Brasil, Novembro de 2015
Graças a Deus só fico mais essa semana aqui, estou louco de saudades da minha boneca! Não vejo a hora de encontrá-la, dizer tudo que sinto e, com sorte, ser correspondido!
— Enzo! — Chamo meu amigo quando o vejo passar apressado.
— Oi Lucca! Tudo certo, bro? — Fala parecendo ansioso.
— Está tudo bem cara? Parece ansioso.
— Está sim mano, quer dizer, vai ficar! Só preciso falar com o Doutor Anthony para poder ficar mais tranquilo!
— Precisa de algo? — Pergunto.
— Fica tranquilo, tenho certeza de que resolvo! — Ele ri.
— Tem um tempinho disponível? Queria conversar um pouco.
— Claro mano. Assim que eu falar com seu pai, passo no seu consultório para conversarmos. Pode ser?
— Sim, te espero lá então!
Preciso contar a ele sobre tudo que está acontecendo, não nos falamos desde que parti e não tivemos muito tempo desde que cheguei, me abrir com ele será muito bom, ele sempre tem os melhores conselhos. Mesmo antes de toda essa confusão com Jeff e Clarissa, Enzo era meu confidente, ele sempre me inspirou calmaria e confiança, como se ele fosse parte da minha família, mesmo que não houvéssemos nos conhecido até poucos anos. O considero um irmão de alma.
Conheci Enzo na faculdade, nos tornamos amigos imediatamente. Ele, assim como eu, estava iniciando seus estudos. Lembro que estávamos em uma festinha para os calouros da universidade e Jeff nos apresentou, já que eram colegas de curso, preciso reconhecer que foi a melhor coisa que aquela pessoa fez por mim.
Desde que se formou em direito e prestou a prova da Ordem, fiz questão de mantê-lo por perto, e pedi ao meu pai que desse uma chance a ele no setor jurídico do hospital, a princípio, como assistente. Enzo se mostrou tão capaz, determinado e leal que, hoje em dia, é ele quem coordena todo o setor. Tenho muito orgulho dele.
Ele tem me ajudado muito nos últimos meses. Graças a ele, tive um divórcio tranquilo, pois o contrato antenupcial que ele elaborou (e que eu assinei sem ler) me garantiu essa possibilidade.
— Lucca? Posso entrar? — Ouço a voz de Enzo do outro lado da porta.
— Entra mano, estava te esperando! — Autorizo sua entrada.
—Cara, estava sentindo falta de nossas conversas! Você sumiu por meses, seu pai sempre tão discreto, não comenta nada e tu não se presta nem para pegar o maldito celular e dizer olha só idiota do meu melhor amigo, tô vivo! — Resmunga indignado, se sentando na minha frente.
— Não lembrava que o idiota do meu melhor amigo era tão dramático! — Falo e nós dois caímos na gargalhada.
— Sério bro, senti sua falta, mas sei que você precisava desse tempo. Se fosse comigo, também iria ficar meio recluso. — Fala pensativo.
— Meio recluso Enzo? Nem imagino como seria você mais recluso do que já é! Não iríamos ter notícias suas por anos!
— Cala a boca idiota! Nem sou tão fechado assim... — Ri novamente.
— Claro que não! — Ironizo.
— Vamos lá, pode começar a me atualizar doutor Morelli filho!
— Foi exatamente para isso que te chamei. Enzo, você sabe que te considero um irmão e que prezo muito sua opinião e conselhos.

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Assim é...Destino?
Chick-LitAs pessoas não entram na vida da gente por acaso, cada uma tem um motivo para estar nela, e o tempo de permanência é determinado justamente pela razão que a fez entrar. Então faremos parte da vida de alguém enquanto essa pessoa precisa da gente ou e...