16/30

3.8K 378 43
                                    

MARATONA 6/7

Caralho!

Por que é tão difícil parar de pensar naquela mulher? Puta que pariu! Depois do dia em que assistimos ao filme juntos, se passaram alguns dias e eu não consiguia evitar um sorriso sempre que a via.

— No que está pensando?– Arthur me pergunta com um sorriso debochado.

— Nada!– resmungo analisando alguns casos.

— Sei! Para estar com esse sorriso idiota nos lábios, deve haver um motivo.– ele dá de ombros.

— Que sorriso? Pare de falar merda!

— Ok!– levanta as mãos em sinal de rendição sem deixar de rir.— Bom, hoje é sexta, que tal sairmos?

— Não sei!

— Vamos lá. Trabalhamos o tempo todo. Precisamos de uma dose de uísque e um bom par de pernas!

— Tudo bem!– reviro os olhos.— Agora vamos trabalhar!

(...)

— Anda logo, Andrade!– Arthur grita.— Parece uma mulherzinha!– diz rindo.

— Eu sou uma, então Cala boca!– coloco minha jaqueta — Vamos logo!– pego minha bolsa.

Ele assente e saímos de casa. Entramos em seu carro e ele logo dá partida.

Ele estaciona em frente à uma boate movimentada, onde as luzes coloridas e a música alta se notava de longe.

Logo entramos e fomos direto para a ala vip. Lá já haviam algumas pessoas dançando e bebendo.

O lugar era aconchegante e estava bem mais vazio em comparação à pista de dança no andar de baixo.

Pego um copo com uísque e observo a pista de dança do andar de baixo, entediada. Arthur, ao contrário de mim, já estava com uma bela loira.

Reviro os olhos.

Volto minha atenção para a pista e observo uma cabeleira preta se mover entre as pessoas. Dou mais um gole em minha bebida e praguejo por uma certa morena vir em minha mente.

Aos poucos, as pessoas se afastam da pista, a deixando vazia e é então que a vejo.

Porra! Essa bebida só pode estar me fazendo ver coisas.

Balanço a cabeça negativamente e a olho mais uma vez. Os seus olhos se encontram com os meus e minha boca seca.

É ela!

Ela sorri de canto e começa a dançar.

Ela não pode fazer isso comigo!

E a roupa que ela está usando! Jesus!

Ela começa a passar as mãos pelo seu corpo e dançar de um modo sensual.

Puta que pariu!

Ela não pode me provocar assim!

Tiro meus olhos dela e saio dali. Desço e fico encostado perto aos banheiros. Fecho os olhos com força, sentindo meu coração acelerado.

Ela acabou de tirar a minha sanidade!

A vejo passar e todos os meus sentidos ficam em alerta. Passo a mãos pelos cabelos e a sigo com o olhar até vê-la entrar no banheiro.

Suspiro.

Eu queria entender o que ela estava fazendo comigo para me deixar assim, tão fora de controle.

Depois de algum tempo ela sai.

Uma delegada em minha vida- SARIETTEOnde histórias criam vida. Descubra agora