Descontração

36 5 0
                                    


*No dia seguinte*

Amelinha desperta com o galo cantando às 6:45 da manhã.

Amelinha: Droga de galo (diz, toda preguiçosa).

Ela puxa o travesseiro para tampar os ouvidos e tentar abafar o som do animal. Então Joãozinho começa a chorar.

Amelinha (reclama e vai até o berço): Esse galo acordou você, né filho? (Pega ele para amamentar).

Ela olha para ele e percebe o quão rápido ele está crescendo, e logo um sorriso surge em seu rosto.

Nessa hora, alguém bate em sua porta e abre logo depois.

Nélio: Bom dia, meus amores. Começaram cedo hoje, hein.

Amelinha: Tudo por culpa daquele galo. (Ela volta o olhar para o filho) Ele está crescendo tão rápido não é?

Nélio (senta ao lado dela na cama): É mesmo, nosso bacuri tá virando um meninão (diz, todo babão pelo filho).

Alguns minutos depois ele termina de mamar e Amelinha vai arruma-ló para a escola, com a ajuda de Nélio.

Nélio olha para Amelinha e para seu filho e percebe que eles são tudo o que ele mais queria na vida e que ele é, com certeza, o cara mais feliz do mundo.

Algum tempo depois, Raimunda bate na porta do quarto de Amelinha e entra.

Raimunda: Bom dia. Nosso menino já está pronto?

Amelinha: Já sim.

Ela o entrega a Raimunda e da um beijo em sua testa, despedindo-se do filho. Raimunda pega a mão do bebê e acena para os pais, como se ele o tivesse feito, e sai para levá-lo à escola.

Amelinha (boceja): A essa altura meu pai já deve ter despertado, vamos até lá tomar o desjejum com ele.

Os dois vão.

Chegando à mesa, os dois vêem que João já se encontra lá e se sentam.

Amelinha: Bom dia, papai.

João: Bom dia, Amelinha.

Nélio: Bom dia, Sr.João.

João: Nélio? Chegou cedo ou passou a noite aqui.

Nélio: Cheguei cedo, na verdade, p'ra ver se dava um beijo no meu filho antes de ele ir pra escola.

Amelinha (corta o assunto): Vai sair de novo papai? (Diz enquanto passa geleia em uma fatia de pão).

João: Na verdade vou sim. Sabe como é, negócios e mais negócios...

Amelinha: Sei, negócios né? (Tenta tirar algo dele).

Nessa hora, Edu e Clara entram e se juntam a eles para o café da manhã.

Clara e Edu: Bom dia.

João: Que milagre vocês por aqui (diz contente).

Clara: Como vai, pai? (Chama-lo assim ainda lhe causa estranheza, mas conseguia fazer isso com mais naturalidade agora).

João: Vou muito bem filha, e você?

Clara: Vou bem também.

*Após terminarem o café da manhã*

Edu e Clara se levantam.

Edu: Temos que ir agora, senão vamos nos atrasar.

Clara: Claro.

Nélio: Eu tenho que ir também. Tenho que cuidar daquela piãozada.

Amelinha se levanta logo após ele.

Edu: Amelinha, Nélio (chama os). O Lipe vai dormir na casa de um coleguinha hoje à noite, então estávamos pensando em ir ao bar da Esmeralda, que bem... não é mais bar da Esmeralda, mas gostariam de ir?

Amelinha: Não sei, não...

Clara: Vai ter uma ótima dupla sertaneja fazendo show hoje (tenta convencê-la).

Nelio: Eita, aí eu gostei (se anima com a ideia).

João: Eu fico com meu neto, não se preocupe filha.

Amelinha: Bom, se é assim (olha para Nélio que afirma com a cabeça) tudo bem. Nos encontramos à noite.

Todos se despedem e os três (Edu, Clara e Nélio) saem.

João: Bom, eu já vou indo também.

Amelinha: Tchau (encara-o até ele sair). Você está gostando de fazer o misterioso, não é? Vamos ver até onde isso vai (fala sozinha, se referindo ao pai).

Então ela vai para o quarto se arrumar e começar o dia.

Você me ensinou a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora