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POV JULIETTE FREIRE

Eu não conseguia me afastar, mesmo sabendo que o que estava acontecendo era errado.

A sua língua invade a minha boca e suas mãos apertando minha cintura com força, me fazendo sentir excitada com tão pouco. Essa mulher tem um poder imenso sobre mim.

Meu Deus!

O gosto de bebida ainda estava presente em sua boca, me fazendo recordar que ela ainda estava bêbada e que amanhã não se lembraria do que acontecera aqui.

A empurro.

— Não...– tento controlar minha respiração ofegante.

— Juliette....– tenta dizer.

— Boa noite!– digo, saindo dali o mais rápido possível.

Tranco a porta do meu quarto e me jogo na cama.

Essa mulher vai me enlouquecer!

Sinto ainda o calor de suas mãos em meu corpo e o ritmo que nossas respirações se encontravam.

Fecho os olhos com força, cobrindo o rosto com minhas mãos.

Isso só podia ser um pesadelo! Um delicioso pesadelo!

POV SARAH ANDRADE

Acordo e a dor de cabeça me atinge em cheio.

Não estava doendo como eu esperava, graças à Juliette.

Sim, eu me lembrava da noite anterior!

Bebi muito, mas não o suficiente para esquecer o que acontecera na noite passada. E isso inclui o beijo que dera em uma certa morena de olhos castanhos.

Não sei onde eu estava com a cabeça, quando fiz aquilo e o pior de tudo: eu havia gostado!

Ouço batidas leves na porta e murmuro um entre, com o meu aparente mau humor.

— Bom dia, senhora!– era ela.

Eu conheceria aquela voz doce em qualquer lugar.

— Bom dia!

— Trouxe um suco de laranja e aspirinas. Aposto que está com uma dor de cabeça insuportável.– ela sorri timidamente.

— É, estou!– sorrio fraco.

Que merda está fazendo, Sarah?

— Aqui!– ela deixa a bandeja sobre a minha cama com cuidado.

Ela sorri e se afasta, indo em direção a porta. Sorrio.

— Obrigado!– digo e franzo o cenho, surpreendo a mim mesmo.

Recebo então o melhor sorriso que já havia visto.

Ela fecha porta e eu encaro a mesma por alguns segundos.

Balanço a cabeça negativamente e dou atenção ao meu café da manhã.

Pego meu celular e disco o número de Arthur.

— Alô?

— Arthur preciso que vá no meu lugar para a delegacia.– sou direita.

— Bom dia pra você também, margarida.– diz rindo e eu reviro os olhos.— Ressaca?

— Sim!– bufo, massageando minhas têmporas.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Pode.

— Quem é Juliette?– arregalo os olhos.

Uma delegada em minha vida- SARIETTEOnde histórias criam vida. Descubra agora