Capítulo 7 Um sábado diferente.

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Sábado logo após o café da manhã, Gabriel chega a casa da mãe de Júnior já gritando no portão um alto e sonoro Júnior eu estou entrando, ao entrar na casa do amigo o mesmo ainda estava recolhendo a louça da mesa para ajudar a sua avó com as tarefas domésticas, a mãe de Júnior estava desde cedo lavando roupas, pois neste sábado ela não teria que trabalhar.
Todos naquela casa conheciam os amigos de Júnior, então não era nenhuma novidade ter sempre um amigo comendo ou bebendo na casa, por se tratar de uma cidade bem pequena todos conheciam a todos, amigos frequentavam a casa de seus amigos e geralmente todos os pais se conheciam.
Gabriel, após tomar um café reforçado quase que por imposição da mãe e da vô Júnior, Gabriel finalmente convidou o amigo para ir com ele pescar a beira da represa, como isso era um costume local, logo após terminar de ajudar a colocar a louça suja na pia, os dois meninos foram pegar suas varas de pescar e seguiriam até o local de pesca, Júnior adorava pescar, mas não comia peixe de forma alguma, na verdade ele só começou a pescar para tentar se entrosar com os meninos daquela cidade, e como Gabriel quase nunca tinha ninguém para ir com ele logo Júnior passou a acompanhar o seu amigo, e isso uniu ainda mais aqueles dois garotos estranhos, Natalino quase nunca podia ir pois aos finais de semana ajudava seu pai em um pequeno comércio.

Chegando na represa, estava muito frio embora já passasse das 10 horas da manhã, com isso haviam poucas pessoas no local, em sua grande maioria adultos mais velhos que detestavam pescar perto dos meninos, pois segundo os mais velhos o barulho dos mais novos espantavam os peixes, por esse motivo os meninos andaram mais e foram para um lugar mais longe, onde não havia ninguém, eles costumavam ir nesse lugar no verão, pois era ótimo para nadar, havia certa privacidade e a água não era tão funda.
Logo que chegaram Gabriel tirou a lata com as minhocas e colocou no anzol da vara dele e do seu amigo, ambos jogaram as iscas na água e agora era esperar para ver se pegavam alguma coisa, para se aquecerem um pouco do frio, fizeram uma fogueira com um pouco de madeira que haviam encontrado por ali e se sentaram perto do fogo mas com os olhos nas varas de pescar. Gabriel estava inquieto, e isso não era da natureza dele, Júnior estava achando o comportamento do amigo estranho e logo perguntou o que estava acontecendo, Gabriel perdeu a cor que tinha no corpo, mas Júnior era insistente, tanto que logo Gabriel abriu o jogo e tirou de dentro da velha mochila que era usada para levar as coisas de pesca uma revista quase do tamanho de um gibi e mostrou, era uma revista pornográfica que o mesmo havia achado em algum lugar, os dois garotos ficaram mais juntos olhando a revista, em uma página havia uma cena de sexo anal, logo Gabriel olhou para Júnior e os dois ficaram imaginando como seria aquela sensação que até aquele momento era desconhecida de ambos.
Sem muito pensar quando viram estavam com seus pintos duros dentro das calças, logo começaram a se tocar, em poucos minutos os dois já estavam com as calças abaixadas, um tocava e esfregava o pinto do outro, Gabriel foi virando Júnior de lado e começou a passar a mão na bunda do amigo, os dois entraram em acordo em fazer um famoso troca-troca, Júnior que tinha o menor pinto foi o primeiro a entrar em Gabriel, foi desajeitado, porém com cuidado pois nenhum dos dois sabia como agir de forma correta, mas mesmo assim fizeram, Júnior gozou dentro de Gabriel e tinha sido a melhor coisa que ele havia sentido no mundo, era quente, apertado era muito bom sentir o que ele estava sentindo, em sua inocência isso era amor e ele estava amando ao seu amigo Gabriel.

Quando chegou a vez de Gabriel, ele por ser bem dotado foi mais difícil para o seu amigo, quando a cabeça passou, Gabriel se empolgou e meteu tudo de uma vez só em Júnior que naquele momento deu um grito de dor, era como se ele estivesse sendo rasgado ao meio, mas seu amigo não parou, socou até gozar e quando gozou caiu sobre o amigo e os dois foram ao chão, naquele dia ambos se beijaram loucamente, mas tiveram que subir logo as calças pois o frio era muito, naquele momento os amigos deixaram de serem virgens.
Logo voltaram a pescaria, como o frio só piorava resolveram voltar embora, mesmo tendo pescado poucos peixes.

No caminho de volta, Gabriel olhou para Júnior e disse que na semana seguinte seus pais iriam embora da cidade, e que ele não era gay, só estava curioso para saber como era fazer sexo com alguém, Júnior só abaixou a cabeça e deixou as lágrimas caírem de seus olhos, pois até aquele momento ele achava que aquilo que eles tinham feito era amor, Gabriel perguntou ao Júnior se ele não se importava em ser chamado de viado, e Júnior respondeu que não, pois ele realmente era, ele sabia desde criança que não gostava de meninas, Gabriel por sua vez disse ao seu amigo que ele nunca teria coragem para aguentar esse tipo de preconceito, ao modo dele ele se preocupava com o preconceito que Júnior sofreria se seguisse sendo gay.
Naquele dia, os amigos não dividiram os peixes, Júnior deixou que Gabriel ficasse com os poucos peixes que ambos haviam pescado, Júnior que a poucas horas atrás achava que estava fazendo amor com o seu melhor amigo, voltou para casa vazio, oco por dentro e sentindo que seu amor estava indo embora para sempre e que ter feito sexo com o seu amigo era a culpa de tudo.

Quando Júnior chegou em sua casa, sua vó perguntou dos peixes e do Gabriel, o menino só disse que não quis os peixes e que Gabriel ia embora da cidade pois seus pais iriam se mudar para um outro estado . O garoto arrumou as coisas de pesca, guardou as coisas em seus lugares e entrou para tomar banho, naquele dia ele chorou muito durante o banho, saiu do banho trocou de roupa foi jantar com sua mãe e sua vó e logo pediu licença e foi pra cama, tudo nele doía, Gabriel machucou ele não só na penetração, mas sim no seu coração e isso doía muito, naquela noite Júnior chorou até pegar no sono, se sentindo um farrapo humano, um lixo, um ser descartável, havia chegado ao fim o trio de amigos.

Gabriel foi embora no dia seguinte pela manhã, ele e seus irmãos foram na frente levados por uma tia, pois eles teriam que iniciar as aulas já na segunda feira no colégio na cidade em que iam viver. Naquele domingo Júnior passou o dia quieto, coisa que não era de sua personalidade falante, passou o domingo sentindo uma dor em seu coração pela perda do que achava ser o primeiro amor de sua vida e para ele realmente foi o primeiro amor.

Me ame pouco, porém por muito tempo!Onde histórias criam vida. Descubra agora