A Detetive de um Caso Perdido •Billie Eilish• ✅

Capítulo 24: The one we didn't asked for

Enquanto Billie falava sobre o mais novo caso, Eleanor assentia, mexendo no prato de comida, mesmo sem ter colocado ao menos uma colherada na boca.

— Os vizinhos disseram que a viram discutindo com um homem desconhecido da porta de casa há algumas semanas. Pode ser o marido, mas de alguma forma eles não o reconheceram. Celeste não era uma mulher com muitos inimigos — mais uma vez Eleanor assentiu.

Ela ainda sentia o peso das mortes nas costas, a dor da culpa.

— Eleanor! — Billie chamou a atenção da namorada. Com o susto, a de cabelos escuros deixou que o garfo caísse no prato, fazendo um barulho alto e assustando a pequena Abel que dormia no carrinho ao lado das duas.

A pequena começou com um choro baixo, mas logo o mesmo aumentou.

— Me desculpe — Nell pediu, se levantando, mas Billie foi mais rápida.

— Não precisa se desculpar. Abe só está com... Saudade do pai. Acho que esse é o motivo de ela estar tão chorosa ultimamente — Eleanor rolou os olhos apenas pela menção de Erza.

Ela não gostava do homem.

Eleanor ainda achava que ele estava por trás das fotos, ela só não disse nada a Billie por não ter provas.

— Nell... Sei que está chateada com toda a situação da Celeste, mas não é sua culpa — Billie tentou dizer mais uma vez, mesmo que no fundo, ela soubesse que suas palavras não surtiriam efeito para Eleanor.

— Nada que você diga vai fazer com que eu me sinta melhor, Bil... mas... — Eleanor suspirou, antes de continuar — Eu quero... Quero te ajudar com o caso. Acho que vou ficar um pouco melhor se conseguir pegar o marido de Celeste —

Billie assentiu, mas antes que pudesse falar um pouco mais sobre o caso para Eleanor, ela se levantou, pegando Abel e colocando a pequena para mamar em um de seus mamilos.

Ao voltar a se sentar, Billie repetiu o que disse a namorada minutos atrás, mas ela não ouviu por estar perdida em pensamentos.

— Há algumas semanas, os vizinhos viram Celeste discutindo com o marido. Eles disseram que foi uma briga feia. Mas o que me deixou mais intrigada, foi que uma vizinha também disse que a viu discutindo com um homem desconhecido na porta de casa. Ela passou a descrição e não bate com a do Senhor Hans —

— Acha que pode ser um suspeito? — Eleanor viu a detetive assentir.

— Vou investigar mais um pouco. Eu mesma vou até o bairro onde Celeste morava amanhã, colher o máximo de informações que eu posso —

— Eu vou com você, quero te ajudar. Não vou descansar enquanto o assassino de Celeste não estiver preso — Eleanor declarou, com convicção.

•••

Billie e Eleanor marcaram de se encontrar em frente ao batalhão de polícia, já que Billie precisaria falar com o delegado antes de irem até o bairro de Celeste.

Eleanor desceu do táxi, andando em direção ao batalhão, mas antes que pudesse entrar completamente, uma voz a chamou, a impedindo de continuar.

— Olá, Jones — Eleanor suspirou ao ouvir a voz do homem que tanto odiava.

Ao se virar, e dar de cara com Erza, ela viu que não sentiu nenhuma falta do homem. Ele mantinha um sorriso sínico nos lábios, típico. 

Estava diferente de algumas semanas atrás, quando assinou os papéis do divórcio e simplesmente sumiu da vida do casal.

Eleanor estranhou o sumiço de Erza, mas de alguma forma... Ela sentiu que ele voltaria.

— Olá, Hall. O que faz aqui? — ela perguntou, não se deixando intimidar pelo homem a sua frente.