Dragões e Masmorras DS

Gostaria do que ia encontrar?

Boa leitura

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“Tem namorada?” pensou, surpreendida pela livre separação de seu cérebro. 

Mmm, bom, não deveria importar se ela tinha namorada… Em todo caso uma noiva sim. Mas seu código moral não permitia toques com alguém que já estivesse casada. Seus lindos e longos dedos não levavam nenhuma aliança, assim…

— Tem namorado, Piper? 

— Eu? — perguntou estupefata.
 
Ela a olhava com olhos verdes obscurecidos, misteriosos e… desafiantes. Por que o desafio diante de uma pergunta desse tipo? 

— Sim, você. Ou teria uma namorada?

— Hã… não. Não… oficialmente — mas, o que estava fazendo? Claro que não tinha namorado. Aborrecia-se com os homens logo e sexo não parecia nada do outro mundo… Mas reconhecer que nesse momento tinha menos vida sexual que seu camaleão a envergonhava.  E mulheres...se relacionou com uma em toda sua vida e foi um desastre.

Queria demonstrar para Alex que não era uma solteirona dissimulada. 

Alex fixou seus olhos na xícara vermelha de café que agora bebia, e começou a girá-la entre as mãos. Piper percebeu que fazia força com os dedos, como se quisesse arrebentar a xícara vermelha. 

— Me esclareça isso de “não oficialmente”. 

— Bom… É um amigo da delegacia de polícia. É… —  Quem seria? O bom Tim? Não, nem pensar. Precisava de alguém que pudesse competir com Alex… Que a irritasse se alguma vez o visse. Ah… Magnus —  Se chama Magnus. Não estamos saindo… Não de maneira… 

— Sei, oficial. E isso o que quer dizer? Que não podem dizer que fodem de vez em quando? 

Piper se inclinou atrás e levantou as sobrancelhas até quase juntar-se com o nascimento do cabelo. 

— Uau… — murmurou —  esse  comentário está fora de sua jurisdição, senhora. O que eu faça com Magnus não deve te importar. 

— Equivoca-se —  levantou o olhar e a transpassou com ele —  Durante sua instrução e enquanto resolver durar esta missão, agente Chapman, estarei no controle de tudo. Não penso deixar nenhum cabo solto. Desde hoje, não se encontrará mais com Magnus — proibiu taxativamente —  Não precisa de distrações, precisamos nos concentrar.

— Pode me ordenar isso? — Seus olhos azuis lançavam chamas.

— Há jogadores de BDSM em todo lugar. O mundo é pequeno e não penso me arriscar a que alguém a veja com um  cara. Devemos começar já com nossos papéis.
 
— Taylor passou pelo mesmo? 

— Sim. 

— Estava saindo com alguém? — perguntou interessada. 

— Não — olhou seu relógio de pulso. —  Tenho todo o dia organizado, então, por favor, use este tempo para resolver dúvidas. Deve ter muitas…

— Algumas, sim. Por exemplo, sobre Taylor. Se a sequestraram e tirarem seu sangue podem averiguar que é agente federal e poderiam matá-la. 

Alex negou com a cabeça. 

— Não é possível. Quando Taylor entrou na missão, todos os dados reais sobre Taylor Chapman foram anulados da base de dados. Criou-se para ela uma nova identidade em todos os sentidos. Inclusive mudamos seus testes de DNA. Tentamos proteger nossos infiltrados. 

— Sei… Comigo fizeram o mesmo? 

— Sim. Por agora Piper Chapman não é filha de pais Americanos, mas sim filha adotada de uma família texana. Trabalha numa galeria de arte em Chicago e é uma garota deliciosa e… muito tímida. Não deve falar muito.