Epílogo

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O tempo foi passando, e com ele os meses foram seguindo.

Logo, os meses viraram anos, e esses anos correram tão rápidos como podiam se contar.

O amor que Billie e Eleanor sentiam uma pela outra fora ficando cada vez mais forte. Conforme os anos se passavam, elas sentiam que se amavam cada vez mais.

Mudanças ocorreram. Mudanças como, quando mudaram de casa, indo para Londres, onde a cidade era mais movimentada e havia mais casos para Billie solucionar. Ou mudanças quando se viram em um lugar onde tantas pessoas como elas morriam por serem quem é, fez com que as duas tomassem cuidado ao demonstrar afeto na rua onde moravam, no quintal, com medo da reação das pessoas.

E o amor das duas, mesmo com o preconceito do mundo exterior, ainda continuou crescendo.

Certas coisas foram perfeitas para o fortalecimento do relacionamento. Ver as meninas crescerem, vê-las ir para escola todos os dias, ver Ariella chamando as duas de mães, ou Abel chamando Eleanor de mamãe pela primeira vez. Vê-las se formar no ensino médio, vê-las entrar na faculdade.

Pequenas coisas, que derretiam o coração das duas.

A cada dia Ariella se parecia mais com a mãe, com seus cabelos repletos de cachos, e sua pele tão bela como a jaspe marrom usada em seu colar.

Emilly teria orgulho da mulher que sua pequena se tornou.

Ella seguiu a carreira das mães. Não teve dificuldades para entrar na acadêmia de polícia ou conseguir um emprego, já que a detetive O'Connell era famosa na grande cidade, e sua filha, havia adquirido seus talentos para a investigação.

Ela se tornara tão famosa quanto a mãe um dia era, era amada e respeitada por todos na cidade.

O trabalho era seu segundo lar, e todos os dias, ela dormia, esperando acordar e ir para ele. Para assim, fazer o que mais amava.

Ariella arrumou os cachos, formando um coque bem feito. Ela ajeitou o sobre-tudo, descendo as escadas de casa e encontrando toda a família na mesa, tomando o café.

Tentou ser o mais silenciosa possível, saindo do campo de vista das mais velhas. Ela já estava atrasada para o trabalho, e precisava sair logo, mas não conseguiu. Ela nunca conseguia.

Nem pense em sair sem tomar café, Ariella! — Eleanor quase gritou para a filha.

— Nunca, mamãe. Estava apenas... Verificando o tempo — como se a grande Londres tivesse outro clima que não fosse o chuvoso.

Eram raros os momentos que as nuvens se abriam e deixavam escapar os raios solares.

— E então, como foi seu dia? — Billie perguntou, colocando as panquecas em cima da mesa.

— Foi bom. Descobri que sou a detetive que mais solucionou casos no esquadrão — ela sorriu, orgulhosa de si mesmo.

— Convencida — Abel murmurou para a irmã.

A loira estava com o rosto enfiado nos livros, estudando para uma prova que teria naquele dia. Era seu último ano na faculdade, e ela estava nervosa e ansiosa com tudo.

A formatura que se aproximava.

Diferente do restante da família, Abe se interessava muito pelo lado científico. E estava cursando engenharia espacial.

Como um dia cursou seu pai.

— O que fizeram ontem a noite? Ouvi um barulho estranho na madrugada — Ella perguntou.

— Fui eu! Fiquei inquieta a noite inteira, fui dormir na sala — Eleanor respondeu, sem olhar para os membros da família ali.

Billie se virou, olhando para a mulher com a sobrancelha arqueada, faziam alguns dias que a mulher estava assim.

A Detetive de um Caso Perdido •Billie Eilish• ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora