BAZ
– Algum problema se passarmos no clube pra buscar Mordi antes de eu te deixar em casa? – Simon afivela o cinto e concorda.
– Ei, tá tudo bem? Você parece tenso – sinto os olhos dele me examinando ao volante antes mesmo de ele dizer.
– Meu ombro está me matando hoje.
– Por causa da aula?
– Uhum – ele põe a mão no lugar e pressiona.
– Aqui? – faço que sim com a cabeça. O toque dele é pesado de um jeito gostoso. – Desculpa, não sei fazer massagem. Se tiver piorando me fala.
Simon não quebra o contato por nenhum minuto; eu não reclamo, não quero que ele me largue. Nunca. Snow apenas se afasta do meu ombro para apertar meu bíceps distraidamente enquanto conversa com Mordelia (ele sempre foi bom em fazer amizades).
Quero tocá-lo de volta. Quero colocar a mão em sua coxa enquanto dirijo. Quero beijar as pintas da sua bochecha toda vez que paramos num sinal vermelho.
– Vocês esqueceram de se despedir com um beijinho ou foi só porque eu tô aqui? – minha irmã questiona quando ele sai do carro.
– Regulus Black te mandou mais alguma cartinha ou foi chocolate dessa vez? – retruco.
– Cala a boca.
SIMON
Abri a porta para Ginger e Aggie, depois para Gareth, minha avó e meus tios e, por último, Baz. Ele ainda não tinha entrado no meu apartamento (eu também não visitei o dele), apesar de me dar carona praticamente todos os dias, e eu estava preocupado com isso.
– Você tomou o antialérgico? – é a primeira coisa que digo.
– Boa noite para você também – eu rolo os olhos. – Tomei, mas não é como se eu fosse morrer por causa de um gato, Simon.
– Certo. Pode entrar então.
– Eu acho melhor você pegar seu presente primeiro – Baz diz apontando para baixo. Quando desço os olhos, encontro uma caixa consideravelmente grande aos seus pés.
– Meu Deus. O que é isso?
– A graça está em você abrir sem eu contar – quero rolar os olhos de novo, mas me contenho. – Cuidado. É frágil – ele avisa quando pego o presente.
Não sei exatamente o porquê, mas não quero abrir a caixa na frente de todo mundo; quero que só ele presencie minha reação (seja o que for, sei que vou gostar). Sendo assim, nos dirijo para a cozinha. Aggie está lá pegando algo na geladeira. Ela só cumprimenta Baz e sai, então eu abro a embalagem.
Meu coração instantaneamente derrete por entre minhas costelas.
– É um bonsai de amora!
– Você é bom mesmo com plantas, huh? Eu nunca saberia só olhando.
– Baz... é a coisa mais fofa do mundo!
– Você disse que queria um, há um tempo...
E aí eu o abraço. Nem mesmo eu estava esperando por esse movimento, mas envolvo o pescoço dele e sussurro um "obrigado". Baz devolve um "não agradeça. Feliz aniversário" enquanto seus braços se fecham ao redor de minhas costas. Então minha avó entra na cozinha e nós dois nos afastamos.
BAZ
Bunce e o namorado chegam de surpresa pouco depois do meu quase falecimento.
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scones de cereja
FanfictionO que acontece após um grande reencontro? O que fazer quando você percebe que certas coisas nunca deixaram de existir e que basta uma chance para algo novo começar? • Continuação da fic "Dois beijos", postada no meu perfil anteriormente • Personagen...