Você me submete

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Volteiiiiii , volteiii !!! BOA LEITURA PRA ESSE CAPITULO PERFEITINHOOOOOOOO

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"Ao final, o submisso é quem submete ao amo, com sua entrega e sua aceitação".


New Orleans Tchoupitoulas Street Cinco dias depois


Ringo se apoiava em seu dedo indicador, abraçando-se a ele como se fosse seu salva-vidas.

— Ei, Ringo... À frente! Olhe à frente! —insistia Piper , sentada na cadeira de balanço do alpendre da frente.

Alex  não quis vê-la. Cinco dias atrás, Piper  esperou pacientemente que Jimmy e Mitch se fossem do quarto de Queen.

E, quando o fizeram, ambos lhe comunicaram:

— Alex  diz que quer descansar, Piper . Não quer mais visitas.

Aquelas palavras foram como uma jarra de água fria para ela. Mas tentou compreendê-la... Sua ferida tinha sido complicada e o chifre poderia ter atravessado órgãos vitais importantes... Desculpa.

Voltou a ir no dia seguinte. E de novo aconteceu o mesmo. Alex  recebia a todos, exceto a  ela. Saber disso a rasgou por dentro, porque não entendia o que fez de errado ou o que acontecia. É que não tinha vontade de falar com ela?

Não queria abraçá-la? Porque Deus sabia que inclusive que seus dedos picavam com a vontade que tinha de tocá-la.

Onde ficavam as palavras da noite anterior do sequestro? Onde? O vento as levou, estava
claro.

"Nunca confie nas palavras que uma pessoa te diz enquanto a fode", dizia-lhe Marisa. E quanta razão tinha.

Assim, depois de estar dois dias mais na sala de espera, decidiu que se cansou de esperar.

Decidiu e partiu de Washington.

Foi a Nova Orleans, para sua casa, onde acontecesse o que acontecesse tudo continuava igual; onde inclusive tinha vontade de ver a senhora Macyntire e o seu cão fodedor. Esse era seu lar. Que a fazia sentir-se segura.

Embora agora o ambiente estava um pouco agitado pela notícia do fechamento da destilaria de rum e a prisão dos D'Arthenay. Por isso, nessa mesma noite, as famílias mais enriquecidas da cidade tinham decidido organizar uma festa no parque Louis Armstrong. A irmandade entre cidadãos era básica para uma boa coexistência. E o mais importante: uma boa festa sempre cobria as manchas.
Nunca a feriram tanto. Aquelas duas semanas com Alex  a tinham marcado a fogo, jogada pelos ares e depois descido à terra com um golpe seco e destrutivo. Como uma maldita montanha russa.
Acima e abaixo.

O céu e o inferno.

Prazer e dor.

—Ouça P. — Taylor saiu ao alpendre com a jarra de chá gelado na mão e dois copos na outra—, deveríamos nos preparar para...

Piper  levantou o olhar, com o Ringo na mão, e Taylor correu a seu lado, deixando a jarra na mesa.

—Está chorando outra vez, querida —murmurou Taylor cobrindo-a entre seus braços.

—Ah, sim? —Fantástico, chorava e não se dava conta.

—Sim, tola —murmurou Taylor sobre sua cabeça, balançando-se no balanço triplo.

Menos mal que sua irmã tinha vindo passar uns dias com ela. Uma necessitava da outra, fazer-se companhia e falar. Falar de tudo.

O FBI lhe deu uma permissão para que recuperasse forças e retomasse a missão do SVR com Markus; e Taylor tinha tomado a decisão de passar esses dias com sua irmãzinha.

Dragões e Masmorras DSOnde histórias criam vida. Descubra agora