Lost In The Soulds-Hyunlix

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Felix On

Voltei a desenhar no tablet, já que as minhas opções eram limitadas e inspiração era o que não faltava.

Ajeito-me no sofá e mordo o lábio ao mesmo tempo, para não expressar a minha dor.

-Os comprimidos e o gelo deixaram de fazer efeito, certo? -pergunta Hyunjin tirando os olhos da TV para me olhar.

-Hup. -digo rápido e volto a morder o lábio.

-Deixa-me dar uma olhadela. -ele diz levantando-se.

-Não estes são restritos. -digo agarrando o tablet.

-Não estava a falar dos desenhos, apesar de isso também ser uma boa ideia. Estou a falar do teu corpo.

-Tu queres ver o meu corpo?! -pergunto perdido e ao mesmo tempo chocado.

-Para ver se estás muito pisado, ou inchado. -ele diz metendo-se de joelhos no lado do sofá.

-Ah, claro.

Mas que raio é que eu estava a pensar.

Desencosto-me do sofá e tiro a camisola, ele levanta-se e senta-se atrás de mim, sinto as suas mãos a pousarem no meu corpo, as suas mãos frias que me fazem sentir um quente pelo meu corpo todo.

-Estás todo roxo, isso é péssimo sinal, principalmente de lado. -ele diz e passa a mão nesse sitio, fazendo-me libertar uma exclamação. -Desculpa!

Ele retira as mãos do meu corpo e automaticamente esse fogo que eu senti desapareceu.

-Vou buscar-te mais gelo. -ele diz levantando-se, deixando-me a divagar nos pensamentos.

Oficialmente o Hyunjin estava a começar a ocupar os meus pensamentos 24 sobre 24 horas, só penso nele, só o quero a ele e acima de tudo quero os seus lábios.

Ajeito-me no sofá e afundo a cabeça na almofada, afundando-me ao mesmo tempo nos meus pensamentos.

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Hyunjin On

-Já pensas-te que nada na nossa vida é permanentemente? -pergunta Felix seriamente.

-Acho que pensar nisso é meio deprimente. -digo apoiando o meu peso nos cotovelos, quando me deito.

-Mas é a verdade, nesta vida, não tens certeza de nada. Nós vivemos o dia de hoje à espera do amanhã, mas nós não sabemos se o temos. -ele diz olhando para as estrelas.

Eu insisti em trazê-lo ao jardim, é injusto ele não se quer mexer graças às dores e sobre tudo por não quer dar-me trabalho.

-Tens razão, mas acho que é algo natural, nós estamos sempre à espera do amanhã, mas também acho que pensar que este dia é o teu último não é algo muito saudável. -digo olhando as estrelas.

-Mas acho que às vezes era bom pensar assim, nós usamos o dia de amanhã sempre como refugiu a dizer que fazemos isso amanhã ou depois e às vezes esse assunto podia ser resolvido na hora. Adiamos coisas e perdemos se é que me estás a entender.

Não digo nada e repenso no assunto, que ele tinha razão.

-Porque é que te lembras-te disso agora? -pergunto ao fim de algum tempo.

-As estrelas, ao vê-las recordo-me que nós somos algo temporário na terra, logo tudo é temporário. -ele diz simples.

-Posso saber o que se passa para estares a ser tão "inspirador" do nada? -pergunto rindo.

-Acontece! -ele diz enquanto levanta as costas fazendo com que eu levante as minhas para estar pronto no caso de ele precisar de mim.

-Ei têm calma, estou só a mudar de posição. -ele diz rindo da minha preocupação.

-Desculpa se me preocupo com o meu baby. -digo e ele cora.

Levanto-me e sento-me atrás dele, fazendo que ele fique sentado entre as minhas perna, tal e qual como no sofá.

-Hyun...

-Diz. -digo enquanto coloco a minha cabeça no seu ombro.

-No teu marcador de livros, a fotografia de nós a dormirmos agarrados, como é que a conseguiste?

Riu-me ao lembrar da história toda.

-Quando acampámos, lembras-te da discussão toda que ouve para os rapazes tentarem colocar-nos na mesma cama? -pergunto e ele diz que sim com a cabeça. -O Bang Chan tirou-nos a fotografia e na semana a seguir ele apareceu em casa e deu-me as fotografias, alegando que agora já tinha fotografias com o meu namorado...-ele cora ao ouvir a última palavra. -...mais tarde mandou-me a imagem por telemóvel e eu decidi fazer uma colagem para marcador de livros. -acrescento a última parte já que achei que era do seu interesse.

-Podes mandar-me a colagem? Também quero um marcador de livros nosso. -ele diz corado.

-Claro. -ele sorri levemente. -Mas tens que me mostrar todos os desenhos que fizeres no tablet.

-Não, nem morto! -ele diz e eu entendo que aqueles desenhos de ontem não deviam ter sido vistos.

-Então nada feito! -digo puxando o seu corpo para se encostar ao meu.

-Isso é injusto! -ele reclama virando a cara para mim.

-E quem disse que a vida é justa? -pergunto no gozo e ele amua.

Viro a minha cara, cheirando o seu cabelo e o meu corpo aquece ao sentir o seu cheiro inundar-me.

Aprofundo a minha cabeça, no seu pescoço tendo os meus lábios encostados à sua pele.

Sinto a sua mão na minha perna e isso impulsiona-me a beijar o seu pescoço, fazendo com que ele deixe a cabeça descair no meu ombro.

Senti o seu cheiro inundar-me os pulmões lela segunda vez e deposito outro beijo bo seu pescoço.

-Beija logo! -ele ordena mais do que pede, mas eu faço-o com prazer.

Felix On

Viro-me a custo para o Hyunjin e sento-me no seu colo, ele agarra a minha cintura e puxa-me para ele, mas não de modo a me magoar.

As minhas mãos brincam com o seu cabelo, desço uma mão pelo seu pescoço e ele arrepia-se com o meu toque leve.

Riu-me e ele morde o meu lábio como castigo, sinto-o a deitar-se, sempre a beijar-me até que...

-Felix! -chama uma voz muito minha conhecida.

Paramo-nos de beijar e olho para a porta que dá entrada ao jardim, deslumbrando a minha mãe.

Ótimo momento para ela aparecer!