruas de Seattle, as cabeleiras esvoaçantes de Emma, chamavam a atenção de qualquer um que a via passar. Entre uma parada e outra, por conta do sinal, a garota recebia assovios e chamamentos de "linda!" e "oh, lá em casa...". Swan achava engraçado, por vezes, até ria.Agora, parada no último sinal antes de chegar em casa, a loira ajeitou o retrovisor e tornou a dar partida em sua moto.
Estacionou em frente sua casa, desceu, pegou os pertences e entrou em casa.
- Mãe? - chamou, passando pela sala. - Pai?
- Estamos aqui em cima, querida! - a voz de Norma ecoou pela casa. Emma sorriu e, depois de deixar a bolsa sobre o sofá e retirar os sapatos, subiu as escadas. - Ei, Dra. Swan!
- Ah, mãe... Estou longe de ser doutora, ainda. - disse, aproximando-se da cama dos pais. - Está tudo bem por aqui? - a menina questiona, ao ver os pais deitados sobre a cama; coisa que, geralmente, não acontecia durante o fim de tarde.
- Sua mãe sentiu uma queimação no peito, mas já passou... - Josh explicou, fazendo a filha arregalar os olhos. - Bom, vou deixar você aqui com ela e preparar nosso café.
- Querido, você já fez o café... - avisou Norma, segurando-o pela mão. - Fique aqui comigo, vamos conversar com Emma.
- Emma?
- Sim, querido. Emma está aqui, acabou de chegar da Faculdade. - disse Norma, fazendo um carinho nas costas do marido.
- Ah, sim... Oi, minha filhinha! - ele exclamou contente, levantando-se para abraçar Swan. Emma olhou, por cima dos ombros do pai, sua mãe negando com a cabeça. - Eu vou fazer um café para você. Não saia daqui! - disse Josh, antes de sair do quarto.
- Hoje está pior, filha. Ele levantou muito bem, mas depois do almoço... - lamentou a mãe de Emma. - Está ficando muito complicado, eu não sei se dou conta.
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Pintando o Amor
RomansaAos 40 anos, após encerrar sua breve carreira como Professora de Literatura, Regina Mills monta um ateliê no porão de sua casa e, em um gesto solidário, passa a dar aulas gratuitamente. Aos 25 anos, em seu último ano da Faculdade de Direto, Emma Sw...