Capítulo 14: We can handle this

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— Vamos fazer isso mesmo? — Eleanor perguntou para a detetive ao seu lado, observando de longe, as duas mulheres que logo seriam interrogada.

— Você ainda tem dúvidas? Porque a primeira coisa dita por Mary Anne quando chegamos perto dela foi: "eu preciso falar com meu advogado" — Billie respondeu, cruzando os braços ao olhar Emilly de longe.

Não seria uma boa ideia Eleanor interrogar a mulher, já que a mesma já se mostrara sentimental a respeito da mulher

— Vou interrogar sua amiga, e espero que seja imparcial com a mãe dela... —

— Ei, Billie, eu... Preciso de um tempo. Podemos fazer isso daqui a alguns minutos? — a detetive suspirou, mas aceitou o pedido da mulher.

— Vou estar lá fora —

O relógio ia marcar quatro da tarde, as detetives fizeram um bom trabalho ao pegar Mary Anne e a filha, as levando para a delegacia de Manhattan. Billie queria terminar o trabalho logo e correr para casa a fim de ver a filha, mas ela sabia que Eleanor precisava de um tempo.

Assim que Billie chegou na entrada da delegacia, soltou um palavrão ao encontrar o homem que menos esperava com os braços cruzados. Era como se Erza esperasse por ela.

A detetive mudou seu caminho, pensando em voltar, mas a voz do ex marido a interrompeu.

— Espero que saiba o que te espera quando decidir finalmente voltar para casa — ela suspirou, antes de se virar para lhe responder.

— O quê? — Billie perguntou confusa, olhando o futuro ex marido, voltando a andar, dessa vez em sua direção.

— Não sei quanto tempo vai ficar nessa birra como uma criança mimada, mas quando voltar para casa, eu... —

— Eu não vou voltar, Erza — Billie o interrompeu — Não vou voltar para você, e se eu voltar para minha casa, fique sabendo que você não estará nela — Erza suspirou, tentando se acalmar, se segurando para não cometer o mesmo erro que da última vez.

Ele só queria fazer sua mulher voltar para casa, fazer com que ela o perdoasse por um erro cometido.

— Bill, baby. Por que não esquece isso? Já se passaram alguns dias — suas mãos massagearam o braço de Billie, que riu sem acreditar.

— Eu tenho um trabalho para fazer, se me der licença —

— Três semanas — Erza disse, interrompendo a mulher mais uma vez, que virou para olhá-la. Billie pensou que fosse o tempo que ele daria para ela voltar para casa, mas ela logo viu que o ex não seria bobo o bastante para ameaçar uma detetive, em frente a uma delegacia — Três semanas foram os dias exatos que você ficou sem olhar para a Abel depois que deu a luz —

Assim que o marido completou, Billie percebeu onde ele queria chegar.

Ela não se orgulhava da tristeza que teve ao dar a luz. Ela só não tinha vontade de ver a filha, ou cuidar dela. Era algo que não conseguia controlar.

Foram três semanas de ansiedade, medo e tristeza profunda. A detetive ao menos tinha forças para levantar da cama e cuidar da recém nascida.

O fato do parto ter sido difícil dificultou sua recuperação.

No dia em que o calendário marcou os vinte e um dias, Billie conseguiu reagir, e aos poucos ela foi dando a devida atenção que Abel precisava da mãe, mas estava recebendo da cunhada e do irmão.

— Eles vão amar saber como a adorada detetive largou a filha por dias, não cuidando da saúde e bem estar dela — Erza continuou seu discurso — Seria uma pena se você se sentisse assim de novo, e com certeza você vai. Quem irá cuidar de Abel? —

A Detetive de um Caso Perdido •Billie Eilish• ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora