Capítulo 13

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Ele tocava, escrevia, voltava ao violão, e depois ao celular respondendo a garota de cabelos longos negros, sentindo na mente e no coração a euforia daquilo.

O gravador ativo e ele soltando a mente e os sentimentos que careciam de vazão. Irritava-se tanto com a ideia idiota dela tendo um encontro com um cara.

Era irrelevante, ele tivera outros encontros também. O justo era o justo, mas ele não conseguia simplesmente conceber isso. A cabeça endoidava apenas imaginando outro fazendo com ela o que ele fez, a mão de outro sobre o corpo dela.

O enlouquecia essa ideia, simples assim!

– Eu só não quero outro babaca na vida dela. Ela é boa demais pra isso – ele justificou a preocupação para si mesmo depois de jogar água no rosto se encarando no espelho. E então franziu o cenho e sorriu. Sim, ela era boa.

E não era em conotação sexual. Afinal Chichi era uma garota divertida, tocava pra caramba, era esperta, esforçada. Que cara não se encantaria?

Que cara não se encantaria? Bom, ele respondeu a si mesmo e não gostou. Melhor era deixar de lado aquela ideia idiota.

Respondera a última mensagem dela que dizia que já estava saindo. E ele? Bom, ele mentira descaradamente. Dissera que estava com noitada marcada com uns colegas e logo sairia. Mas a amarga verdade era que ele não estava com o menor saco para aquilo, para a noitada. O que era confuso até pra ele.

Anotou novamente algo na música que escrevia. E então mandou uma mensagem pra ela.

<se for furada me chama que eu te salvo >

Com aquilo, ele bateu a testa na parede bufando irritado com sua própria ideia.

Como assim? Aquilo pareceu tão desesperado quando soou para ele?

Chichi, por outro lado, quando viu a mensagem sorriu, achou fofa a preocupação dele,qu e por um lado até tocou momentaneamente seu coração o aquecendo, mas ela respirou respondendo para si que aquilo era o Goku amigo falando.

<humm, ganhei um príncipe encantado que vem de cavalo branco pra me salvar?>

Ele imediatamente largou o violão e pegou o celular e se viu rindo como idiota e digitou a resposta:

<eu não diria um príncipe, afinal o Shrek se saiu muito bem, e ainda pegou a Fiona>

Ela estava no carro com o carinha com quem sairia, mas ao ler a mensagem ela gargalhou e atraiu a atenção do garoto.

– Desculpa, foi uma mensagem de uma... Uma amiga meio sem... Noção nenhuma – disse ela tentando segurar o riso meia constrangida.

Ela apenas respondeu com:

<Ok, vou me lembrar, meu ogrinho>

Ele deixou novamente o celular de lado e voltou a tocar, e na verdade ponderava sinceramente se ela mandasse uma mensagem ele simplesmente arrancaria de onde estivesse apenas para livra-la de um péssimo encontro.

Uma metade de si já queria faze-lo mesmo sem ela ligar, e a outra parte, chamada orgulho estava há uma semana chutando sua bunda e o chamando de mané.

Ele bufou e começou a cantar a música em composição.

♫ Tentei esquecer o que rolou nesse quarto

Arrumei a cama, mas eu fiquei bagunçado

Era pra ser só um rolê

Mas tô querendo repetir você

Meu eu em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora