A noite do casamento

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Amelinha e Nélio eram, finalmente, um casal, do jeito que ambos sempre quiseram e sonharam. Agora nada era capaz de apartá-los e muito menos destruir o amor tão intenso que descobriram que existiu, desde sempre, entre eles. Afinal, o que o destino uniu, ninguém separa.
                                       *
Amelinha puxa Nélio para o salão de festas para dançarem juntos. Era impossível esconder a felicidade que sentia, e o mesmo pode-se dizer de Nélio.

Amelinha: Não sabe o quanto eu esperei por esse momento (ela diz, trazendo em seu rosto um enorme sorriso e em seus olhos tamanha emoção que acabou deixando rolar um lágrima).

Nélio: E eu então? Que sempre fui louco por você e sempre fiz de um tudo p'ra lhe mostrar esse amor, Melinha (Ele diz com um olhar deslumbrado, ainda tentando se convencer de que aquilo era real e então enxuga a lágrima da amada). Você é que nunca
me deu uma chance...

Amelinha: Eu sei, eu sei (ela o corta, tentando fazer com que ele esquecesse todas as besteiras que ela já fez, pois era isso que ela queria também, esquecer). Mas agora tudo vai ser diferente, eu te prometo!

Ela volta a sorrir e involuntariamente Nélio faz o mesmo.

Eles ficam ali por alguns segundos, só contemplando os olhos um do outro e eternizando aquele momento para que jamais fosse esquecido. Aos poucos, eles se aproximam e com um beijo lento, suave e verdadeiro, ambos se certificam de que agora pertencem um ao outro e nada mais vai impedir que fiquem juntos.

Ao final do beijo, percebem que Sofia e Lipe os observam.

Amelinha: O que foi? (Pergunta ainda sorrindo) Nunca viram um casal se beijando?

Ela puxa o braço de Nélio e entrelaça sua mão na dele; enquanto ele olha para a mulher, já que nunca esperou que justo ela dissesse isso algum dia.

Sofia: É que nós estamos felizes por ver vocês finalmente juntos. (Ela cutuca o braço de Lipe) Ganhei. Não disse que eles iam ficar juntos? (Cochicha disfarçadamente para o menino, se gabando por ter ganhado a aposta que os dois fizeram)

Lipe revira os olhos para Sofia e eles riem.

Amelinha (se volta para Nélio): Ah, temos que cumprimentar os noivos! (Ela lembra)

Eles se dirigem até o local onde se encontram Edu e Clara.

Os recém casados conversam sobre algo e também expressam uma enorme alegria por finalmente poderem desfrutar de seu amor sem se preocuparem com mais nada que os pudesse separar.

Nélio e Amelinha chegam de mãos dadas.

Amelina: Edu, Clara. (Edu se vira para ver quem era, já que estava de costas. O mesmo está com um copo de champanhe na mão)

Nélio: Fessor, doutora. Nós viemos comprimentar...

Amelinha: Cumprimentar, Nélio (cochicha para o rapaz)

Edu (sorri): Tudo bem, Amelinha. (Ele então percebe que o casal se encontra de mãos dadas) Vocês... estão juntos?

Amelinha: Estamos! (Diz feliz e entusiasmada, antes mesmo que Nélio tivesse tempo de pensar)

Edu: Poxa, que maravilha! (Diz feliz, porém sem demonstrar muito, algo que é característica do rapaz)

Clara (coloca as mãos sobre os ombros de Edu e se achega): Ficamos muito felizes por vocês dois.

Nélio: E nós por vocês.

Amelinha: Bom, agora vamos indo.

Nélio e Amelinha se viram para sair dali, então a mulher volta o olhar para Clara.
Amelinha: Vocês formam um belo casal... sejam feliz.

Ela diz com um sorriso tímido, mas sincero. Também com um pouco de dificuldade, já que estava se moldando aos poucos depois de tanto tempo sendo arrogante, egoísta e mimada.

Clara retribui com um sorriso, que para Amelinha já era o suficiente. Afinal, ela também estava se acostumando com a idéia da nova "irmã bastarda" que seu pai lhe arrumou.

                      *3 horas mais tarde*

Edu e Clara já foram para a lua de mel. Os convidados haviam ido embora e a casa estava em completa paz.

Amelinha e Nélio estavam, agora, no quarto dela. Nélio está com Joãozinho, seu filho, no colo.

Depois de toda a mentira de Amelinha quanto ao pai de Joãozinho (dizendo que era Edu, quando na verdade era Nélio), a ele custava acreditar que aquele pacotinho de gente que segurava em seus braços era seu filho. O filho que tanto sonhou - e que por algum tempo lhe foi negado - com a mulher que sempre amou.

Joãozinho começa a chorar.

Nélio: Por que ele tá chorando, Melinha? (Diz meio desesperado, já que nunca tinha lidado dessa forma com crianças, mais precisamente com bebês).

Amelhinha: Está na hora da mamada.

Ela está sentada na beira da sua cama, já de camisola e hobby, terminando de escovar os cabelos.

Nélio se perde ao olhar para Amelinha. Já a conhece há muito tempo e já viu cada detalhe de seu corpo, mas agora a olhava como nunca antes fizera. A olhava como sua mulher. E descobriu novamente a beleza dela. O quanto ela era linda, não só por fora, mas agora por dentro também.

Amelinha: Nélio (ela sorri enquanto chama o
rapaz, que mais parecia estar distante da Terra naquele momento)

Nélio: Eu! (Ele volta para si e ouve o choro de Joãozinho) Ah, o bacuri! (Entrega o menino para Amelinha).

Ela toma o filho em seus braços e o amamenta.

                   *alguns minutos depois*

Amelinha coloca Joãozinho no berço e vai para sua cama, onde Nélio se encontra sentado. Ela senta ao seu lado e seus labios vão de encontro aos dele.

Amelinha: Eu senti saudade do seu beijo... do seu toque... e fiquei com medo de que nunca mais eu os pudesse sentir de novo. Agora eu sei o quanto preciso de você, seu peão chucro (ela brinca, mas ainda cheia de emoção). Quero dizer pro mundo todo que estamos juntos! E que você é o homem que eu amo (ela o
olha apaixonadamete).

Nélio: Só Deus sabe o quanto eu sonhei com esse momento e o quanto eu rezei p'ra Santa Izildinha te fazer sentir o mesmo, Melinha. A verdade é que eu sempre te amei e sempre vou amar e eu nunca mais vou te deixar, queixo duro (ele corresponde também da forma como chamava a mulher e a puxa para si para beijá-la).

Eles já haviam tido inúmeras noites juntos, mas nenhuma como essa e como as que estariam por vir, porque agora eles se permitiram amar.

Amelinha posiciona seu corpo sobre o de Nélio, ainda envolvida em seu beijo. Ele tira seu hobby. Ela também tira a camisa dele e leva as mãos ao peito do rapaz e depois ao pescoço.

Nélio segura os cabelos de Amelinha e depois leva suas mãos à todo o corpo dela.

Os dois se entregam... e naquela noite eles passam a pertencer um ao outro por completo.

Você me ensinou a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora