POV JULIETTE FREIRE
A quem eu estou querendo enganar?
Eu me apaixonei... Eu me apaixonei por Sarah Andrade!
Eu não tinha certeza do que sentia, até a noite anterior. O modo como ela foi cuidadosa, me deixou ainda mais... Encantada.
Abro meus olhos devagar, tentando me adaptar a luz que vinha da janela. Abro um sorriso ao me lembrar da noite passada.
Viro-me para o outro lado da cama, mas não a encontro ali.
Levanto e passo meus olhos pelo quarto, mas não havia nenhum sinal dela.
Visto minhas roupas que estavam jogadas pelo quarto, me fazendo ter a certeza que tudo fora real. Depois de ter vestido as roupas, entro no banheiro e faço minha higiene matinal. Depois arrumo meu cabelo num coque mal feito e saio do quarto, descendo as escadas.
Paro ao vê-la virada para a grande janela.
— Sarah?– a chamo.
Ela não se vira, apenas abaixa a cabeça e solta um grande suspiro.
— Não devia ter acontecido...– franzo o cenho.
Ela estava arrependida?
— O quê?– murmuro.
— Deveríamos ter parado! Aquilo... Aquilo não podia acontecer.– ela finalmente se vira e me olha nos olhos.
— Sarah...
— Pode ir pra casa! Pode tirar o dia livre.– ela se vira novamente para a janela.
Meus olhos ardem. Eu não estava acreditando naquilo. Eu havia me entregado à ela. Eu...
Fecho os olhos com força.
Ela parecia gostar de mim. Sorrio de lado, tentando controlar as lágrimas. Na verdade, a culpa era minha. Devia ter a afastado, mas não... Eu dormi com ela. Mas nada pior do que ter entregado o meu coração a ela.
Subo as escadas e entro no meu quarto. Visto qualquer roupa minha que havia ali e saio dali o mais rápido possível.
Onde fui me meter?
Saio de sua casa e ando apressadamente para longe da mesma. Para longe dela.
Lágrimas correm por meu rosto e eu não as impeço.
(...)
— Eu vou matar aquela filha da puta!– Pocah grita.— Eu não acredito nisso!
Eu havia contado tudo à Pocah quando cheguei em casa. Eu precisava desabafar. Eu tinha me apaixonado por Sarah e não sabia o que fazer.
Estava mais perdida que agulha em um palheiro.— Você não pode chorar por ela!– segura minha mão.
— Eu sei!– sorrio de canto.— Eu só...– deixo uma lágrima escapar e a seco rapidamente.— Ela só queria me levar pra cama, não é?– a encaro.
— Não pense assim, Juliette!– ela suspira.— Bom, vamos parar de pensar nela um pouco.
— Tentar...– murmuro.
— Por favor, Juliette! Olha, você está de folga hoje, podemos fazer alguma coisa.– ela dá de ombros.
— Não sei se quero voltar para aquele emprego.– olho para o nada.
— Não pode deixar que ela faça isso! Ela não pode ver que te deixou assim.– dou de ombros.
— Vamos assistir um filme? E que tal uma pipoca? E chocolate quente?– assinto.
— Pode ser!
— Ótimo!– ela beija minha testa e vai para a cozinha.
(...)
— Qualquer coisa é só me ligar!– Pocah diz pegando sua bolsa.
— Pode deixar!– sorrio.
Ela suspira.
— Promete pra mim que não vai deixar essa delegada babaca de merda te fazer sofrer?
— Eu...
— Juliette...
— Tudo bem!– a abraço.— Eu prometo!
— Bom mesmo! Pelo menos assim ela não perde uma perna.– rio.
— Até mais! Amo você!
— Eu sei!– ela me lança uma piscadela.— E eu também te amo. Até!– manda um beijo no ar e vai embora.
Fecho a porta e suspiro. Já eram oito da noite.
Pocah tinha ficado aqui o dia todo tentando me animar. Creio que se não fosse por ela, tinha chorado o dia inteiro.
Mas sinceramente? Eu não conseguia parar de pensar nela.
Suspiro.
Eu havia me decidido. Eu não voltaria mais para lá. Não queria ter que olhá-la e lembrar da noite que passamos juntas. Iria ser humilhante.
Respiro fundo e decido tomar um banho.
Depois de ter tomado, visto uma camisola de seda na cor azul e arrumo meu cabelo num coque.
Me jogo na cama, soltando um logo suspiro.
(...)
Ouço batidas frenéticas na porta e me levanto. Esfrego os olhos e olho as horas.
Meia noite? Quem poderia ser a essa hora?
Levanto da cama e antes pego um taco de basebol que era do meu pai. Ando com cuidado até a porta e a abro devagar.
Solto o taco de basebol ao ver Sarah parada ali.
Ela me encara.
— O que faz aqui?
— Juliette...
Ela não diz mais nada, apenas me empurra para dentro da casa e me beija.
Eu não podia negar que amava os seus lábios quentes contra os meus, mas não esqueceria o que houvera hoje cedo. A empurro.
— Você está maluca?
— Juliette...– ela passa as mãos pelos cabelos.— Me desculpe! Eu só quero...– tenta se aproximar, mas me afasto.
— Você é louca!– solto meus braços ao lado do meu corpo.— Eu não te entendo! Uma hora parece que me quer por perto e outra me trata com indiferença.
— Juliette...
— Me diz o que você quer, Sarah?– grito.— O que quer de mim?
— Eu quero você!– aponta para mim.– Eu me apaixonei por você!– grita.
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Me desculpem mesmo pelo atraso pessoal, estou sem WI-FI.
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Uma delegada em minha vida- SARIETTE
FanfictionJuliette Freire, vê sua vida virar de cabeça para baixo quando, obrigada por sua melhor amiga, vai prestar queixa contra seu ex-namorado. Ela se depera com Sarah Andrade, considerada uma das melhores delegadas de São Paulo. Para Juliette, é difícil...