Alfinetadas

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*À noite, no bar da Esmeralda*

Clara e Edu já estão no bar sentados em uma mesa perto da entrada e curtindo a música sertaneja acompanhada de um shop para cada.

Edu: Eles estão perdendo o show (refere-se ao atraso de Nélio e Amelinha).

Clara: Já, já eles devem estar aqui.

Somente alguns segundos depois, o carro de Amelinha chega ao local. Ela estaciona e os dois vão de encontro à Edu e Clara.

Amelinha: Nos atrasamos muito?

Edu: Que nada.

Nélio: Eu falei pra ela que a gente só tava vindo ao bar, não pra um desfile de moda, mas ela demorou que só pra se aprontar (diz enquanto puxa a cadeira para a Amelinha e senta logo em seguida).

Edu: Mulheres (eles riem).

O garçom, Mateus, chega para anotar os pedidos.

Nélio: E aí, homi. Como 'ocê tá?

Mateus: Bem sô. E adivinha só: vou começar minha faculdade de engenharia semestre que vem.

Nélio: Que bão! Finalmente ouviu meu conselho.

Clara: Parabéns, Mateus!

Mateus: Obrigado. Bom, mas enquanto isso ainda sou o garçom, então o que vão pedir?

Edu: 2 porções de fritas e 4 shops, pode ser? (Olha para os outros, esperando aprovação).

Amelinha: Pra mim um suco natural de laranja.

Mateus anota o pedido e sai.

Todos apreciam a dupla cantando enquanto esperam o pedido.

Amelinha: E então, como está sendo morar na fazenda? (Se dirige à Clara e Edu).

Clara: Está sendo muito bom.

Edu: Sim, sem contar que o Lipe está amando.

Amelinha: Mas não acham aquele lugar muito pequeno? Eu não conseguiria morar em um ambiente tão pequeno assim.

Clara: Acho que o espaço é ideal.

Amelinha: É mesmo, pra você é ideal (diz automática, sem perceber que soou um tanto rude).

Clara: Não entendi.

Mateus chega com o pedido.

Nélio: As fritas chegaram! (Anuncia, tentando mudar o foco e evitar uma possível discussão).

Amelinha: Ah, Clara. É que você não está acostumada com luxo.

Clara: Tem razão, nunca cresci no meu de luxo ou de pais que me mimassem (diz em tom de indireta).

Amelinha e ela se encaram.

Edu: Hm, estão muito boas essa batatas (diz após provar uma, tentando também tirar o foco da discussão).

Nélio: A, que isso, vocês não vão começar a brigar agora né? Vamos esquecer isso é aproveitar a noite, pode ser?

As meninas abaixam a guarda.

Clara: É, viemos aqui para nos divertir. Vamos parar com as alfinetadas, pode ser Amelinha? (Tenta melhorar o clima)

Amelinha: Como quiser, Clara (diz ainda com um pouco de orgulho).

A dupla começa a cantar uma nova música.

Nélio: Eu adoro essa! Vamos dançar, Melinha? (Pergunta com empolgação)

Amelinha: Aí, sério Nél...

Ele a puxa, antes que ela pudesse terminar de falar e os dois começam a dançar.

Edu: Me concede? (Estende a mão para Clara).

Clara: Seria um prazer (retribui ao cavalheirismo estendendo sua mão e os dois começam a dançar).

*Horas depois*

Amelinha abre a porta de casa com cuidado para não acordar ninguém e entra. Nélio vai logo atrás.

Nélio: Foi animado hoje, não foi?

Amelinha: É, tudo bem, foi bem divertido.

Eles param em frente à porta do quarto dela.

Nélio: Então... o'cê sabia que a noite é uma criança? (Chega mais perto dela).

Amelinha: É mesmo? (Pergunta com ironia, sorrindo de lado).

Os dois se beijam. Então, Nélio abre a porta do quarto dela e eles entram.

Você me ensinou a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora