Elizabeth não sabia para onde estava indo, mas ela seguiu um rumo que não conseguia, chegando finalmente a uma mercearia local.
Com os poucos trocados que havia no bolso, ela comprou alguns legumes para o jantar, levando o dobro de tempo para escolher os alimentos, a fim de dar mais espaço para a filha e a namorada conversarem.
Ela papeou com algumas donas de casa que encontrou pelo caminho, se orgulhando ao dizer que a filha era detetive, e que estava na cidade para passar um tempo com ela.
Longos minutos depois, Liz voltou para a casa de Eleanor, agradecendo a Deus por não se perder no caminho.
Quando abriu a porta, se animou ao ver que as duas ainda conversavam, agora um pouco mais íntimas.
Billie estava deitada no sofá, e Eleanor estava deitada sobre o seu corpo, enquanto as duas conversavam e trocavam carinhos.
Liz fechou a porta, chamando a atenção das mulheres, que se levantaram rapidamente, com vergonha do flagra.
— Acredito que já está na hora de eu ir, Nell. Só vim para podermos conversar — Billie diz a namorada, se sentindo sem graça com a presença da mais velha ali.
— Não! Nada disso — quem responde é Elizabeth, se aproximando — Eu comprei alguns legumes, e vou preparar o jantar para vocês, não se atreva a ir, detetive —
Eleanor ficou um pouco sem graça com a insistência da mãe, mas ela se acalmou quando viu que Billie aceitou a ideia, sem que a mãe falasse algo a mais.
Nell limpou a garganta, se lembrando de apresentar as duas.
— Bil, essa é minha mãe, Elizabeth. E mamãe, essa é minha... — Eleanor fez uma pausa rápida, pensando se Billie se sentiria confortável com o termo que ela usaria —... Minha namorada, minha namorada Billie —
Billie sorriu largo, apertando as mãos de Elizabeth. A mais velha a puxou para um abraço que durou longos segundos.
Elizabeth claramente não se importava com o que os conservadores diziam sobre os relacionamentos homoafetivos.
Ela fora religiosa um dia, e assim como metade dos americanos, colocou seu amor e sua fé em um Deus específico. E ela confiava nele com todo o seu ser, até sua filha sofrer na mão de um homem que dizia-se compartilhar da mesma crença que ela.
Elizabeth não se importava com quem Eleanor ficasse no fim do dia. Ela só queria que a filha ficasse... Bem.
Bem consigo, e com o parceiro, ou melhor, a parceira.
— E essa coisa linda? — Elizabeth perguntou, dessa vez em voz baixa, percebendo que a pequena no carrinho dormia.
— Essa é Abel. Minha menina — Billie quem respondeu. A detetive pegou a filha no colo, na tentativa de apresentá-la para a mãe de Eleanor, mas a mais nova apenas se aconchegou mais em seu peito, não demonstrando que acordaria tão cedo.
— Ela dorme tanto, mamãe. É igual a senhora — Eleanor brincou, recebendo um olhar sério da mãe.
— Me respeite, Eleanor — Liz ficou séria, mas logo riu, tendo que concordar com a filha — Deixarei as duas conversarem. Tenho algumas coisas para fazer — Elizabeth se despediu das duas, indo para a cozinha, mesmo não sabendo onde ficava.
— A cozinha é do outro lado, mamãe! — Eleanor gritou, vendo a confusão da mãe.
— Eu sabia! — Elizabeth respondeu em um grito, indo finalmente para o seu destino.
Mais uma vez sozinhas, o casal pôde finalmente suspirar aliviadas.
Eleanor sabia que a mãe seria educada com Billie e que as apoiaria, ela só estava com medo de que algo desse errado.
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A Detetive de um Caso Perdido •Billie Eilish• ✅
FanfictionHá uma série de assassinatos acontecendo na grande cidade de Manhattan. Sem pistas e detalhes sobre o assassino que está aterrorizando a população, a polícia local decide convocar uma das melhores detetives da cidade, que estava até então fazendo um...