Perdidas - Parte 3

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No capítulo anterior: Edu e Nélio vão procurar Clara e Amelinha, que acabaram achando uma cabana e se abrigando lá.

•••

Clara aparece segurando um lampião que achou pela cabana e o coloca na mesa de centro, já que estava começando a escurecer.

Amelinha: Se pelo menos tivesse algo de comer aqui...

Clara: Pior que eu também estou faminta.

Amelinha: Será que vão vir atrás de nós ou vamos ter que esperar até amanhã para voltarmos?

Clara: Eu não sei, mas realmente espero que não tenhamos que dormir aqui (senta no sofá, ao lado de Amelinha).

A janela abre com o vento e Clara vai fechar, é quando entra uma pequena cobra antes de Clara fecha-la.

Amelinha e Clara gritam e as duas sobem no sofá.

*Na estrada*

Edu e Nélio ouvem os gritos.

Edu: Ouviu isso?

Nélio: Ouvi... Parece o grito da Amelinha. Acho que veio de lá (aponta para a esquerda e Edu para o carro na estrada para que continuem a procurá-las adentrando o mato).

*Na cabana*

Clara: Vai lá Amelinha, mata ela!

Amelinha: É ruim ein! Mata você.

Clara: Você não tem coração mesmo, vai ser mais fácil.

Amelinha: Eu vou te mostrar quem eu vou matar daqui a pouco! (Responde à provocação). Além do mais, você que deixou ela entrar, se alguém tem que se livrar desse bicho é você.

Clara: Eu não desço desse sofá por nada!

Amelinha se irrita, pega o vaso que está na mesinha ao seu lado e joga na cobra.

*No mato*

Edu e Nélio ouvem o barulho de algo quebrando.

Nélio: Agora eu tenho certeza, é a Amelinha.

Edu: Vamos continuar nessa direção.

*Na cabana*

Amelinha continua a jogar tudo o que vê pela frente na cobra.

Clara: Amelinha, desse jeito vai quebrar a casa inteira.

Amelinha percebe que perdeu o animal de vista e tudo fica em silêncio.

Clara: Cadê a cobra?

O momento é de tensão e elas olham cuidadosamente cada canto do lugar.

Então Clara vê a cobra subindo no braço do sofá e elas gritam e correm para perto da janela.

A janela abre com o vento e apaga a luz do lampião, enquanto que, simultaneamente, ouvem um trovão.

Elas gritam e se abraçam.

Nélio e Edu ouvem e os dois começam a gritar pelo nome delas.

Nélio: Estamos aqui! Amelinha! Dotora!

Edu: Clara! Amelinha!

Nélio: Fessor, melhor tomar cuidado p'ra não acabar caindo nesse chão lamassento. Eu já acostumado.

Edu: Pode deixar.

Não dá bola ao conselho dele, mas quase que no mesmo instante acaba escorregando e caindo.

Você me ensinou a amarOnde histórias criam vida. Descubra agora