Capítulo 12

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─Sim, milorde, sou eu. Cheguei agora à noite. Perdoe-me por chegar assim sem avisar. Eu iria direto para o meu quarto, mas é que vi a luminosidade pela janela e temi que a senhor tivesse adormecido com as velas acesas. 

─ Oh, obrigada, Yoongi . Sempre tão cuidados com seu  patrão  desligado. ─  Jimin sentiu que sua voz estava mais equilibrada. Lançou olhares furtivos em direção à cortina. ─ Como vê, estou apenas passando mais uma noite em claro. 

─ Se milorde  desejar posso trazer aquele chá especial para ajudá-lo a  dormir. 

─ Oh, não precisa, Yoongi . Vá descansar, você deve estar cansado da viagem. Mas antes de ir, me diga, como está sua irmã ? Melhor, espero. 

─ Infelizmente não, milorde . Minha amada irmã não resistiu. Queria agradecer novamente pela atenção que Dr. Seung deu a ela. Ele tentou de tudo, mas ela já estava muito doente. Não conseguimos salvá-la. ─ Yoongi  falou com a voz triste, porém conformado. 

─ Sinto muito. ─ Jimin  condoeu-se com a notícia triste. ─ Tire o dia de amanhã de folga. Nana está fazendo um bom trabalho. 

─ Obrigada, milorde, o senhor é muito generoso como sempre, mas acho que o trabalho vai me ajudar a lidar com o luto. 

─ Tudo bem. ─ Jimin  esforçava-se para não olhar na direção de Namjoon . ─ Acho que mudei de ideia. Adoraria uma xícara do seu chá especial. 

─ Pois não, volto daqui a pouco. ─ O criado fez uma ligeira reverência e virou-se para sair. 

─ Obrigada. ─ Quando Yoongi deixou o quarto, Jimin sentiu o ar preso nos pulmões saírem pesadamente. O vulto de Namjoon saiu de trás da cortina. 

─ E mais uma vez você escapa de mim... ─ Ele falou com a voz baixa encaminhando-se para a janela. ─ Mas marque minhas palavras, ômega,a próxima vez que nos vermos, o farei meu e ninguém me impedirá de fazer isso.

 Jimin  arregalou os olhos e sentiu seu estômago contrair-se diante da intensidade das palavras do forasteiro. Sem dizer adeus, ele o viu sumir pela janela sem olhar para trás e, com o coração aos pulos, ficou a fitar o vazio deixado por ele. Seu corpo estava frustrado pelo desejo não saciado, mas sua mente agradecia a interrupção oportuna de seu criado. Mais uma vez salvou-se de cometer uma loucura. Depois de vários minutos de espera, escutou batidas leves na porta. Yoongi retornou com o seu chá. 

─ Aqui está, milorde.  Precisa de mais alguma coisa? 

─ Não, obrigada, Yoongi . Apenas apague as velas, por favor. Vou tentar conciliar o sono assim que terminar o chá. 

─ Sim, senhor. ─ O criado aproximou-se da janela, a fechou e cerrou as cortinas. Apagou todas as velas com um abafador, deixando o quarto iluminado apenas pela luz da lareira. ─ Boa noite, milorde. 

─ Boa noite, Yoongi.

 Ao se ver a sós novamente, bebericou o chá de ervas devagar pensando no que aconteceu dentro de seu aposento. Queria sentir raiva de Namjoon por invadir a intimidade de seu quarto, seu santuário, e o beijar sem pedir licença; por despertar sensações que queria varrer para algum lugar escondido dentro de si; por fazê-lo querer mais, muito mais que apenas beijos; por mexer com sua cabeça e quiçá, seu coração. Quando terminou de tomar o líquido, depositou a xícara no criado-mudo e deitou-se de costas, fitando o vazio. Sentiu quando as lágrimas inundaram seus olhos. 

─ Oh, Namjoon ... ─ Murmurou enquanto sentia que sua mão deslizava em busca de suas partes íntimas. Fechou os olhos e permitiu reviver todas as sensações enquanto sua mão tocava na parte mais íntima de seu corpo. Imaginou Namjoon  penetrando seu corpo delicado com vigor, reivindicando sua alma enquanto sua boca voluptuosa abafava seus gemidos. Jimin levou a mão livre até a boca e mordeu o nó do dedo a fim de abafar os gemidos que brotavam roucos de sua garganta. 

O Segredo de Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora