Capítulo 13

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Desde a noite em que passaram juntos, Jimin  não tirou Namjoon do pensamento. Sentia-se vivo novamente, amado e desejado. Quando, por algum motivo ou outro sentia-se mal por viver aquela aventura, lembrava-se que seu marido fazia o mesmo na capital. Queria esquecer o passado, viver o presente e ignorar o futuro. Os encontros amorosos do conde do forasteiro não se resumiram a apenas aquela noite no chalé.

 Namjoon  escalou a treliça da janela e o amou no quarto, na cama, lenta e intensamente. Jimin  teve que controlar seu arroubo de paixão para que a mansão silenciosa não despertasse com seus gritos de prazer. Namjoon o amou duas vezes naquela noite e as novas posições que experimentaram juntos fez com que o conde descobrisse, surpreso, como era flexível e criativo. Pela manhã, descuidado como todo ômega apaixonado  é, não cobriu as marcas de amor em seu pescoço, deixando-as desleixadamente expostas para que Yoongi as visse. Sentado diante da penteadeira, tagarelava alheio ao olhar atento do criado, Yoongi  não era nenhum  menino e sem dizer uma única palavra ou esboçar qualquer reação constatou que o seu senhor também estava tendo um caso. 

Não era de sua conta, mas lamentou profundamente que um casal tão bonito e apaixonado, como julgava que os patrões eram, terminasse de maneira tão inexplicável. Ele sabia muito bem onde isso chegaria: duas almas solitárias convivendo sob o mesmo teto, procurando preencher o vazio de uma vida nos braços de estranhos. Como eles não se enxergavam permaneceria para sempre um mistério. Os dois ouviram o som de uma carruagem se aproximando.

 ─ Quem poderá ser a uma hora dessas ? É tão cedo para visitas. ─ O conde  falou e olhou as horas seu relógio camafeu que marcava nove e cinco. ─ Estou esperando os ômegas  do comitê somente às três da tarde. 

Yoongi , que ajeitava o cabelo do conde, afastou-se e foi ver na janela quem havia chegado. Com uma surpresa estampada em seus olhos castanhos, virou-se e disse: ─ Milorde , o conde de Jeon  acaba de chegar. 

Jimin  se viu sem reação durante alguns segundos. Jeon ?  Não pode ser verdade! Respirou fundo e deu um sorriso trêmulo para o criado. 

─ Eis que o filho pródigo retorna a casa... 

Procurou, tristemente, dentro de si, aquela menino apaixonado que contava as horas para ficar com o seu amado, que sofria sua ausência e ansiava pelo seu retorno. Sabia que deveria existir algo dentro de si que ainda acalentava uma esperança de que tudo voltasse ao normal. Sim, uma parte dele ainda o amava, pois, caso contrário não sentiria culpa e vergonha todas as vezes que se deitou com Namjoon . 

Dois sentimentos que varria para o porão escuro e escondido de sua mente, mas que teimava em assombrá-lo de vez em quando. Yoongi  voltou para terminar o cabelo do conde e quando ele já estava vestido, uma pequena parte do pescoço ficou à mostra e dava para ver as pequenas marcas roxas na pele clara. 

─ Só um minuto, milorde, ─ Yoongi  apressou-se para pegar um lenço. ─ Precisa cobrir isso.

 Quando o conde se deu conta do alerta do criado, sentiu o rosto inflamar-se de vergonha. Os olhos dos dois homens  se encontraram e Jimin soube que seu criada tinha ciência da vida pecadora que levava, mas não havia julgamento em seu olhar ou em seus gestos. 

─ Obrigada. ─ Disse. Em suas palavras havia muito mais do que agradecimento. Havia cumplicidade e até uma pitada de alívio. Por saber que poderia contar com ele e porque, de uma maneira sutil e indireta, pôde dividir seu fardo com alguém. Pouco tempo depois, o mordomo bateu a porta e anunciou que o conde esperava pelo esposo no salão. Jimin suspirou e tentou esconder um pouco de seu nervosismo. Deveria se apresentar para o marido como um esposo zeloso que se preocupa intensamente e espera ansiosamente pelo seu retorno? Sim, já sentira tudo aquilo antes. 

O Segredo de Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora