Glossário Amos e Masmorras

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Não lembro se tinha colocado isso... se já  ignorem

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Glossário Amos e Masmorras

Diz a Wikipedia:

 
24/7: a relação que se estabelece de forma permanente —  e em alguns casos com pretensão de
irrevogabilidade , —  24 horas por dias, nos sete dias da semana.

Adult baby: (ing.) jogo de fantasia em que uma das partes adota o papel de bebê, que deve ser mimado, vestido, limpo, educado…

Age play: (ing.) termo genérico para todos os jogos de fantasia em que se estabelece a fantasia de
que uma das partes é de idade infantil ou adolescente.

Algolagnia: (lat.) também se usa o termo algolagnia. É uma das definições paramédicas do erotismo relacionadas à dor, podendo ser passiva ou ativa, despertando o erotismo através da dor ou ao causá-la em outras pessoas.

Amo/a: é uma das acepções com a qual se designa o dominante em uma relação D/s— em relações S/M não é tão usual, ainda que utilizada em alguns casos. Nos jogos de interpretação, principalmente na cena anglo-americana, usa-se o termo Top. Outras denominações são Professor, Dom, Senhor ou Mestre.

Animal Training : (ing.) treinamento de mascotes humanos, cuja parte passiva faz o papel de animal
de estimação (cachorro/a, pônei, etc.).

Anel de O: referência ao clássico contemporâneo da literatura BDSM, “História de O”, de Pauline Réage (publicado em 1954). Trata-se do anel que aparecia no filme (realizado em 1974) e que as submissas usavam quando eram levadas ao Clube por seus Dons para seu adestramento e/ou iniciação, como mostra de seu estado de submissão aos homens “sócios” do Clube. É um anel de prata, com um pequeno aro na frente. Recentemente os Dons possuidores de submissas começaram a usá-lo, porém são usados na mão esquerda enquanto elas usam na mão direita. Na realidade, o anel mostrado no filme não é o que aparece no romance original de Pauline Réage, que é baseado nos símbolos celtas e que carecia de um aro frontal.


Animal play: (ingl.) ver mascota, jogos de.

Arnês (arreio) de pônei: complementos de couro, metal ou combinados, que se colocam na submissa para encenar seu papel como pônei. Podem ser de corpo, de cabeça, de cintura, etc. 

Arnês (arreio), bondage de: um tipo de bondage que se acopla a todo o corpo da submissa,
incluindo os seios, ventre, braços e pernas. No bondage japonês (tipo shibari), recebe o nome de Karada. 
 
Arnês (arreio), de corpo ou corporal: um tipo de vestimenta, muito usada e apreciada nos cenários S/M e D/s. Consiste em tiras de couro e/ou metal que enlaçam o torço, com certas reminiscências da imagem que se tem dos gladiadores Vauses e de um traje “escravista”.  Consiste em tiras de couro e correntes de metal finas, que deixam os seios a mostra. Os homens submissos também costumam usar, apenas com algumas variações. Na sua  versão "gladiador Vause" é um artefato muito famoso no cenário S/M homossexual masculino.  

Auto-bondage: Atamentos com corda (bondage), com plásticos largos (mumificação) ou com tiras de borracha (cinching) feitos por uma pessoa em seu próprio corpo. Pode haver diversas motivações: como prática sensualmente agradável em si mesmo, como quem massageia os próprios pés, por exemplo. Nesta forma, é muito difundida nos Estados Unidos. Também é usado como um recurso em casos de relacionamentos à longa distância, onde o/a submisso/a segue as instruções do Dominante por telefone, irc, correio eletrônico, notas, etc. Além disso, também pode ser usado como um recurso em períodos de ausência nas relações estáveis, ou como auto-aprendizagem do próprio corpo e suas reações, por parte de uma submissa que deseja progredir na entrega e compreensão de tal entrega. Finalmente, como atividade erótica, ligada ou não, anterior ou não a outras atividades auto erótica. Devido às suas características especiais, deve ser praticado com grande precaução, sendo sempre uma prática arriscada.
   
Auto-asfixia: prática erótica de alto risco. Consiste em dificultar a própria respiração até alcançar o êxtase sexual. Registra um elevado número de mortes acidentais e é desaconselhada por quase todas as organizações e personalidades do BDSM.

Açoites: bater com a mão e, por extensão, com um instrumento específico - chibata, rabos de gato, chicote, pá, etc. - ou com objetos de uso cotidiano - chinelos, raquete de tênis de mesa, régua, vara, etc. - em alguma uma parte do corpo do submisso, seja como punição por conduta imprópria, como parte de seu relacionamento, ou como preparação para jogo sexual. Os puristas interpretam que a surra é só quando se bate com a mão nas nádegas nuas do submisso, portanto, as outras variantes recebem outros nomes (canning, os açoites de Canne, ou vara vegetal, flogging ou flagelação, para os açoites com flogger ou rabo de gato suave, etc.) O chicote é usado indistintamente nas relações de D/s e S/M, ainda que com diferentes motivações e rituais. Pode chegar a atingir uma carga erótica singularmente alta, e não é incomum que o dominante deva regular o ritmo e a intensidade dos mesmos, para evitar um orgasmo inesperado do submisso.

Bastonada: (Do latim: “bastonis”,” bastum”) castigo com um bastão rígido, de preferência nas solas
dos pés.

BB: (Ing.) abreviatura para os bondages ou atamentos dos seios.

B & D: (Abrv.) abreviatura para Bondage e Disciplina, uma fórmula que foi usada para diferenciar o, S / M e, paradoxicalmente, logo formou a base do conceito genérico de BDSM.

BDSM: (Abrv.) acrônimo para a comunidade que pratica uma sexualidade não convencional e estilos de vida com intercâmbio de poder (EPE), entre outros. Seu significado vem a ser Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo.

Bizarr: (Ing.)  bizarro, relativo ao sexo extremo ou atividades extremas de BDSM, por extensão e em certas partes do mundo anglossaxão, tudo relativo à sexualidade não convencional incluindo o BDSM.
  
Bondage: (Ing.) jogos de ataduras ou imobilizações, que pode ser feito com cordas, cintos de couro, seda, lenços, correntes, etc., com um propósito estético, ou para imobilizar a submissa durante uma sessão ou durante seu uso sexual.

Bottom:  (Ing.) Termo em inglês para se referir ao praticante na posição de submissão, entrega, masoquismo, obediência, etc. Submisso/a, passivo/a.

Branding: (ing.) marcas e sinais feitos com fogo, a utensílios aquecidos até ficarem vermelhos, etc.

Breath Control: (Ing.) controle da respiração.

Cane:  (ing.) termo usado para designar varas de bambu o de madeira de fresno (tipo de árvore), com as que antigamente se praticavam os castigos nas escolas vitorianas. 

Canning: (ing.) Açoites praticados com uma vara de bambu,  madeira de fresno flexível ou similar.

Castigo: No cenário D/s, esta palavra tem múltiplos significados, nem sempre coincidentes. Em geral, é uma dessas palavras que em cada relação tem um significado diferente e muitas vezes oposto. Pode se referir à ação de um dominador sobre a pessoa submetida, para penalizar uma falta dela ou simplesmente por prazer do mesmo, ou ainda provocado pela submissa, em busca de seu próprio prazer. Também é simplesmente uma chave verbal mútua, para denominar o ponto de arranque de uma atividade sexual, integrada na relação de dominação-submisão que ambos mantém.

Cavalete: elemento de madeira ou ferro, imitando os antigos instrumentos punitivos da Idade Média, usado em jogos de restrição de movimentos no BDSM. 

Cenário: pode referir-se tanto à realidade da comunidade BDSM em um país ou cidade concreta, como à parte estrutural, cênica, de uma sessão com práticas BDSM. 

Cenários médicos: jogos em um cenário "clínico", onde o dominante costuma exercer o papel de "doutor/a" ou "enfermeiro/a", e a/o submissa/o de "paciente". É complementado com objetos e móveis especiais, como cadeiras ginecológicas, macas, instrumental de observação, e utensílios médicos ou paramédicos, destinados à recriar uma fantasia de cenografia clínica. Pode incluir enemas (um tipo de sonda que introduz líquido no ânus para lavagem, purgação ou administração de medicamentos), agulhas, massagens, inspeção vaginal ou anal, etc.

Cinching: (ing.)rodear o corpo submetido com uma cinta de látex, rubber, cinta americana, etc. Ver mumificação.

Palavra-chave: (Ing.) ver Palavra de Segurança.

Código: Conjunto de regras impostas em uma cena de BDSM em relação ao comportamento e vestuário.

Código de vestuário: o que se costuma ser necessário ou recomendável ao participar de uma festa BDSM privada ou pública. Costuma ter o preto como cor essencial, e elementos fetichistas femininos (corsê, sapatos de salto), assim como uma estética identificadora nos materiais (coro, látex, vinil, rubber, etc.) e nos acessórios (colares de submissão, elementos simbólicos, etc.)

Colar: feito de couro ou metal, simbolizam a entrega. Podem ser extremamente sofisticados, estilizados ou espessos e de 'castigo', usados em sessões íntimas ou em público. Costuma ter um ou mais ganchos para encaixar uma guia, a qual o dominador maneja ou usa para imobilizar a submissa ou o submisso. Colar de pérolas é um termo coloquial no jargão sexual, no qual o nome ejacula no ou próximo ao pescoço, tórax ou seios de outra pessoa.

CNC: (abrv.) do inglês "consensual non-consent". Ver meta-consenso, consenso. 

Consensual: toda atividade ocorrida no BDSM, deve ser, por definição, previamente acordada entre os participantes, ou seja, deve ser consensual. 

Consensual non-consent: (ing.) ver meta-consenso.

Controle de respiração: prática considerada como extrema e de alto risco que consistente em controlar a respiração da pessoa submetida por meio de diferentes sistemas. Sem considerar a intensidade do prazer sexual que pode causar, é altamente desaconselhável. É a prática que foi material de base para o filme “O Império dos Sentidos”, que aborda um caso real onde tal prática causou a morte do amante. 

Contrato de submissão: uma prática conhecida em alguns setores minoritários do BDSM, cujos conteúdos, alcance, limite, pacto e até mesmo a duração da relação, se fixa por escrito em um Contrato. Este tem um caráter meramente simbólico, pois carece de valor legal. 

Cruz de Santo André (St. Andrew): Uma cruz de madeira, em forma de xis, em que se atam nas extremidades os tornozelos, pulsos e outras partes do corpo da pessoa submetida. O objetivo é deixá-la exposta e indefesa, para exaltar a entrega. É combinada com outras atividades: bondage, pinças, açoites, etc. 

Cruz (Roda) de Wartemberg: usada antigamente nas masmorras da Idade Média. É composta de uma roda de madeira sobre um eixo móvel, é usada no BDSM em jogos de dominação e/ou sadomasoquismo, geralmente é colocada em posição vertical. A parte passiva do jogo é sujeitada à roda pelos tornozelos, pulsos, antebraços, pernas e cintura, a roda é girada até se inverter a postura, a fim de ampliar a sensação de "impotência". 

Clinical, clínico:  (ingl.) ver cenários médicos. 

Devot: (lat.) submissa, submisso; denominação habitual nas áreas de língua alemã.

Disciplina: Imposição de normas de comportamento. São elementos muito comuns nos jogos de EPE (intercâmbio erótico de poder) ou de dominação-submissão. Ao serem infringidas impõem a necessidade de castigar a pessoa submissa. 

Disciplina inglesa: costuma-se dar essa denominação à flagelação erótica, assumindo que parte do uso durante a época vitoriana se fazia dos açoites nas escolas inglesas, e seu emprego atual é como meio "disciplinador" nos jogos de "educação". 
 
Doma: educação na arte da submissão, exercida sobre um submisso/a pela parte de seu  Ama/o. 
  
Dom: (abrv.) de Dominante
  
Domina: se refere à mulher que exerce um papel ativo ou dominante em uma relação BDSM. 

Dominatrix: vocábulo que costuma se designar a profissional da chamada dominação feminina, vinda da prostituição especializada. Não se costuma usar como sinônimo de ama não-profissional. Ver domina. 
  
Dominante: pessoa que exerce de maneira natural ou por jogo uma relação de poder sobre outra ou outras, que inclui – mas não necessariamente– a área sexual. 

Dominação: relação de tipo especial, pela qual uma pessoa "toma as decisões" por outra, em tudo, ou naquilo que ambos tenham "acordado" (EPE). Pode ser de muitos tipos: reservada exclusivamente ao campo sexual, global, com ou sem exclusões, temporal (apenas durante os encontros de ambos), permanente (denominada 24x7), exclusiva e excludente ou de caráter polígamo, heterossexual ou homossexual, exercida pessoalmente ou à distância. 
 
Dominação à distância: exercida na ausência da presença física do dominante, usando algum sistema de comunicação à distância, como telefone, internet, mensagens, etc. 
 
  Dominação feminina: jogos onde a parte feminina assume o papel dominante, e  parte masculina, o submisso. 

D&S (DS, D/s): (abrv.) siglas representativas das relações de Dominação-submissão. 

Edgeplay: (ing) jogo no limite do que é permitido, onde práticas extremas  assumem situações de risco sem abandonar a norma essencial do consenso prévio.

Entrega: a cessão de poder (de decisão) que a parte submissa faz ante seu dominante, assim como a sensação que experimenta e transmite. 

EPE: (abrv. ing.) Erotic Power Exchange
 
EPEIC (abrv. Ing.) Erotic Power Exchange Information Center 

Erotic Power Exchange: (ing.) Intercambio Erótico de Poder, relações nas quais a pessoa submissa cede parte ou a totalidade de sua capacidade de decisão, de forma consensual, ao dominante. No castelhano se usa muito mais a denominação "relações de dominação-submissão" ou a abreviatura, D/s. 
 
Escrava, escravo: na comunidade BDSM é uma das denominações consensuais para quem assume o papel passivo ou submisso. 
 
Escrava goreana: entende-se por esse nome a parte passiva num jogo de papéis de caráter sexual, inspirado nas novelas da saga de Gor, escritas por John Norman.
 
Espaço submisso: refere-se à uma situação de êxtase, uma espécie de transposição corporal que, às vezes, ocorre à uma submissa durante uma sessão de BDSM, quando esta alcança uma notável intensidade sensorial. 
  
Estúdio: denominação usual para as salas privadas, decoradas apropriadamente, onde se exerce a prostituição especializada em cenários BDSM. No ambiente não profissional costuma-se empregar o termo "masmorra" ou "sala de jogos".   femdom: (ing.) Termo inglês pelo qual é conhecida a dominação feminina. 
 
Fantasia, jogos de: todos aqueles em que a pessoa dominante e a pessoa passiva adotam um papel consensual e complementar, que puede ter conotações sexuais, mas não necessariamente. Exemplos disso são os jogos Amo-submissa, Senhora-escravo, Professor-aluna, Enfermeira-paciente, etc. 

Feminilização: ato consistente na transformação de um homem submisso em "mulher", com trajes, adereços ou atuações apropriadas. Costuma ser realizada pela "ordem” de uma mulher, que assume neste caso o papel dominante. 
 
Fita americana: tipo de fita adesiva larga, muito valorizada nos cenários BDSM por sua textura e praticidade para ficar os pulsos ou tornozelos, ou para realizar coberturas parciais ou totais.

Flagelação: consiste em açoitar, como parte papel sexual, por meio de látegos ou similares. 

Flog, flogging:  (ing.) açoitar com um rabo de gato como jogo sexual. 

Flogger: (ing.) em inglês, chicote para azotes. 
 
Fusta: vara flexível ou látego comprido e fino que pelo extremo superior tem um trançado de correia que se usa na equitação. A fusta de montar normal é uma vara forrada de couro com uma pequena franja de couro dobrada ao meio como açoite. Também podem ser forradas de nylon com uma corda de com cerca de três centímetros como açoite e mede geralmente cerca de 70 cm. As de salto e adestramento medem mais de um metro.  Seu emprego é muito difundido tanto no SM como na DS, seja como instrumento de açoite erótico ou como instrumento simbólico usado pelo Dominante. 

Gato: por extensão, qualquer tipo de chicote formado por várias tiras 

Gato de nove caudas: gato de tiras, chicote que varia entre 40 cm e um metro e meio, com varias caudas ou tiras (o típico nos antigos castigos da marina britânica, tinha nove), ao contrário que o látego clássico, de uma só tira. Seu uso é muito frequente na chamada flagelação erótica dentro do BDSM.
 
Hogtied: (ing.) uma figura de atamento ou imobilização muito praticada nos jogos de BDSM , que consiste em unir, enlaçados entre si por cordas ou similares, os pulsos e tornozelos da pessoa passiva, como passo prévio a outros jogos sexuais ou como atividade própria. 
 
Historia de 0:  novela da escritora francesa Pauline Réage (pseudônimo de Dominique Aury) publicada em 1954. É considerada uma das obras-primas da literatura BDSM contemporânea. 
 
Infantilismo: Fetichismo consistente em vestir-se de bebê e usar roupas, objetos y apetrechos de crianças pequenas. 

Iniciação: trata-se de um espaço muito ritualizado, pelo qual se "consagra" a entrega da pessoa submetida e a aceitação desta por parte do dominante. Os rituais dependem de cada dominante, mas costumam compreender uma espécie de introdução formal em cada um dos aspectos da submissão —  sempre a juízo do Dom. A submissa, banhada em óleos e rodeada de uma liturgia muito especial, se desliza por uma série de pinturas oníricas e de forte conteúdo sexual.

Intercâmbio de Poder: ver EPE.

Jogo: denominação usual para as atividades consensuais dentro do BDSM. 
 
kajira: é o nome empregado na saga de ficção de Gor para designar a uma escrava. Usa-se para
identificar a submissa que segue, em sua relação, os rituais e práticas descritas em tais livros. Ver Gor. 

kinky: (ing.) palavra usada para designar qualquer tipo de atividade sexual não convencional, ou para
qualificar uma mentalidade aberta à exploração e à experimentação de novas atividades. 

Lady: usada, entre outras denominações, no BDSM para designar a uma mulher dominante. 
  
Chicote: instrumento do jogo sexual usado no sadomasoquismo, e também em outras sub-culturas do BDSM, como a disciplina inglesa e as relações D/s. 

Leather Pride: (ing.) a bandeira do Orgulho Leather (em inglês, ‘couro’) foi desenhada pelo ativista americano Tony DeBlase em maio de 1989 e se tornou símbolo de identidade para toda a cultura BDSM.
 
Lord: (ing.) Uma das denominações empregadas para designar a um homem dominante, pouco usual no cenário espanhol. 

Limites: pacto estabelecido antes da sessão, se é pontual; ou à relação, se global, com respeito  ao que as pessoas que o estabelecem NÃO querem fazer. Os limites variam de pessoa para pessoa e em cada situação. 

Mestre: Aquele que controla um jogo sexual de dominação e submissão, que dirige o bondage ou alguém que é um aclamado expert em alguma técnica BDSM. É usado também como sinônimo de tutor, ou como mostra de respeito para um reconhecido e famoso dominante. 

Marca: inscrição de figuras ou letras no corpo, que se permanente, costuma ser feita com ferros quentes. As zonas preferidas são: nádegas, ventre e sexo. Mas caso seja temporária, é feita com outros instrumentos, como açoites ou palitos com protuberâncias agudas. 

Mascote/bicho de estimação: termo usado nos jogos de fantasia onde a parte passiva adota os usos e comportamentos de um "animal" de estimação. O "treinador" é representado nesse caso pela parte ativa. 

Masoquismo: define o prazer sexual relacionado com a dor recebida. O termo foi descrito pelo médico alemão Kraft Ebbing, baseado no austríaco Leopold von Sacher-Masoch, que escreveu várias obras ( "Venus in Furs" entre outras) descrevendo os prazeres sexuais da dor. 

Maso:  forma coloquial para masoquista ou masoquismo.

Master: (ing.) mestre, usual no cenário BDSM para denominar o homem dominante.
 
Masmorra: lugar habilitado para atividades dentro do BDSM ou especificamente  sadomasoquistas, dotados de móveis e acessórios que imitam aos que se encontravam nas antigas masmorras, porém desenhadas para realizar jogos de fantasia sexual. 
 
Meta-consenso: forma específica do consenso usual no BDSM, na qual a parte submetida pede que seja o dominante quem julgue a conveniência ou no de interromper a sessão, quando isto seja solicitado pela parte submetida. É um conceito controverso em certas esferas do BDSM, ainda que fosse de uso frequente na época pioneira da Old Guard. 

Mumificação: Envolvimento completo do corpo submetido, usando a fita americana, plástico de embrulhar ou vestidos justos de látex, couro ou rubber, especialmente desenhados para isso. Geralmente é considerado como um subgênero do bondage. 
 
Mordaça: Qualquer objeto que abafe o som procedente da boca. É usado como enfeite ou como complemento do jogo, acentuando a privação sensorial. 
 
Mordaça de bola: acessório formado por uma bola de silicone ou similar, inserida numa tira elástica ou de coro. É introduzida na boca da pessoa passiva e atada à tira que envolve a nuca, simulando um processo de privação sensorial. 
 
Movimento do Coro: movimento iniciado nos anos 50 com alguns dos soldados que voltavam da II Guerra Mundial, relacionado com a estética homossexual do coro e das motos, Tal movimento deu início a época da Old Guard, em meados dos anos 70, como precursora do BDSM pansexual. 
 
Negociação: processo consensual antes de um jogo, sessão ou relação do tipo BDSM, em que se estabelecem os pactos que regem os extremos tais como, a intensidade, os riscos, a palavra de segurança, os limites, etc.

New Gard: (ing.) Nova Guarda. No princípio dos anos 90, começou o que hoje conhecemos como o período da New Guard, que se caracteriza pela decidida abertura do mundo heterossexual e da homossexualidade feminina, a aceitação do fenômeno switch, a inclusão de elementos de sensibilidade interior (dominação psicológica, relações D/S sem inclusão de traços sadomasoquistas, etc.), a aceitação de quem praticava o
"apenas o jogo", além da participação ativa da mulher heterossexual no BDSM. [3]
 
Old Gard: (ing.) É a época pioneira do BDSM,  em meados dos anos 70, e seu livro de cabeceira é o Leatherman's Handbook. Durante este período, o movimento conservou sua vinculação com o mundo homossexual masculino, sem dar espaço aos mundos héteros y rechaçando a aceitação do fenômeno switch (isto é, quem se confessava cômodo em ambos os papéis). Também negavam frontalmente a adimmisão de quem considerasse as relações B/D e S/M como "apenas jogo". Os ativistas dessa época eram favoráveis às relações de meta-consenso e apenas em extremas exceções o establecimiento de limites. 
 
Other World Queendom: Em 1997 surge na localidade de Cerna, a 150 km de Praga, Tchecoslováquia, e é um centro da denominada dominação feminina mediante pagamento, construído ao redor de antigas mansões ducais, nas quais "reina" a mulher dominante (profissional) sob o olhar da Rainha Patrícia I, onde todos os homens são
"escravos" que pagam pontualmente seus "impostos". 
 
Palavra de segurança: A palavra-chave (também chamada assim) é usada pela parte submissa para indicar de forma rápida que o grau, as circunstâncias ou a atividade que se está desenvolvendo, não é ou está de seu agrado e que deseja parar. A ética do BDSM pré-estabelece que em todo momento a parte dominante respeitará tal manifestação e interromperá a sessão. 

Parafilia: termo clínico empregado para designar o gosto intenso por uma determinada prática, geralmente relacionado com o prazer sexual por meio de alguma atividade concreta como o fetichismo,  bondage, o sado-masoquismo, o voyeurismo, etc. 
 
Passivo/a: designa a parte submetida ou submissa; se usa especialmente nas relações sadomasoquistas e com muito menos frequência nas de tipo D/s.
 
Pet play: (ing.) jogo com mascotes, jogo de fantasia em que a parte submissa adota o papel de um mascote de estimação. 

Poder, intercâmbio de: ver EPE.

Pony-play: a pessoa submetida (ponygirl, ponyboy) adota um papel de montaria equina, que pode contar com elementos enriquecedores da estética D/s, tais como máscaras, arreios de cabeça, selas de montaria especiais, látegos de doma de cavalos, etc. Também pode adotar uma forma lúdica, combinada com açoites, e inclusive com o jogo sexual. 

Pinças:  muito usadas em relações D/s e S/M, são utilizadas para pressionar diferentes partes do corpo. Usam-se pinças de madeira ou plástico, pinças metálicas especiais, etc. Geralmente são usadas nos mamilos, áreas próximas, lábios vaginais, incluindo o clitóris, escroto, testículos e pênis nos homens, braços, etc. 

Potro: similar ao potro usado em competições ginásticas, com ligeiras modificações no tamanho e altura, e com a adição de elementos de fixação. Usa-se para imobilizar, açoitar, e muito frequentemente para interagir sexualmente com a pessoa submissa. Provém da herança medieval das salas de tortura.
 
Potro de Berkley: desenhado na metade do século XIX por uma dama inglesa com esse nome, dedicada à flagelação profissional, e destinado a imobilizar as pessoas que desejavam ser flageladas. Ganhou rapidamente uma grande popularidade entre os partidários da chamada disciplina inglesa. 

Privação sensorial: todo jogo ou atividade em que se priva, consensual e temporariamente, à parte passiva de um ou vários sentidos: a fala, a capacidade de movimento, a visão, etc., por meio de mordaças, cordas, lenços de seda, etc. Seu objetivo no jogo é promover ou acentuar a sensação de se estar indefeso, como instrumento de excitação mútua, ou como parte de uma relação D/s. 
 
Quagmyr: promotor e desenhista do triskel símbolo do BDSM mundial, entre outros. 
 
Queda pós-sessão: um estado semelhante à depressão, que pode ocorrer com a pessoa submissa depois de uma sessão, especialmente se nesta sessão forem alcançados níveis notáveis de sensações. Recomenda-se repouso temporário, paz e tranquilidade. Normalmente desaparece em pouco tempo e, por si só.

Racsa:  (abrv.) equivalência hispânica do rack, que para uma parte da comunidade BDSM veio a substituir com mais precisão o uso do SCC, como elemento definidor do BDSM. Significa risco assumido e consensual para o sexo alternativo (ou não convencional). 

Rebenque: antigo instrumento de castigo nas marinhas mercantes e de guerra, usado no BDSM hispânico em jogos sadomasoquistas. 
 
Roissy: mansão onde se desenvolve, em grande parte, a novela considerada como a obra-prima do BDSM, a História de O. 
Rubber: (ing.) polímero sintético que comercialmente se apresenta com a aparência de uma borracha preta, usado entre outros, na confecção de artigos e roupa de tendência fetichista. Especialmente presente na subcultura homossexual do S/M.

Sadismo, sádico/a: envolve atos nos quais o indivíduo obtém excitação sexual do sofrimento psicológico ou físico (incluindo humilhação) do parceiro submetido.

Sadomaso: coloquialmente, sadomasoquista ou sadomasoquismo.

Safeword: (ing.) ver palavra de segurança.
 
Sane, safe and consensual (SSC): (ing.) são, seguro e consensual : lema criado pelo ativista David Stein em 1983 e que para muitos ativistas do BDSM identifica a maneira correta de praticá-lo. 

S/M : abreviatura de Sadismo/masoquismo ou mais usualmente,  sadomasoquismo. 
 
Servir de criada: atuar de uma forma exagerada e encenada, numa dramatização da figura de criada, enfatizando as atividades que realizaria: limpar, servir comida ou bebida, etc. 
 
Servir de móvel: a pessoa submissa se coloca no papel de móvel, geralmente uma mesa, onde se colocam pratos, copos, cinzeiros, etc. 

Servir de WC: a pessoa submetida se oferece para que o dominante utilize seu corpo e/ou suas cavidades como recipiente de sua urina e/ou fezes. 
 
Sessão: o espaço de tempo dedicado a atividades BDSM específicas, que podem incluir práticas sexuais. Pode durar alguns minutos, horas ou até mesmo dias. 
 
Shibari: (jap.) Variedade tradicional do bondage japonês. 

Sir: (ing.) um termo usado para designar ao homem dominante nas relações de BDSM. 
 
Sissificação: palavra que expressa a conversão de um submisso (excepcionalmente também uma submissa) em uma forma extremamente bucólica de donzela.

Submeter, submetimento, submetido/a: todo o complexo de atividades mediante as quaies um dominante estabelece seu domínio sobre a pessoa submetida, podendo ser de caráter exclusivamente sexual, ou abranger todas e cada uma das facetas da vida (24/7). 
 
SpanQueen: (ing.) açoites eróticos propiciados geralmente com a mão, ou com um objeto. Ver açoites. 

SSC: (abrv.) abreviatura de sane, safe and consensual. Ver São, seguro e consensual.

Sub: (ing.) submissa, submisso.

Subcultura BDSM: a identificação do BDSM como subcultura, ao se entender que possui uma identidade social própria e unitária, uma linguagem interna e um desenvolvimento cultural autônomo. 
 
Subspace: (ing.) aplica-se à situação, que para alguns tem elementos do transe místico, ao que pode chegar uma pessoa submissa durante uma sessão, ao traspassar a barreira das sensações físicas e entrar no chamado "espaço submisso". 
 
Suspensão: elevação e permanência, por meio de ataduras e sem tocar o chão, em alguma das formas existentes (pendurando os pulsos. pulsos com tornozelos e vice-versa, a cintura nos arreios de suspensão, etc.)
 
Submissa, submisso: definição adotada para a parte passiva em todas as relações em que uma das partes desenvolve a responsabilidade sobre a ação, enquanto que a outra — a passiva—  cede o controle da situação ao seu companheiro/a. É típica das relações de dominação/submissão, D/s, ainda que nem tanto nas relações sadomasoquistas (S/M). 
 
Submissa: é o contra-ponto à dominação, a pessoa que se submete a outra, lhe entrega determinadas parcelas de sua livre escolha, em que ambas as partes estejam de acordo. 
 
Switch: (ing.) é quem gosta de exercer ambos os papéis (submisso e dominante), dependendo da circunstância e da outra pessoa. 

Top: (ing.) termo equivalente a ativo, dominante.
 
Tortura de pênis: manipulação do pênis, da glande, do escroto e dos testículos, para conseguir sensações de dor mais ou menos acentuada. Usa-se a mão, golpes com pás, varas, cera, correntes, gelo, pinças, agulhas, fixações, etc. 
 
Total Power Exchange: (ing.) Transferência ou Intercâmbio Total de Controle, relações do tipo D/s, onde não se estabelecem tempos combinados de sessão, nem limites fora dos que a razão impõe. A parte dominante assume o controle total da relação, durante todo o tempo. Outra versão do mesmo conceito é o de "relações 24/7". No entanto, pode haver relações TPE combinadas para uma única sessão, ainda que não seja o habitual. Abrange também o conceito d meta-consenso, indispensável em relações 24/7, TPE ou similares. 
 
TPE: (abrv.) ver Total Power Exchange
 
Trampling: (ing.) consiste em pisar na pessoa submetida ou ficar sobre ele/ela, seja com o pé descalço ou calçado. 

Treinamento:  a ação pela qual um dominante (Mentor, Mestre, Tutor, etc.) condiciona de forma ativa a resposta da submissa perante determinados estímulos. O objeto do "treinamento" é duplo, por um lado se justifica como um jogo acordado por ambos, e por outra parte se deseja "moldar", igualmente de forma consensual, o comportamento submisso. 

Triskel: no BDSM se usa o triskel de origem celta como símbolo da comunidade. Seu desenhista, Quagmyr, se inspirou na leitura da novela de Pauline Réage, História de O. 

Tutor: um tipo específico de mestre ou dominante, que se encarrega do "treinamento" ou preparação de uma pessoa submissa, mas considerando que o/a sub num momento posterior "recupere" sua liberdade e busque uma relação autônoma com uma pessoa dominante. Também pode ocorrer que a pessoa submissa já tenha estabelecida tal relação, e com o consentimento e conhecimento de todas as partes, se inicie um processo de "tutelagem" com um terceiro, neste caso o Tutor. 
 
Vício inglês, o: se refere à flagelação. No século XVII os franceses denominavam dessa forma aos que gostavam do açoite erótico  em qualquer uma de suas modalidades, por acreditar que se originasse diretamente do uso dos açoites disciplinares sobre as nádeas desnudas de alunas e alunos das escolas vitorianas. Também é o título de um conhecido livro científico sobre a historia da flagelação, escrito pelo hispanista inglês Ian Gibson. (Gibson, Ian, El vicio inglés. Barcelona: Planeta, 1980 / The English Vice. London: Duckworth, 1978.) 

NOTA: Este dicionário está integralmente extraído da WIKIPEDIA

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